domingo, 20 de novembro de 2011

INICIADOS B: VIce-lideres

SC Beira-Mar, 2 - UD Oliveirense, 0
(0-0, ao intervalo)

No início do campeonato distrital de iniciados da 1ª divisão, poucos acreditariam que, concluída a 11ª jornada da 1ª fase da prova, a equipa do SC Beira-Mar se encontrasse isolada no 2º lugar, com 3 pontos de avanço sobre o seu perseguidor mais directo e com o apuramento para a fase dos primeiros muito perto de ser garantido. O feito é tanto mais notável se tivermos em linha de conta que esta foi uma equipa reconstruída a partir dos "escombros" em que foi deixada, no defeso, a equipa de infantis A auri-negra, bi-campeã distrital, e que em todos os 11 jogos já disputados apenas participaram atletas sub-14. Mas os técnicos Hugo Gonçalves e Tiago Pereira têm feito um trabalho notável e conseguiram formar uma equipa verdadeiramente coesa a partir de dois grupos distintos de atletas, os que ficaram da época anterior e os que entraram de novo, jogando neste momento como se estivessem juntos desde as escolinhas.
Na manhã de hoje, mais uma preciosa vitória, desta vez sobre a Oliveirense, um derby regional que terminou com um justíssimo 2-0 para os aveirenses, resultado construído na segunda parte, período em que os auri-negros justificaram plenamente os 3 pontos.
A primeira parte teve um início equilibrado, com 2 momentos de perigo, um em cada baliza, ambos na sequência de lances de bola parada. Aos 3', após canto na direita de Ricardo Lima, Tiago Goulart eleva-se à vontade na zona frontal à baliza, mas cabeceia sem direcção, respondendo a Oliveirense, aos 7', após livre no flanco direito.
Seguiu-se um período em que o Beira-Mar tardou a pegar no jogo e eram os forasteiros que apresentavam melhor dinâmica, ganhando quase sempre as segundas bolas e ligando melhor o seu jogo. Neste período, no entanto, nada de significativo a registar junto de qualquer das balizas. Paulatinamente, o Beira-Mar foi melhorando e pertencer-lhe-iam mesmo as melhores situações de golo, uma delas bem flagrante. Em ambos os lances, Tiago Goulart foi o principal protagonista, mas se, aos 25', foi perdulário, cabeceando para as mãos do guarda-redes uma bola cruzada da direita por Ricardo Lima, aos 29', a sorte nada quis com ele, já que viu o poste direito devolver-lhe o remate, quando se isolou na frente do guarda-redes, muito bem servido por Diogo António.
A segunda parte foi completamente diferente, com os comandados de Hugo Gonçalves e Tiago Pereira a terem uma entrada demolidora, que se tornou num autêntico sufoco para a turma de Oliveira de Azeméis. Logo no primeiro minuto, Ricardo Lima isola-se, mas falha o "chapéu" por milímetros, para Tiago Goulart, aos 38', não ter melhor sorte quando, em idêntica situação (isolado), depois de ter ganho no corpo a corpo, viu o seu remate ser desviado para canto.
Aos 42', o árbitro anula um golo ao Beira-Mar, por falta supostamente cometida na sequência de um pontapé de canto, mas no minuto seguinte, após novo canto do lado contrário (direito), Didi aproveita uma bola perdida na floresta de pernas e faz o 1-0 sem contemplações.
Finalmente em vantagem e a praticar aquele futebol que é a imagem de marca desta equipa, o Beira-Mar quase aumentava a vantagem pouco depois, aos 45', num "míssil" de Ricardo Lima, que proporcionou a defesa da manhã ao guardião oliveirense, que desviou com dificuldade para canto um livre cobrado em posição frontal pelo promissor atleta auri-negro. O bom futebol praticado teve o seu expoente máximo num lance ocorrido aos 47', com sucessivas tabelas, sempre feitas em progressão, tendo João Portugal, que iniciara a jogada, aparecido na cara do guarda-redes, que evitou o segundo golo com mais uma boa defesa.
Adivinhava-se o golo e este aconteceria, aos 56', quando o árbitro assinalou uma clara grande penalidade cometida sobre Didi, derrubado em plena área após mais uma boa jogada de ataque, desta vez pela direita. O "capitão" Leo não vacilou da marca dos 11 metros e rematou forte e colocado para o mais confortável 2-0.
O jogo, em termos de espectáculo, terminaria aqui, já que logo a seguir, aos 58', Lucas veria o segundo amarelo e a ordem de expulsão. Muito mau trabalho do árbitro do encontro, neste capítulo disciplinar, já que o jogo, embora jogado com intensidade, foi de extrema correcção. Nem outra coisa seria de esperar, quando em campo se encontram atletas de 13/14 anos. Mas o árbitro, em vez da pedagogia da palavra que poderia e deveria usar, preferiu usar a cartolina a torto e a direito, em lances de faltas leves e longe das zonas de perigo. Quis ser e foi protagonista.
Reduzidos a 10 elementos, mesmo assim os auri-negros continuaram por cima do jogo, mas agora o seu futebol já não tinha a qualidade até aí evidenciada, passando a aparecer mais as individualidades, em detrimento do colectivo. Junto das balizas, nada de significativo mais a registar e Henrique deve ter tido, nesta segunda parte, um dos períodos mais descansados da sua carreira.
No campo do Agro, em S. João do Loure, o Beira-Mar apresentou-se com:
Henrique (gr); João Gonçalo, João Ferreira, Guga e João Portugal; Leo (cap), Lucas, Diogo (Xavier, 54') e Ricardo Lima; Amaral (Didi, int) e Tiago Goulart (Xavi, 56').
Suplentes não utilizados: Paulo Pouseiro (gr), Jorge, Rafa e Nolasco.

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