segunda-feira, 7 de novembro de 2011

INICIADOS A: Jogo impróprio para cardíacos

AC Estrela Almeida, 2 - SC Beira-Mar, 3
(0-1, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar arrancou uma magnífica vitória na raiana vila de Almeida, impondo a primeira derrota caseira ao Estrela local, por sofridos 2-3, num jogo electrizante, com reviravoltas no marcador que trouxeram à partida emoções demasiado fortes para quem sofre do coração e com o golo da vitória auri-negra a ser conseguido já em período de compensação, por André, que foi a figura da partida ao rubricar os 3 tentos aveirenses.
Sob a arbitragem do albicastrense, Sr. Ângelo Correia, João Amaral, ainda a ver o jogo da bancada, fez alinhar:
João Pedro (gr); Miguel Bastos, Ramon, Nuno Silva e Ricardo Mango; João Neves (cap), Nuno Regêncio e Rui Ladeiro (Gi, 53'); Manú (Rafa, 63') e Lane (João Gonçalves, int) e André Santos.
Suplentes não utilizados: Diogo Nogueira, Marcos Dias, Bruno Matos e Nuno Aparício.
A primeira parte foi totalmente dominada pelo Beira-Mar, equipa onde, devido às baixas que trazia para este jogo e que lhe faziam perder poder de explosão no ataque, se começou por destacar Manú, que com a sua técnica e versatilidade ia pondo a cabeça em água ao lateral direito da equipa da casa. E foi por aí que surgiram os primeiros sinais de perigo, nem sempre bem correspondidos na área, tendo-se apenas registado momentos de "frisson" e alguns cantos conquistados. Na marcação de um desses pontapés de canto, Regêncio rematou à figura do guarda-redes raiano, para depois ser André a tentar de longe a sua sorte, sem êxito.
Sempre com o jogo controlado e fruto do domínio exercido, os aveirenses, já muito perto do intervalo, viriam, muito justamente, a adiantar-se no marcador, até porque um pouco antes, aos 30', André, completamente isolado, já tinha ameaçado e permitido uma defesa com os pés ao guarda-redes do Estrela. O 0-1 surgiu, aos 32', num lance que começou num cruzamento da direita de Miguel, com a bola a ser aliviada para um remate de primeira de André contra a muralha defensiva visitada, sobrando a bola para Ladeiro, que penetrou na área, serviu Regêncio, que, sem ângulo de remate, abriu em Mango para novo cruzamento, sendo a insistência premiada, finalmente, com um segundo remate forte e de pé esquerdo de André, que aproveitou bem o novo alívio verificado para colocar a bola no fundo das redes contrárias, não dando quaisquer hipóteses de defesa.
O intervalo chegava pouco depois, com justiça no marcador.
Na segunda parte, em desvantagem no marcador, o Estrela de Almeida mostrou a razão porque ainda se mantinha invicto no seu terreno (apenas um empate com a Sanjoanense). Trata-se de uma equipa aguerrida, que explora a velocidade do esquerdino Pimentel, a sua pedra mais influente, com o "capitão" nº 10 a manobrar muito bem o jogo a meio-campo. Com estes ingredientes e apoiados pelo seu numeroso e ruidoso público, a reacção começou a surgir.
O primeiro sinal de perigo surgiu logo a abrir a etapa complementar, com João Pedro a ter de sair fora da área para intervir com um domínio de bola feito com o peito. O árbitro da partida assim não atendeu, considerou que foi com o braço e assinalou um livre muito perigoso contra o Beira-Mar ( a1 metro da linha limite), transformado pelo "capitão" da casa e que proporcionou uma boa defesa ao admoestado guardião aveirense. Pouco depois, aos 43', o juiz da AF Castelo Branco voltou a equivocar-se e apontou a marca de grande penalidade, num lance em que o já referido Pimentel rodou sobre Ramon, acabando por se atirar para o chão. Encarregado da marcação, desta feita o "capitão" estrelista não perdoou, batendo João Pedro, que, embora adivinhando o lado da bola, foi impotente para evitar o 1-1. A reviravolta viria concretizar-se aos 51', num contra-ataque rápido conduzido por Pimentel pelo corredor esquerdo, tendo entrado na área e atirado forte para o festejado 2-1.
Foi um golpe duro nas hostes auri-negras, que cerraram fileiras, mostraram também o seu espírito guerreiro e apostaram tudo no ataque. Com esta atitude e também muito apoiados do exterior pelos nossos adeptos, a reacção auri-negra seria premiada, depois de muitas e várias tentativas: remates de fora da área, bolas paradas (Nuno Silva, de cabeça, na sequência de um canto, proporcionou boa defesa ao guarda-redes local) ou iniciativas individuais. Foi num lance deste último tipo, conduzido por João Neves, que o Beira-Mar restabeleceu a igualdade, com o "capitão" auri-negro a romper pela direita, a aguentar uma carga e a cruzar para André, à boca da baliza, emendar para o 2-2.
Faltavam ainda 10' para o final do jogo e a equipa de João Amaral e Bruno Silva não estava satisfeita e tinha pressa de chegar à vitória. Continuaram a tentar chegar à baliza adversária mas, apesar de algumas situações de perigo, o golo nunca se apresentou iminente. Foi já depois de o árbitro auxiliar ter mostrado a placa, indicando que se iriam jogar mais 3 minutos de compensação, que a vitória auri-negra se concretizou. O golo do triunfo surgiu em mais um lance de insistência, com Miguel a fazer um cruzamento da direita para André, dentro da área e de primeira, sem deixar cair a bola no chão, rematar para o belo e festejadíssimo 2-3 final.
Foi um resultado justo e uma vitória do espírito de grupo, da humildade, do crer, da vontade e da união entre todos os jogadores e elementos do staff que compõem todo o grupo de trabalho. Nunca desistiram, lutaram até aos limites do possível e, no final, foram recompensados.
Parabéns a todos, pais e familiares incluídos, a quem agradecemos por nos terem suportado e apoiado até à exaustão durante o fim-de-semana em Almeida.
Resta-nos agora trabalhar bem durante a semana para preparar o próximo jogo.

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