segunda-feira, 14 de maio de 2012

JUNIORES B: A solução estava no banco

SC Beira-Mar, 2 - Fiães SC, 1
(0-0, ao intervalo)

Fábio Cassamá, autor dos golos com que a equipa de juniores do SC Beira-Mar bateu o Fiães, por tangencial 2-1, foi a chave do problema em que, mais uma vez, se estava a tornar este jogo do campeonato distrital de juniores da 1ª divisão. Depois de duas jornadas consecutivas sem vencer, a formação aurinegra regressou, desta forma, aos triunfos e tem já matematicamente garantida a permanência no escalão maior da AF Aveiro, tendo ainda ascendido ao 2º posto da classificação, agora a um escasso ponto do seu adversário de sábado, que continua a liderar a tabela.
Numa tarde de muito calor, António Luís apresentou no relvado principal do estádio Mário Duarte a seguinte equipa:
Samuel (gr); André Silva, Manuel Martins (Diogo Carvalho, int), Mika (cap) e Leandro; Balacó, Bruno João, Nanu e Pité; Ricardo Figueiredo (Cassamá, 61') e Marc (Ricardo Tavares, int).
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr) e Xavi.
A parte inicial do jogo mostrou um Beira-Mar com maior dose de posse de bola, mas sem criar situações de perigo para a baliza do Fiães, limitando-se a alguns remates de longe como forma de tentar chegar ao golo. O nosso adversário, que se mostrou muito coeso a defender, foi mesmo a equipa que primeiro se aproximou do golo quando, aos 12', após uma falha clamorosa no setor mais recuado, enviou uma bola ao poste da baliza defendida por Samuel.
Este lance como que espicaçou a equipa da casa, que poderia ter chegado ao golo através de Pité, em lances ocorridos aos 16' (chegou atrasado a um cruzamento de Marc) e 22' (remate frontal rente ao poste). O Fiães responderia no minuto seguinte com uma penetração na área e remate para defesa segura de Samuel.
O Beira-Mar continuava com a iniciativa e o Fiães sempre à espreita da resposta, mas o maior caudal ofensivo dos aveirenses, se criava boas situações para finalizar, não via traduzido em golos esse domínio. Nanu, por 3 vezes, dispôs de situações para abrir o marcador. Aos 24' falhou inacreditavelmente, quase em cima da linha de golo, uma bola que Marc lhe solicitou de cabeça; aos 33', também à boca da baliza, falhou o cabeceamento, após centro de Leandro e, no minuto seguinte, depois de receber na área, rematou de primeira para as mãos do guardião do Fiães.
A pressão intensificava-se, mas o nulo haveria de persistir até ao intervalo, pese embora um cruzamento-remate de Figueiredo que passou rente ao poste mais distante (38') e uma falha de Pité ao segundo poste após cruzamento da esquerda de Marc (41'), poderem ter dado vantagem à equipa orientada por António Luís.
Sem deslumbrar, a equipa do Beira-Mar já justificava a vantagem no marcador, mas o golo estava difícil de alcançar e esta realidade ainda mais se acentuou no segundo tempo, quando Bruno João, aos 48' (remate solto na esquerda, por cima do travessão) e 54' (remate no interior da área intercetado para canto), desperdiçou mais duas boas oportunidades para desfazer a igualdade. Na sequência do canto originado por este segundo lance, Nanu, de cabeça, faz a bola rasar a barra e perde mais uma boa chance de golo.
O Fiães apenas a espaços incomodava, mas já tinha dado mostras de possuir artífices capazes de fazer mossa num momento de inspiração ou num lance fortuito. Foi assim que, aos 58', o guardião Samuel negou com uma defesa com os pés o golo ao adversário, numa situação de bola morta na pequena área após marcação de um livre frontal.
Foi então que, aos 62', um minuto após a sua entrada em campo e na primeira vez que tocou na bola, Cassamá chegou ao 1-0, finalizando da melhor forma uma jogada pela esquerda protagonizada por Pité e Leandro. O mais difícil parecia estar feito, até porque, aos 66', o mesmo jogador, na sequência de um bom cruzamento de Pité, teve oportunidade de ampliar a vantagem, mas rematou sem direção ao segundo poste.
E, sem que nada o fizesse prever, no minuto seguinte, num momento de felicidade do jogador do Fiães, que arriscou a sua sorte através de um remate de muito longe, o nosso adversário chega ao empate. A bola bateu na barra, veio ao solo, parou nas mãos de Samuel mas, por indicação do auxiliar, o juiz da partida confirmou o 1-1.
Voltava tudo à "estaca zero" e chegou a temer-se mais um jogo sem vencer. Mas, depois de muita insistência, num lance individual de Nanu, aos 81', que penetrou na área e rematou para uma defesa incompleta do guarda-redes contrário, Cassamá, na recarga e de um modo fácil, encostou para o 2-1 final.
O jogo não terminaria sem que a equipa aurinegra voltasse a passar por mais alguns calafrios, resultantes de mais um remate de meia-distância que rasou a barra (85') e de nova bola morta na pequena área (89') que, felizmente, foi rematada contra o corpo de um jogador da casa. Já em tempo de compensação, Cassamá esteve perto do "hat-trick" mas cabeceou por cima a bola centrada por Pité.
Vitória sofrida, por culpa própria e também por algum mérito do adversário, mas inteiramente justa, num jogo em que o árbitro não esteve isento de erros, tendo ficado por assinalar uma grande penalidade para cada lado.

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