segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

JUVENIS A: Tropeçar não é cair

SC Beira-Mar, 1 - CF Repesenses, 1
(0-1, ao intervalo)

A equipa de juvenis do SC Beira-Mar perdeu hoje algum terreno para os seus mais directos adversários ma qualificação para a 2ª fase do campeonato nacional, ao ceder um empate (1-1) caseiro diante da formação do Repesenses. A formação viseense justificou bem o resultado e os aurinegros só mostraram a sua verdadeira "alma" depois de alcançarem o golo que ditou a igualdade final. Foi um tropeção, sem dúvida, mas nada está perdido para a equipa de Aguinaldo Melo, que pode reconquistar a posição perdida nas 3 jornadas finais do campeonato.
Tendo o estádio Mário Duarte como palco e sobre um relvado que, apesar da chuva, permitia uma boa circulação da bola, os aveirenses apresentaram-se com:
Canha (gr); Balseiro, Fábio, Ricardo Pinto (cap) e Bruno Reis; Miguel Campos, Tiago Ramalho, Lucas e Hugo Custódio (Lane, 31'); Bruno Ribeiro e Miguel Oliveira (Steven, 50').
Suplentes não utilizados: Luís (gr), Rui Santana, Nuno Abreu e Ricardo Mango.
O Beira-Mar entrou em campo muito nervoso, revelando uma ansiedade que era ditada pela responsabilidade com que esta partida era encarada e disso se ressentiu a sua prestação. Ainda assim pertenceu-lhe o primeiro remate com perigo, desferido por Miguel Oliveira e desviado para canto pelo guarda-redes, que defendeu com alguma dificuldade. Na sequência da marcação do canto, Ricardo Pinto, com um oportuno golpe de cabeça, proporciona  mais uma grande intervenção do guardião de Repeses, que nega o primeiro ao Beira-Mar.
Mas foi o Repesenses que saiu na frente do marcador, ainda que o golo tivesse resultado de uma perda de bola à entrada da nossa grande área, prontamente aproveitada pelo nº 10 contrário, porventura o melhor jogador em campo, para chegar ao 0-1 com um pontapé colocado, que não deu qualquer hipótese de defesa a Canha. Grande golo!
Os aurinegros acusaram o golpe e, embora fossem tentando, não conseguiam construir jogadas com princípio, meio e fim, perdendo a bola com muita facilidade. Pelo contrário, o Repesenses apresentava um futebol de muito boa qualidade, mostrando um entrosamento a que não deve ser alheio o trabalho da formação do clube. Não admirou pois que, aos 16', numa jogada de contra-ataque, os visitantes voltassem a estar perto do golo, num remate em arco que levou muito perigo.
O Beira-Mar ainda respondeu, aos 24', numa transição em que Miguel Oliveira voltou a ensaiar o seu remate, defendido a 2 tempos pelo guardião viseense, que quase deixava fugir a bola para dentro da baliza. No entanto, era o Repesenses que, mostrando um melhor colectivo, dava mostras de poder chegar mais facilmente a novo golo. Isso quase aconteceu num lance, aos 26', iniciado na direita e que terminou com um desvio ao cruzamento, efectuado junto da baliza e que passou muito perto do poste contrário. Em nova contra-ofensiva, aos 30', o nº 11 do Repesenses surge em posição privilegiada para golo, mas é desarmado no momento do remate.
Apesar da nossa equipa poder ter chegado à igualdade, aos 37', na sequência de uma jogada individual de Lane, que optou por um remate condenado ao fracasso quando tinha Miguel Oliveira em melhor posição para finalizar, a vantagem com que os forasteiros chegaram ao intervalo era inteiramente justa e premiava a equipa que melhor tinha jogado colectivamente.
Apesar de ter continuado a acusar ansiedade em demasia, a prestação dos aurinegros melhorou no segundo  tempo, com a equipa do Repesenses a não arriscar tanto no ataque e até a recorrer frequentemente ao anti-jogo. Pertenceu de novo ao Beira-Mar o primeiro remate, estavam decorridos 48', com Miguel Campos a tabelar com Lane e a disparar para as mãos do guarda-redes e Ricardo Pinto, aos 54', entrou sozinho na área mas perdeu tempo e uma clara oportunidade para fazer golo.
Era muito pouco para quem não podia perder este jogo, mas a insistência dos aveirenses, ainda que feita com pouca serenidade, haveria de resultar na igualdade. O 1-1 surgiu, aos 65', de um rasgo individual de Lucas, que a todos surpreendeu com o seu remate cruzado da direita, fazendo a bola bater no poste mais distante antes de se anichar nas redes.
Seguiu-se, então, o período de jogo em que o Beira-Mar mostrou verdadeiramente ambição para ganhar o jogo e em que se lhe reconheceu estatuto de candidato à qualificação para a 2ª fase. Na verdade, neste quarto-de-hora final, os comandados de Aguinaldo Melo mostraram mais do que na restante partida. Lane, aos 72', falha incrivelmente o desvio à boca da baliza, enviando para fora um cruzamento de "morte" de Steven e pouco depois, aos 75', na sequência de um livre na esquerda, Ricardo Pinto cabeceia solto ao segundo poste para as mãos do guarda-redes. No minuto seguinte foi Balseiro a rematar às malhas laterais, finalizando uma boa jogada de ataque da sua equipa e já em período de compensação, com o Beira-Mar a encostar finalmente o Repesenses "às cordas", Bruno Ribeiro tem um disparo cruzado que roça o poste mais distante, ficando muito perto de dar a vitória que todos ansiavam.
O resultado acaba por ser justo, mas fica a ideia, e apesar da qualidade mostrada pelo adversário dos aveirenses, que estes deram demasiado tempo de "avanço". A arbitragem do juiz aveirense, Sr. Diogo Santos, situou-se em bom nível.

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