segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

JUNIORES A: Justa divisão de pontos

SC Beira-Mar, 1 - A Académica Coimbra, 1
(1-1, ao intervalo)

Com o resultado construído na primeira parte, as equipas de juniores do Beira-Mar e da Académica empataram a uma bola, em jogo disputado na tarde chuvosa de sábado, no estádio Mário Duarte. Os auri-negros cedo se colocaram em vantagem, mas a reacção estudantil foi justamente premiada com a obtenção do golo do empate. Com este resultado, a equipa orientada por António Luís e Flávio Almeida vai já no oitavo registo consecutivo sem conhecer a derrota, mas foi alcançada no 3º lugar da série B do campeonato nacional da 2ª divisão pelas formações do Salgueiros e do Tourizense.
A equipa aveirense apresentou-se como segue:
Samuel (gr); Rui Santos, Manuel Martins, Mika e Diogo Carvalho; Balacó, Ricardo Castro, Bruno João e Pité (Manuel Guedes, 89'); Ricardo Figueiredo (Cassamá, 71') e Marc (Francisco, 81').
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr), João Pereira, Wilson Rubio e Tiago Azevedo.
O jogo não poderia ter começado melhor para o Beira-Mar, com Marc, logo aos 2', a abrir o marcador, na sequência de um contra-ataque pela esquerda de Ricardo Figueiredo. O criativo jogador aveirense liberta-se do seu opositor e centra para a área, onde o central academista (nº 5) falha a intercepção, bem aproveitada pelo máximo goleador auri-negro, que atirou para o 1-0, fora do alcance do guardião visitante.
A reacção da Académica não se fez esperar e a bola foi colocada muitas vezes na área aveirense, fruto do grande número de cantos conquistado pelos visitantes. Mas foi novamente o Beira-Mar, aos 8', a poder ter ampliado o marcador, na sequência de mais uma transição rápida, com duas mudanças consecutivas de flanco que baralharam a defesa dos "estudantes" e deixaram Pité solto na direita, sendo a oportunidade perdida por uma má recepção.
A Académica tinha mais bola, o Beira-Mar tinha imensas dificuldades em a segurar e jogava-se mais tempo perto da área auri-negra, pelo que, aos 17', foi a vez dos conimbricences ficarem perto do empate, através do seu nº 10, que recebe na área, de costas para a baliza, e remata à meia-volta. sendo a bola desviada, providencialmente, para canto. Foi o aviso para o 1-1, que surgiria pouco depois, aos 19', na transformação exemplar de um livre directo, assinalado pelo árbitro perto da linha limite da grande área, descaído para a esquerda.
Após o golo, o jogo ficou mais equilibrado, ainda que os da casa não tivessem verdadeiramente incomodado o último reduto da equipa de Coimbra. Foi já perto do intervalo, aos 43', que a Académica esteve mesmo perto de se adiantar no marcador. Foi um momento de grande aflição para a baliza de Samuel, primeiro com Diogo a cortar em cima da linha de golo uma bola cabeceada na sequência de canto na direita e depois, no seguimento do lance, com o guardião aveirense a negar o golo através de uma defesa efectuada com o pé ao remate de recarga.
O empate ao intervalo ajustava-se, pois se tinha havido mais Académica em termos de posse de bola, a organização que o Beira-Mar demonstrou não merecia castigo mais severo.
O segundo tempo iniciou-se na linha do que tinha sido a primeira parte, com o Beira-Mar a conceder a iniciativa do jogo ao seu adversário, que levou mesmo muito perigo à baliza auri-negra em dois lances ocorridos aos 52' e 56'. O primeiro é um remate, desferido à meia-volta pelo nº 9, da direita, que fez sair a bola rente ao poste mais distante; no segundo, em jogada também pela direita, o cruzamento leva mesmo a bola ao poste da baliza do surpreendido Samuel.
Passados os minutos iniciais, o Beira-mar equilibrou mais o jogo e passou a ver-se mais bola no meio campo da Briosa. Aos 57', num contra-ataque rápido, Castro abre em Marc, na direita, que puxa a bola para dentro e desfere um forte remate, de pé esquerdo, que obriga o guardião de Coimbra a uma defesa apertada e a 2 tempos. No minuto seguinte, novo remate perigoso da entrada da área, desta feita de Pité, para mais uma defesa difícil do guardião contrário.
A Académica também viria a dispor, aos 65', de uma boa ocasião para se adiantar no marcador, quando o nº 9, aproveitando uma segunda bola metida nas costas da nossa defesa, ficou isolado, valendo o desvio de Diogo no momento do remate. Ainda numa fase de jogo mais dividido, aos 76', a sorte esteve do lado auri-negro, quando o ferro direito da baliza de Samuel, que voou para a bola mas que não lhe chegava, substituiu o guardião aveirense. O último lance de perigo foi protagonizado por Ricardo Castro, que jogou esta partida em condições emocionais desgastantes devido a um acontecimento dramático que atingiu um familiar. O médio aveirense, aos 80', na marcação de um livre no limite da grande área, proporciona mais uma bela e eficaz defesa para canto ao guarda-redes da Académica.
Até final, apesar de muita luta, nada mais digno de registo aconteceu, acabando as duas equipas, que protagonizaram um encontro muito intenso, por dividir justamente os pontos.
O trabalho do árbitro portuense, Sr. Filipe Reis, merece nota positiva.

Sem comentários: