sábado, 17 de novembro de 2012

JUNIORES A: Uma sombra do líder

SC Beira-Mar, 1 - GD Oliveira de Frades, 3
(1-1, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar sofreu novo percalço no campeonato nacional da 2ª divisão e, ao perder em casa, neste sábado, com o Oliveira de Frades, por surpreendentes 1-3, averbou a primeira derrota na prova, somando o seu terceiro jogo consecutivo sem vencer. É, de facto, uma série "negra" de resultados, que não pode tirar o mérito à campanha realizada, até há pouco brilhante, mas que pede uma reflexão sobre as razões deste momento menos bom que atravessa a equipa orientada por António Luís.
Num relvado do estádio Mário Duarte que também já conheceu melhores dias, a formação aurinegra apresentou-se com:
Samuel (gr); Xavi (Nazmi, int), Manel, Michael dos Santos e André Rosa; Balacó (cap), Bernardo Subtil (Pedro Aparício, int), Gui Matos e Diogo Castor; Nanu e Marc.
Suplentes não utilizados: João Paulo e Gui Ramos.
A primeira parte foi muito má, mostrando um Beira-Mar sem ideias, previsível, a imprimir pouca velocidade ao jogo e não mostrando qualidade que justificasse a sua liderança até este jogo quase incontestada. Ainda assim, as coisas até nem correriam mal de início para os aveirenses, que chegaram à vantagem, aos 7', num cabeceamento de Gui Matos, que desviou para o poste mais distante, onde a bola bateu antes de entrar, um cruzamento da direita de Nanu.
Sem que nada tivessem mostrado até então para ganhar avanço no marcador, os aurinegros não aproveitaram a embalagem do 1-0 e continuaram adormecidos, sem dinâmica e deixando que o adversário discutisse o jogo no campo todo, ainda que oportunidades de golo fosse coisa nunca vista em qualquer uma das balizas. E, para piorar as coisas, aos 26', na sequência da marcação de um pontapé de canto e aproveitando uma bola largada por Samuel, o Oliveira de Frades chega ao 1-1 no meio da confusão gerada na área. Diogo Castor, pouco depois, aos 30', ainda foi isolado por uma solicitação de Nanu, falhando na cara do guarda-redes, mas este lance foi a excepção a uma regra pautada pela falha de imaginação patenteada nestes primeiros 45 minutos pelos aveirenses. Seria mesmo o Oliveira de Frades, aos 40', num lance de contra-ataque, a levar o perigo à nossa área, valendo uma boa intervenção de Samuel para evitar males maiores.
Era justo o resultado ao intervalo, mas o pior estava ainda para chegar! Logo no primeiro minuto da etapa complementar, num lance dividido dentro da área da casa, o Sr. Ricardo Silva, árbitro da AF Aveiro que em 3 jogos já apitados esta época marcou 3 grandes penalidades contra o Beira-Mar (para além de 3 expulsões!!!), descortinou uma falta de Nanu e apontou a marca dos 11 metros de onde o nº 10 forasteiro não perdoou e fez o 1-2.
O Beira-Mar acusou o golpe e continuava longe daquilo que se exige a quem sebe fazer muito mais e melhor. Só aos 59', num lance em que Marc, lançado na esquerda, remata para uma defesa incompleta do guarda-redes, Pedro Aparício conseguiu dar, pela primeira vez no segundo tempo, a sensação de poder chegar ao golo.
Do outro lado, tudo corria pelo melhor! Aos 60', novamente na sequência da marcação de um pontapé de canto e perante alguma passividade, o Oliveira de Frades, novamente numa bola perdida na confusão, faz o 1-3, o terceiro golo de bola parada e um registo de quase 100 por cento em termos de eficácia.
Foi preciso uma desvantagem de 2 golos para se começar a ver alguma coisa da equipa que lidera a série C do campeonato nacional. As oportunidades de golo começaram a surgir mas, com o tempo a passar e a bola a não entrar, a tarefa de inverter o resultado afigurava-se muito complicada. Aos 64', numa transição rápida conduzida por Balacó, este oferece o golo a Marc, que falha o desvio na cara do golo. Aos 78', depois da bola ir ao poste na sequência de uma jogada confusa na área do Oliveira de Frades, Marc não consegue a recarga.
E, já em vantagem numérica por expulsão, aos 79', do nº 7 visitante, os aurinegros fizeram um forcing final, podendo Gui Matos, aos 81', num remate de pé direito que saiu à figura do guarda-redes, e Diogo Castor, aos 82', que viu um defesa desviar o seu remate desferido já dentro da área, terem reduzido a desvantagem. O lance de Pedro Aparício, aos 86', em que o seu primeiro remate levou a bola a bater caprichosamente  na barra e a recarga seguinte, defendida pelo guardião oliveirense, apenas serviu para ilustrar que este era mesmo um dia aziago para as cores aurinegras.
Em suma, sem que se possa dizer que o Oliveira de Frades tenha feita muito para justificar esta vitória, o nosso adversário soube aproveitar bem os erros concedidos pela nossa equipa e o seu dia desinspirado, acabando o resultado por ser um castigo que a formação aurinegra, pelo desempenho que teve durante mais de uma hora, fez por merecer.
Mais uma vez não gostámos do trabalho do Sr. Ricardo Silva. E, como não há coincidências, este juiz não gosta mesmo do Beira-Mar...

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