domingo, 12 de janeiro de 2014

JUNIORES A: Segunda parte auri-negra merecia mais do que o empate

SC Beira-Mar, 1 - SC Braga, 1
(0-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar alcançou um empate na recepção ao SC Braga e, para além de ter amealhado mais um valioso ponto na luta pela despromoção, atrasou os arsenalistas relativamente aos seus objectivos de qualificação para a série de apuramento do campeão. Depois de uma primeira parte em que os auri-negros deram a iniciativa do jogo ao seu adversário e de se terem visto em desvantagem no decorrer do segundo minuto da etapa complementar, os comandados de António Luís partiram para uma extraordinária prestação que os conduziu ao empate, podendo e merecendo, pelas ocasiões de golo soberanas que criaram, ter ido mais além.
Para esta antepenúltima partida da 1ª fase do campeonato nacional da 1ª divisão, os aveirenses apresentaram-se no estádio Mário Duarte com:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; Tiago Ramalho, Pedro Aparício e André Silva; Bento Cortesão (Lucas, 63'), Lane (Bernardo Subtil, 81') e Diogo Castor (Bruno Filipe, 90+2').
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Gui Ramos, Ricardo Pinto e André Santos.
A primeira parte fica caracterizada por uma maior iniciativa do Braga, com maior posse de bola mas sem que tivesse criado grandes problemas à boa organização da formação auri-negra, que fez uns primeiros 45 minutos de contenção, quiçá respeitando em demasia o 3º lugar dos jovens arsenalistas. Ocasiões flagrantes de golo não houve e o domínio bracarense traduziu-se na conquista de alguns pontapés de canto e em dois remates perigosos que passaram perto do alvo. O primeiro foi aos 19', depois de uma troca de bola em posição frontal que culminou com um disparo de Bukia a rasar o travessão; o segundo, já muito perto do descanso (44'), um remate enrolado de Mazala, após uma confusão na área, que passou ao lado do poste esquerdo da baliza bem defendida por Hugo.
A segunda parte, sendo completamente diferente, começou praticamente com o golo do Braga, obtido aos 47' por Gil, "carrasco" auri-negro desde os tempos da Sanjoanense, que deu o melhor seguimento à marcação de um canto na direita e, de cabeça, fez o 0-1.
Este golo foi o ponto de partida para uma grande exibição da equipa do Beira-Mar no segundo tempo, começando logo por atingir a igualdade pouco tempo depois, aos 51', com Bento Cortesão a encostar sozinho ao segundo poste um cruzamento da esquerda de Pedro Aparício, após jogada de insistência do "capitão" aveirense.
Embalados pelo golo, os auri-negros foram para cima do seu adversário e, volvidos dois minutos, só não se adiantaram no marcador porque o árbitro da partida fez "vista grossa" a um derrube escandaloso sofrido dentro da área bracarense por Lane, transformando num ridículo cartão amarelo ao avançado beiramarense uma mais que evidente grande penalidade.
A vitória auri-negra voltaria a fugir em mais duas ocasiões, a que corresponderam outras tantas soberanas oportunidades para fazer golo. A maior de todas ocorreu aos 59', no momento em que Pedro Aparício é isolado por um soberbo passe de Diogo Castor, ultrapassa o guardião Tiago Sá, mas opta por um remate para a baliza deserta de ângulo muito difícil, quando tinha dois colegas em posição de finalização fácil. Mais à frente, aos 64', André Silva lança Diogo Castor nas costas da defesa minhota e o "11" auri-negro, aproveitando uma falha de Bi, fica na cara de Tiago Sá, mas remata contra o corpo do guarda-redes bracarense.
Até final, sempre com o Beira-Mar a manter a bola longe da área à guarda de Hugo, não se registaram mais oportunidades para qualquer dos lados, mas fica a imagem de um Beira-Mar sempre na procura da vitória, nunca baixando os braços, inclusivamente no período em que teve de jogar em inferioridade numérica por expulsão, aos 85', de Miguel Campos (duplo amarelo).
O Sr. Humberto Teixeira, árbitro da AF Porto, para além do gravíssimo erro já relatado e que se reporta ao penalti cometido sobre Lane, mostrou, em mais uma mão-cheia de lances, que estava ali para proteger os "grandes", nunca tendo dúvidas em penalizar quando se tratava de faltas e erros do Beira-Mar, mas equivocando-se quando as situações se invertiam. Isenção, precisa-se!

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