segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

INICIADOS A: Incerteza até final

Anadia FC, 3 - SC Beira-Mar, 4
(1-2, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar conseguiu uma vitória muito difícil, ainda que inteiramente justa, na sua deslocação ao terreno do Anadia, a quem se impôs por renhidos 3-4. No entanto, o equilíbrio no marcador não tem correspondência na qualidade e prestação das duas equipas, já que o Beira-Mar se mostrou claramente superior e só as falhas defensivas com que a equipa de João Amaral brindou o seu adversário permitiram que a incerteza se mantivesse até final.
No Complexo Desportivo de Anadia, a equipa aveirense apresentou-se com:
Diogo, Bruno Matos, Ramon, Nuno Silva e Ricardo Mango; João Neves (cap), Nuno Regêncio e André Santos; Manú (Marcos Dias, 60'), Lane (João Gonçalves, 55') e Jorge.
Suplentes não utilizados: João Pedro, Nuno Aparício, Ivan Ribeiro e Rafa.
O jogo começou praticamente com a primeira oferta dos aveirenses, numa tentativa de atraso de Nuno Silva para Diogo, com a bola a ficar curta e disso se aproveitando o avançado do Anadia para atirar para o 1-0, estavam decorridos 3'.
O Beira-Mar, aos poucos, foi tomando as rédeas do jogo e as oportunidades de golo surgiram com naturalidade. Primeiro foi Manú a cruzar para Jorge falhar a emenda à boca da baliza e, depois, foi Ramon a atirar ao lado na sequência da marcação de um canto. Não espantou, pois, que aos 14' o Beira-Mar restabelecesse a igualdade, numa jogada conduzida por André, que passou por dois adversários e fez um cruzamento-remate para a emenda vitoriosa de Manú (1-1).
Até ao intervalo, continuou a ser o Beira-Mar a dominar e a criar mais lances de perigo, sobretudo através de Jorge. Primeiro, o rápido e possante extremo aveirense cruza da esquerda, mas Lane demora na decisão e o lance gora-se, para depois ser o próprio Jorge a tentar a sua sorte de fora da área, mas o remate saiu à figura do nº 1 local. Até que, em cima do minuto 35, no seguimento de um canto apontado por Regêncio, Ramon, à segunda, faz o 1-2 e coloca justiça no marcador.
O início da segunda parte trouxe o melhor e o pior para a nossa equipa. Primeiro, logo aos 37', em lance individual, André fura pela defensiva local e atira forte e colocado para o 1-3, que se pensaria daria maior tranquilidade à nossa equipa. No entanto, o reverso da medalha aconteceria no minuto seguinte quando, após a marcação de um canto favorável aos locais e depois de Neves ter quase feito auto-golo, negado por Diogo, o Anadia, na recarga, chegou mesmo ao 2-3.
Voltava a incerteza no resultado final, ainda que o Beira-Mar tivesse continuado dono e senhor do jogo, que começava a enveredar pela dureza e pelo excesso de faltas da equipa da casa, perante a permissividade do juiz da partida. Depois de Jorge ter falhado um golo praticamente feito, cabeceando por cima do travessão, na pequena área, uma bola vinda de um cruzamento da direita, o 2-4 aconteceu mesmo. O golo aveirense resulta da marcação de um livre, por Regêncio, que colocou a bola ao segundo poste, onde Nuno Silva fez um primeiro cabeceamento para o meio, surgindo Manu a encostar para o fundo das redes.
A partir daqui, a dureza dos bairradinos deu mesmo lugar a tentativas de agressão, que passaram impunes aos olhos do Sr. Daniel Cardoso, árbitro da AF Aveiro, que "contemplou" os auri-negros com 7 (!) cartões amarelos, resultantes de faltas cometidas em lances normais de futebol.
As coisas voltaram a complicar-se a 6 minutos do final quando, na sequência de um livre e perante a passividade auri-negra, que não conseguiu afastar a bola que saltitava na área, o Anadia aproveita para reduzir de novo, desta vez para 3-4. No entanto, exceptuando os 5 (!) minutos de compensação dados pelo árbitro, o jogo decorreu sem que mais nada digno de registo se tivesse passado, acabando o Beira-Mar por garantir mais 3 pontos no campeonato nacional.
No final do jogo, registaram-se cenas lamentáveis, com alguns dos nossos atletas a serem vítimas de palavras racistas por parte dos atletas do Anadia, o que, natural mas tristemente, gerou alguma confusão, que se arrastou até aos balneários. Mas, com o duche frio com que o Anadia brindou os elementos do Beira-Mar, tudo acalmou e foi ainda com mais alegria que esta vitória, conquistada com todo o mérito, foi celebrada.
A arbitragem, para além da dualidade de critérios disciplinares, foi aquilo que vulgarmente se designa como "caseira"...

1 comentário:

Pereira disse...

Parabens a esta equipa, esteve perfeita a atacar e a defender(apesar dos lapsos dos centrais)noutras ocasiões são eles que têm aguentado esta equipa. Acho que devemos ter mais controlo de bola com estes jogadores do meio campo.