segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

JUNIORES A: Abatidos por um "míssil"!

GD Tourizense, 1 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Um golo solitário, obtido ainda na parte inicial da partida através de um remate forte e colocado, desferido de fora da área, foi suficiente para que o Tourizense, 3º classificado da série B do campeonato nacional de juniores da 2ª divisão, derrotasse a formação do Beira-Mar que, com mais este desaire, caiu novamente para a segunda metade da tabela classificativa. Trata-se de um desfecho injusto para os aveirenses, que neste jogo foram claramente superiores ao seu adversário e tudo fizeram para conquistar os 3 pontos.
Num sintético maltratado (mais um) pelo uso intensivo e pela falta de manutenção, a equipa auri-negra apresentou-se no campo Mauro Gama, em Touriz, da seguinte forma:
Samuel (gr); Francisco, Manuel Martins, Mika (cap) e Diogo (Cassamá, int); Balacó, Xavi, Bruno João e Pité (Manuel Guedes, 77'); Ricardo Figueiredo e Marc.
Suplentes não utilizados: Luís (gr), Paulo Pires, João Pereira, Rui Santos e Miguel Martins.
A parte inicial da partida, muito movimentada, foi pautada e por algum equilíbrio, pertencendo ao Beira-Mar a primeira situação de perigo, aos 5', quando Ricardo Figueiredo recebe na direita uma bola vinda do lado contrário, evita o seu opositor e remata de pé esquerdo para uma defesa apertada do guardião local para canto. Respondeu o Tourizense, aos 7', na sequência de uma jogada pela direita, com um cruzamento para a zona da meia-lua, de onde é desferido um remate perigoso que também seria desviado para canto.
Mais feliz, a equipa da casa, logo no minuto seguinte, num momento de inspiração do seu nº 8, adianta-se no marcador. O 1-0 sai de um remate espontâneo do jogador de Touriz, de longa distância, pleno de força e direcção. Uma autêntica "bomba", que a estirada de Samuel foi insuficiente para deter.
Os auri-negros não vacilaram desta vez com este golo bonito, mas fortuito, e continuaram, com mais afinco ainda, a procurar a baliza adversária. Aos 16', numa boa jogada iniciada em Pité, pela direita, Marc chega ligeiramente atrasado ao cruzamento rasteiro, que o guarda-redes acabou por agarrar. Também após a marcação de um canto curto, depois de Marc evitar o seu adversário directo e centrar para a zona frontal, Xavi e Manuel Martins poderiam ter feito melhor. Novamente em jogada pela direita, aos 28', Pité tira mais um cruzamento para a zona do perigo, faltando alguns centímetros a Marc para que este pudesse ter chegado com a cabeça à bola. Pouco depois, e dando continuidade ao maior caudal ofensivo da equipa de Aveiro, Pité, muito activo na direita, decide-se, desta feita, por um remate em arco que não passa muito longe do alvo.
Samuel só voltaria a ter trabalho aos 41', ainda assim depois de uma "oferta" da defensiva auri-negra, que entregou a bola a um adversário, cujo remate foi detido pelo guardião aveirense.
A boa primeira parte desenvolvida pela equipa de António Luís e Flávio Almeida terminaria com a mais flagrante oportunidade de golo havida até então. Estava-se em cima dos 45' regulamentares quando Bruno João, após uma boa jogada de Ricardo Figueiredo pela esquerda, remata já dentro da área, em posição frontal, dando a ideia que o empate seria alcançado. Com efeito, o guardião da casa estava batido, mas a igualdade foi evitada pela cabeça do jogador nº 6, que salvou o golo um pouco à frente da linha fatal.
As equipas regressavam às cabinas com um resultado que em nada correspondia ao filme da primeira parte, mas havia muita esperança naquilo que a etapa complementar poderia trazer. Esta começou com o Tourizense a testar, logo aos 49', a atenção de Samuel, que teve de se arrojar aos pés do nº 16 para evitar o pior. Mas rapidamente o Beira-Mar respondeu e, em dois lances quase seguidos (51' e 53'), voltou a fazer perigar a baliza dos beirões, ambos na sequência de cruzamentos de Marc do lado direito. No primeiro é Cassamá a ficar a alguns (poucos) centímetros de chegar à bola com a cabeça e, no seguinte, o mesmo Cassamá, e também Pité, enjeitam boa oportunidade para empatar.
O jogo estava muito movimentado e os aveirenses já faziam jus a outro resultado, mas não se livraram de um susto, aos 54', na sequência de um centro tenso da direita ao qual o nº11, de cabeça, não dá a melhor direcção. Foi, digamos, um oásis no meio do maior ascendente dos beiramarenses, que tomavam claramente a iniciativa do jogo, tinham mais bola e jogavam-na mais tempo no meio terreno adversário, com este à espreita, sempre que podia, de criar perigo em situações de contar-ataque.
Aos 67', na sequência de um livre de "laboratório", Ricardo Figueiredo coloca a bola na boca da baliza, onde surge Pité a desviar na cara do guardião tourizense, que lhe nega o empate por instinto. Com o Beira-Mar a carregar, aos 73', a culminar uma boa iniciativa de Marc pela direita, Cassamá dispõe de soberana oportunidade para marcar, mas o seu remate é desviado para canto.
Acossados na sua defensiva, os donos do terreno fizeram entrar o jogo numa fase em que promoviam o contacto físico, com lances a roçar o limite da legalidade e que deixaram marcas em alguns dos nossos atletas, quebrando o ritmo da partida sempre que podiam. Esta estratégia de anti-jogo rendeu os seus frutos já que os auri-negros, até final da partida, só por uma vez mais incomodaram a baliza adversária, quando Marc, aos 87', rematou às malhas laterais um livre assinalado a cerca de 30 metros do alvo.
O árbitro da AF Guarda, Sr. Paulo Brás, foi mal auxiliado, com grave prejuízo para a nossa equipa em situações de fora de jogo mal assinalados e foi ainda algo condescendente para com a excessiva dureza dos jogadores do Tourizense. Não foi, contudo, o seu trabalho, que no resto classificaríamos como aceitável, que tirou a vitória à equipa que tudo fez para a merecer. Já se sabe, no futebol nem sempre ganha a melhor equipa durante o jogo. Foi este o caso!

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