quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

JUNIORES A: Auri-negros derrubam Paredes e instalam-se no 3º lugar

União SC Paredes, 0 - SC Beira-Mar, 3
(0-2, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar alcançou hoje uma extraordinária vitória na sua deslocação a Paredes e instalou-se, com este resultado, no 3º lugar da série B do campeonato nacional da 2ª divisão.
No sétimo jogo consecutivo sem conhecer a derrota, a formação de António Luís construiu a sua vitória na base de uma excelente organização defensiva, num grande poder evidenciado nas transições ofensivas e num elevado aproveitamento das oportunidades de golo criadas.
Numa partida disputada sob luz artificial (teve início às 17h30), os aveirenses alinharam com:
Samuel (gr); Rui Santos, Manuel Martins, Mika (cap) e Diogo; Balacó, Ricardo Castro, Bruno João e Pité (João Ferreira (85'); Marc (Cassamá, 64') e Ricardo Figueiredo (Manuel Guedes, int).
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr), Miguel Martins, Paulo Pires e Francisco.
O Beira-Mar entrou desinibido do jogo e isso permitiu-lhe, logo aos 5', numa transição rápida, chegar ao 0-1, um magnífico golo de Marc, obtido com um remate forte e colocado, desferido ainda de fora da área.
O Paredes, equipa que já conhecíamos pelo excelente futebol que pratica, reagiu de imediato à desvantagem e valeu Samuel, aos 7' (grande defesa para canto a remate da entrada da área) e aos 11' (tirou literalmente a bola dos pés do adversário que lhe surgiu isolado), para evitar o empate. Depois, aos 20', bola na barra! Desta vez foi o ferro a substituir o guardião aveirense e a enviar para fora mais um remate do nº 10 da casa.
E foi claramente num período de maior ascendente do Paredes que o Beira-Mar, aos 26', chega ao 0-2. O homem dos golos de longa distância voltou a fazer das suas e esfriou um pouco os ânimos adversários. Bruno, que já tinha marcado ao Salgueiros um golo a mais de 30 metros da baliza, recuperou uma bola a meio do meio campo do Paredes e, vendo o guarda-redes mal colocado, optou pelo remate, desta vez rasteiro, e surpreendeu tudo e todos com mais um belo golo.
Nesta altura do jogo já o Sr. Pedro Sá, árbitro da AF Braga, tinha dado nota do tom intimidatório e de uma prepotência completamente desajustada para com a comitiva auri-negra. Aos 4 cartões amarelos (2 deles logo na parte inicial) e ameaças ao banco, somaram-se uma série de pequenas decisões a meio-campo que empurravam ainda mais o jogo para a baliza beiramarense. Valeu a boa organização defensiva da nossa equipa e alguma falta de pontaria dos da casa que, aos 28', 34' e já em período de compensação, levaram mais perigo à baliza de Samuel e poderiam mesmo ter reduzido distâncias.
Na segunda parte o Beira-Mar voltou a entrar melhor e poderia ter mesmo aumentado a vantagem, aos 50', quando, por duas vezes, Manuel Guedes, primeiro, e Pité, depois, estiveram na cara do golo e não conseguiram aproveitar dois cruzamentos da esquerda. No minuto seguinte, novamente Pité em evidência, ao não chegar a uma bola, solicitada por Marc, que o deixaria isolado.
Depois de 10 minutos iniciais em que o Beira-Mar esteve melhor, o Paredes voltou a reagir e coube aos aveirenses mostrarem, de novo, a sua capacidade para defender e, nalguns momentos, para sofrer também. Aos 59', o nº 9 da casa, aproveitando um ressalto na área, falha, na cara de Samuel, uma possibilidade de golo. Nova situação de perigo, aos 71', após cruzamento da direita e remate de cabeça, ao primeiro poste, que fez a bola sobrevoar a barra da baliza defendida por Samuel.
O Beira-Mar defendia como um bloco, com as linhas recuadas, procurando jogar o seu trunfo mais forte nas transições rápidas. Já com Cassamá em campo, aos 76', o Beira-Mar acabou por dar o golpe definitivo nas possibilidades de recuperação por parte do Paredes e aponta o 0-3. O veloz extremo aveirense esgueira-se pela esquerda, mais rápido que o seu adversário directo, e cruza para uma entrada ao primeiro poste de Pité, que desvia subtilmente para a baliza.
O jogo estava decidido, mas a equipa da casa, aos 80', ainda criou mais uma situação de perigo, numa jogada pela direita terminada com passe atrasado e remate a rasar o poste. Foi, digamos, o canto do cisne do Paredes, equipa que joga um futebol muito agradável, é dotada de alguns bons jogadores e que merecia ter apontado o seu golo de honra.
Ainda que  o triunfo da equipa aveirense seja justo, o resultado é pesado e não corresponde à diferença de valor entre as duas equipas, mais próximas do equilíbrio. No entanto, a nossa equipa atravessa um excelente momento de forma, está muito coesa e tem-se revelado imparável. Tal como no início da época, quando foi condenada às galés (e não era assim tão má como a apregoavam), também agora, quando atingiu, finalmente, o tão ambicionado 3º lugar, deve ter-se a noção que as coisas estão ainda muito equilibradas e um mau momento pode virar tudo de novo. Não somos, agora, os melhores do mundo. À excepção do Penafiel e Académica (na parte superior da tabela) e do Sabugal e Infesta (na parte baixa), todas as outras equipas revelam um grande equilíbrio entre si e tornam muito difícil esta prova. Mas estamos contentes, isso é uma verdade...
E agora, que venha a Académica!

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