(0-1, ao intervalo)
O jogo mais aguardado da sexta
jornada do campeonato distrital de infantis A, trouxe até ao Campo do Seminário
as duas únicas equipas ainda invictas na Série H. Esta tornava-se, assim, uma
excelente oportunidade para o Beira-Mar, com uma vitória, se distanciar na
liderança da série e encarar a folga da próxima jornada com alguma
tranquilidade. O jogo começa às 15h02.
Alinharam
neste encontro: Marcelo (1), Brandão
(5), Arsénio (6), J. Claro (7), J. Bernardo (9), Gonçalo (10), Kiko (15), Luís
Carlos (25), Valinho (76), Rúben (77) e Azevedo (80). Jogaram, de início, na 1ª parte: Marcelo, Brandão, Arsénio, J. Claro, J.
Bernardo, Gonçalo e Luís Carlos. Jogaram ainda: Kiko, Rúben e Azevedo
Num jogo onde eram esperadas muitas
dificuldades, já que se defrontavam as duas primeiras equipas da tabela
classificativa, e onde as expectativas para uma grande partida eram elevadas, no
final, acabou por ser mais do que isso, com incidências adversas a beneficiar
terceiros.
Os primeiros minutos da 1ª parte
foram muito disputados a meio campo, com algumas perdas de bola e consequentes
recuperações da mesma pela equipa adversária a acontecerem para ambas as partes.
No entanto, e com o jogo algo equilibrado, ainda que com maior pendor para o
Beira-Mar, que contabilizava maior posse de bola, aos 15’, numa jogada sobre a
direita, a equipa adversária tira um cruzamento e a bola embate no ombro do
Brandão. O árbitro que vê o lance de frente para a jogada nada assinala, mas o
seu assistente, do lado contrário, que apenas vê as costas dos jogadores,
aponta para a marca de grande penalidade. O jogador do Gafanha remata para a
direita de Marcelo, que ainda toca na bola, mas esta acaba mesmo por entrar.
Estava feito o 0-1 para os
forasteiros e o vento começava a não ser o único adversário directo das duas
equipas em jogo.
O jogo prosseguia, a partir daqui com
maior insegurança do Beira-Mar, que procurava o empate mas ia acusando algum
nervosismo, quer pela incidência criada, quer por alguma falta de concentração,
que acabou por se revelar impeditiva de chegar rapidamente à igualdade. Aos 24’,
foi a vez de os auri-negros reclamarem grande penalidade, num lance em que
Azevedo é carregado na área. Desta feita, nem o árbitro mais perto do lance,
nem o outro, quiseram ver uma falta que foi evidente. Aos 27’, num livre
perigoso que favoreceu o nosso adversário, sobre a esquerda, Marcelo defendeu
muito bem, mostrando segurança entre os postes. As equipas iam para intervalo
com a vantagem do GD Gafanha, mas com o cronómetro a marcar apenas 28 minutos
decorridos na primeira parte. Lamentável a falta de rigor desta equipa de
arbitragem, que deu o primeiro tempo como terminado às 15h30. Não sabem, ou
esqueceram-se, que o tempo de um jogo não é medido pelo relógio, mas sim pelo
cronómetro. Isto já para não falar nas paragens do jogo que não foram
compensadas e do facto do apito final ter surgido mo meio de um contra-ataque
do Beira-Mar, onde os aur-negros dispunham de uma vantagem numérica de 4x2.
Jogaram de início, na 2ª parte: Valinho, J. Claro, Arsénio, Rúben, J.
Bernardo, Kiko e Azevedo. Jogaram ainda: Gonçalo, Brandão e Luís Carlos.
A segunda metade começa, praticamente,
como acabou a primeira, envolta em nova jogada polémica onde a equipa do Beira-Mar
tem mais uma vez razão de queixa, já que ficou nova grande penalidade por assinalar
por mão na bola de um jogador adversário dentro da sua área. Algo incoerente, a
equipa de arbitragem, na apreciação dos lances por esta altura.
O jogo continuava a ter maior pendor
ofensivo do Beira-Mar e iam-se sucedendo lances de alguma impetuosidade entre
os jogadores, que provocaram 3 paragens no jogo, com uma interrupção acumulada
de cerca de 4 minutos, que se esperavam ver compensados no final do tempo
regulamentar. Aos 48’, o Beira-Mar conquista um canto, muito bem apontado por Gonçalo
para a zona do segundo poste, onde Arsénio,
imperial, salta mais alto do que todos e, de cabeça, restabelece a igualdade e
coloca o marcador no 1-1 final.
Alguma justiça estava reposta, mas
não totalmente, fruto das adversidades que estiveram à vista de todos. O jogo termina,
novamente, sem que o tempo regulamentar de jogo tivesse sido cumprido e sem
que, logicamente, qualquer compensação tivesse sido dada.
Este foi um jogo em que, na parte do
que se pôde jogar, teve o Beira-Mar sempre por cima, frente a um adversário que
chegou ao golo sem que nada tivesse feito para o conquistar e que privilegiou o
futebol defensivo, de retranca, empobrecendo o espectáculo, que deveria ser
procurado por todas as equipas dos escalões de formação. Ficou ainda marcado
por decisões de terceiros que prejudicaram claramente a equipa do Beira-Mar.
Tudo isso, no entanto, pertence já ao passado, tudo foi ultrapassado pela
união, pela raça e pelo querer do nosso grupo.
Nota negativa também para a falange de
“apoiantes” da equipa adversária, que não souberam respeitar o “Grito” final do
Beira-Mar. Não é assim que se incutem valores aos mais novos.
Parabéns aos nossos atletas e àqueles
que nos apoiam sempre do início ao fim, é com estas adversidades que
mostraremos porque somos melhores e porque somos o Beira-Mar!
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