domingo, 27 de novembro de 2011

JUNIORES A: Contrariedades a mais

SC Beira-Mar, 1 - Padroense FC, 1
(1-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar perdeu uma excelente oportunidade para se isolar no 3º lugar da série B do campeonato nacional da 2ª divisão, ao consentir, na tarde de sábado, um empate a uma bola diante do Padroense, formação que procura também um lugar que dê acesso à fase da subida de escalão. Este resultado, tendo em consideração todas as contingências do jogo, acaba por representar uma perda de 2 pontos para os auri-negros e a conquista de 1 ponto para os do Padrão da Légua.
Com efeito, o Beira-Mar realizou uns magníficos 35 minutos na primeira parte, que lhe valiam uma escassa vantagem de um golo ao intervalo, resultado bastante lisonjeiro para a turma visitante e que não recompensava adequadamente o bom futebol praticado pelos pupilos de António Luís. No entanto, as contrariedades a que os aveirenses foram sujeitos, num curto espaço de tempo, condicionaram a sua prestação, acabando por não resistir à pressão exercida na etapa complementar pelo Padroense e ceder o tento do empate a 7 minutos dos 90 regulamentares. Às lesões de Pité e de Marc, com as respectivas substituições forçadas (a do primeiro muito cedo, logo aos 23' da 1ª parte, e a do segundo no início da etapa complementar), somar-se-ia o facto de a nossa equipa ter jogado cerca de 50 minutos em desvantagem numérica (Xavi viu o cartão vermelho, aos 42' da 1ª parte). Numa equipa cujos recursos não abundam, foram contratempos em demasia que impediram o Beira-Mar de alcançar mais 3 pontos, bem merecidos, até porque lhe pertenceram as melhores ocasiões de golo.
Os auri-negros apresentaram-se para este jogo, disputado no estádio Mário Duarte, com:
Samuel (gr), Xavi, Manuel Martins, Mika (cap) e Rui Santos; Balacó, Ricardo Castro, Bruno João e Pité (Manuel Guedes, 23'); Marc (Cassamá, 50') e Ricardo Figueiredo (Francisco, 86').
Suplente não utilizado: Cirineu (gr).
A entrada do Beira-Mar foi muito boa e, logo aos 5', Marc deixa um aviso, quando surge solto na esquerda (magnífica a mudança de flanco), evita um adversário e remata de ângulo apertado para as mãos do guardião contrário. O melhor que o Padroense conseguiu foi provocar um calafrio, aos 8', num livre apontado sobre a esquerda, com a bola a cruzar toda a área aveirense sem que surgisse ninguém para finalizar.
Mas o domínio era auri-negro e o melhor futebol praticado viria a frutificar, aos 16', numa excelente iniciativa de Figueiredo pela direita, ganhando a linha e servindo Marc, no meio, onde fez o trabalho de um verdadeiro ponta-de-lança. Recebeu de costas para a baliza, rodopiou sobre o adversário e rematou cruzado para inaugurar o marcador. Bonito golo o do 1-0, que dava alguma justiça ao marcador.
Já sem o criativo Pité em campo (1ª contrariedade), foi Marc, aos 28', que pôs à prova os reflexos do guarda-redes adversário, que defendeu com os punhos e em dificuldade um forte disparo do goleador aveirense, executado na marcação de um livre directo. Mais perigo para as redes do Padroense, aos 31', com Guedes a antecipar-se ao seu marcador, mas a cabecear sem direcção um cruzamento de Ricardo Figueiredo e aos 34', por Xavi, que também de cabeça, após marcação de um livre, ficou muito perto do golo.
O Padroense encetou a sua reacção nos últimos 10 minutos da etapa inicial, mas sem importunar com perigo a baliza de Samuel. Conseguiu, no entanto, aos 42', ficar em vantagem numérica, com o juiz da partida a punir uma falta de Xavi com cartão vermelho directo (2ª contrariedade), por considerar que o jogador auri-negro agarrou o seu adversário quando este se isolava. Até ao descanso, registo para a lesão de Marc (3ª contrariedade), que obrigaria à substituição do nosso artilheiro logo no início do segundo tempo).
Em vantagem numérica, o Padroense entrou mais forte na etapa complementar, mas o Beira-Mar estava muito bem organizado, defendia-se bem e procurava a velocidade de Cassamá para levar o perigo até ao reduto contrário. Foi mesmo Ricardo Figueiredo, aos 60', num pontapé de ressaca desferido em posição frontal, após livre na direita, que criou a primeira situação de perigo, fazendo a bola passar ligeiramente ao lado do poste direito.
A melhor oportunidade de golo do Padroense em todo o jogo ocorreu pouco depois, aos 63', com o nº 16 a desviar de cabeça, ao primeiro poste, um cruzamento da direita, levando a bola a rasar o poste mais distante. Foi, efectivamente, uma grande perdida, diríamos que única em toda a partida.
À maior posse de bola do Padroense, que se traduzia na conquista de muitos cantos e bolas metidas por alto na área, respondia o Beira-Mar com contra-ataques rápidos, através dos quais poderia ter mesmo "matado" o jogo em duas situações de golo iminente. Aos 65', foi Cassamá, completamente sozinho na cara do guarda-redes e com tempo para tudo, a atirar contra o corpo do seu último adversário. Aos 75', foi Figueiredo, solto na esquerda, a adiantar em demasia a bola e a deixar gorar mais uma oportunidade para chegar ao golo da tranquilidade.
Foi já numa fase em que se começava a acreditar ser possível resistir até ao fim que o Padroense chegou ao 1-1, marcava o cronómetro 83' de jogo. O empate é conseguido através de uma recarga desferida da zona da grande penalidade, depois de dois alívios incompletos da defensiva auri-negra e uma boa defesa de Samuel pelo meio, com a bola a bater ainda no poste antes de entrar.
Até final, nada de importante a registar, as forças de ambos os lados já não davam para mais, tal a intensidade com que esta partida foi disputada, num terreno que se revelou bastante exigente.
A arbitragem do conimbricense Nuno Roque situou-se em bom plano no capítulo técnico, tendo-se revelado muito severo o seu critério disciplinar, com amostragem de cartões em número elevado. Xavi, que estava a realizar um excelente jogo, foi uma vítima desse critério e a sua expulsão foi determinante no desfecho do resultado.

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