Valeu um golo do "capitão" Rafa, aos 58' de jogo, para que a equipa do SC Beira-Mar ultrapassasse o difícil obstáculo que se veio a revelar a UD Oliveirense, o adversário do encontro desta tarde, disputado no Estádio Mário Duarte e que fazia parte da 4ª jornada da série C do campeonato nacional de iniciados. Foi a partida menos conseguida até agora pela equipa de Alberto Raínho que, ainda assim, averbou a sua 4ª vitória em 4 jogos disputados e mantém a liderança da prova. A vitória é inteiramente justa, mas apenas na 2ª parte se viu algum do "perfume" que a equipa vinha espalhando com o seu futebol nos jogos que disputou anteriormente.
Com arbitragem do Sr. Carlos Oliveira, auxiliado por Filipe Santos e Eduardo Rocha, da AF Aveiro, as equipas apresentaram:
SC Beira-Mar: Hugo (GR), Diogo H. Carvalho (Bruno Filipe, intervalo), Gui, João Rafael e Ruben Marques; André Silva, Rafa (cap) e Diogo M. Carvalho; Ricardo Tavares (Duílio, 54'), Henrique e Tiago Gomes (Pedro Aparício, 50').
Suplentes não utilizados: André Fernandes (GR), Pedro Salgado, Tiaguinho e Renato.
UD Oliveirense: Mesquita (GR), Fazenda (cap), Emanuel, Correia e Sousa; Coelho, Suarez e Luís (Emídio, 60'); Semedo (Nuno, intervalo), André (Sérgio, 60') e Pedro.
Suplentes não utilizados: Pedro (GR), Joca, Flávio e Filipe.
A equipa da casa até não entrou muito mal e, durante os primeiros 10 minutos, manteve ascendente no jogo e criou algum perigo para o último reduto oliveirense. Aos 4' Henrique ameaçou de cabeça pela 1ª vez as redes oliveirenses, correspondendo a uma bola centrada da esquerda por Tiago Gomes, mas que foi detida pelo guardião Mesquita. Logo de seguida, aos 6', perdida inacreditável de Diogo M. Carvalho. O médio auri-negro não deu o melhor seguimento a um endosso perfeito de Tiago Gomes, novamente do lado esquerdo, e falhou a finalização, quando tinha a baliza deserta. Ainda neste melhor período do Beira-Mar na 1ª parte, destaque para um forte remate de Tiago Gomes, aos 7', que passou a rasar o poste esquerdo da baliza forasteira.
A partir dos 10' de jogo a equipa como que entrou em "black-out" e disso se aproveitou a Oliveirense para equilibrar a partida, começar a aproximar-se da baliza de Hugo e criar também algum perigo. As duas ocasiões de golo para a equipa de Oliveira de Azeméis ocorreram aos 17' e 18' e ambas resultaram de desatenções defensivas. A primeira resultou de um livre marcado quase da linha de meio-campo, aparecendo, inexplicavelmente, um jogador oliveirense na cara de Hugo. Valeu Diogo H. Carvalho, que corrigiu a sua distracção e ainda foi a tempo de importunar a finalização do adversário. No minuto seguinte, um mau alívio da nossa defesa coloca a bola nos pés de um adversário, que não aproveitou a dádiva e rematou, em posição privilegiada, para as mãos de Hugo.
A equipa de Alberto Raínho jogava como nunca se tinha visto até aqui, aos repelões, os passes não saíam e o futebol não se conseguia ligar. O melhor que conseguiu, até ao final da 1ª parte, foi a conquista de 4 pontapés de canto (entre os 22' e os 27') de que nada resultou.
A 2ª parte foi diferente, para melhor, a equipa exibiu-se a níveis mais consentâneos com o seu real valor e a Oliveirense nem chegou a incomodar Hugo neste período complementar.
O primeiro a ameaçar foi Ricardo Tavares, logo aos 2'. Tiago Gomes executa uma das suas típicas jogadas pelas laterais, em que sobressai a boa execução técnica, centra para a zona do ponta-de-lança, onde apareceu o nº 21 aveirense, entre dois opositores, a rematar de primeira, com perigo, mas ao lado. A equipa estava melhor, mas o adversário tinha ganho confiança e a sua motivação ia aumentando à medida que o tempo ia passando. Adivinhavam-se muitas dificuldades para os da casa, até porque, à parte o lance inicial de Tavares, oportunidades flagrantes de golo não apareciam. Posse de bola, jogo no meio-campo adversário, era o que o Beira-Mar conseguia. Até que, aos 23', surge o momento do jogo. Duílio, descaído para o lado esquerdo, muda o flanco de jogo e serve Henrique, na direita. O nº 9 auri-negro segura a bola e assiste Rafa, vindo de trás para a penetração. Diante de uma muralha de adversários pela frente e descaído que estava para o lado direito, o "capitão" aveirense decide-se por um remate em jeito, de pé esquerdo, "venenosamente" intencional, fazendo entrar a bola pelo "buraco-da-agulha", o único sítio por onde era possível entrar, rente ao poste mais distante, tornando infrutífera a estirada de Mesquita. Golaço!
Galvanizados por este golo, a equipa do Beira-Mar subiu ainda mais de produção e o marcador poderia ter sido dilatado até final. Aos 27', remate em arco de Diogo M. Carvalho, à entrada da área, levando a bola a passar perigosamente rente ao poste. Aos 32' é Rafa que surge novamente como protagonista e envia uma bola à barra na marcação de um pontapé livre. Aos 34', servido por Henrique, Duílio consegue isolar-se, mas atira contra Mesquita. Finalmente, no 4º minuto de compensação, Henrique tem a derradeira oportunidade de golo, esta bem flagrante, já que acertou no poste da baliza adversária após uma boa jogada de técnica individual.
Foi uma vitória tão difícil como justa, num "derby" nem sempre bem jogado, parecendo-me que, curiosamente, a nossa equipa estranhou o factor-casa e demorou a adaptar-se ao relvado, onde a maioria dos nossos jogadores fez o seu primeiro desafio.
A arbitragem não teve grandes casos para resolver. Nas pequenas faltas pareceu-nos que não usou de critério uniforme, com prejuízo para o Beira-Mar.
1 comentário:
A oliveirense nao merecia ter perdido o beira-mar nao mereceu os 3 pontos tiveram sorte. Foi um grande obstáculo para eles bom jogo da UDO. anónimo
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