terça-feira, 25 de maio de 2010

JUNIORES B: Triunfo em Eixo garante manutenção!

GD Eixense, 0 - SC Beira-Mar, 1
(0-0, ao intervalo)

Um tento solitário de Nelson, obtido aos 83 minutos de jogo, quebrou a resistência da equipa do Eixense e foi suficiente para que o Beira-Mar tivesse alcançado uma vitória que procurou desde o início da partida e que garantiu a permanência na 1ª divisão do campeonato distrital de juniores da AFA. A vantagem tangencial não espelha a supremacia evidenciada pelos aveirenses ao longo dos 90 minutos do jogo e só encontra justificação na manifesta falta de poder de finalização evidenciada pelos auri-negros, que construíram jogo e oportunidades de golo para sair do Campo do Monte com um resultado robusto.
No jogo em que a equipa do Beira-Mar atingiu o objectivo traçado para o campeonato distrital, o Prof. António Luís apresentou os seguintes atletas:
Cirineu (gr); Leandro, Rui, Lobo e Wilson Rubio; Mika (cap), Ricardo Figueiredo (Pedro, 54'), Filipe Vieira e André Aranha (Cassamá, 65'); Francisco (Ricardo Castro, int) e Nelson.
Suplentes não utilizados: Tito, Ricardo Melo e Berna.
Apesar da equipa do Eixense ter ameaçado a baliza de Cirineu logo na primeira jogada do jogo, foi o Beira-Mar que entrou melhor na partida e cedo passou a controlar os acontecimentos. Como resultado dessa supremacia surgiu, naturalmente, aos 9', a primeira grande oportunidade para abrir o marcador. A jogada inicia-se em Nelson, que ganha a linha e faz um cruzamento para a área, onde uma emenda perigosa de Aranha permite uma defesa incompleta do guarda-redes, com Francisco, muito oportuno, a fazer a recarga, que é cortada para canto, com alguma dose de felicidade, por um defesa da casa.
O meio-campo dos auri-negros fazia boa circulação e controlo de bola e Francisco, na direita, a par de Nelson, na esquerda, eram duas setas permanentes apontadas à baliza do Eixense. E foi pela direita, aos 16', que Francisco Griné deu início a uma boa jogada que provocaria, de novo, o pânico no último reduto da equipa visitada. O cruzamento sai perfeito, para a cabeça de Aranha que, sozinho, na cara do guarda-redes, atira incrivelmente para as mãos deste, perdendo soberana ocasião para chegar ao golo. Passados dois minutos, uma boa jogada de envolvimento da equipa do Beira-Mar permite a penetração de Filipe Vieira pelo meio e, quando se esperava o remate do "Bolaxa", este atrasa para Aranha, que volta a mostrar falta de pontaria, atirando por cima do travessão.
O domínio constante dos auri-negros só viria a ser abanado aos 30', num lance esporádico de ataque eixense, com uma bola metida na área aveirense, que originou uma saída a destempo de Cirineu, que viu o avançado da equipa de Eixo fazer-lhe um "chapéu", valendo a intervenção de Leandro, que salvou a situação. Rapidamente o cariz do jogo voltou ao mesmo, ou seja, ao desperdício de oportunidades de golo por parte da equipa do Beira-Mar. Aos 34' e 36', em lances que resultaram da marcação de pontapés de canto, foi Lobo que esteve muito perto do golo. No primeiro aparece solto, na direita, rematando cruzado, rasteiro, fazendo a bola sair rente ao poste mais distante. No segundo, Francisco coloca a bola ao segundo poste, para o nº 30 auri-negro aparecer solto, a rematar de cabeça ao lado.
A primeira parte não fecharia sem que André Aranha mostrasse, mais uma vez, que este não era o seu dia para finalizar bem, valendo, contudo, o sentido de baliza que mostrou, aparecendo, bastas vezes, na posição do ponta-de-lança com muito sentido de oportunidade. Foi aos 44', em mais uma grande jogada de Nelson, pelo corredor esquerdo, com um cruzamento perfeito para a zona frontal da baliza, onde surgiu Aranha a rematar, mais uma vez, ao lado da baliza do Eixense.
O 0-0 ao intervalo era castigo demasiado pesado para a equipa do Beira-Mar que, pese embora a ineficácia mostrada na finalização, havia praticado bom futebol e construído uma quantidade tão grande de oportunidades que seriam, por si só, suficientes para justificar outro resultado. No reatamento o filme não mudou e, logo aos 52', uma jogada de combinação entre Nélson e o recém-entrado Castro, permite a este último ficar na cara do guardião contrário, perdendo-se a oportunidade por ter rematado fraco. Os lances de perigo sucediam-se em catadupa, tendo, aos 53', Mika rematado à figura do guarda-redes, em posição frontal e, no minuto seguinte, mais uma vez Aranha a rematar de cabeça, ao lado, após bom cruzamento de Leandro, na direita. Nelson, que foi uma das figuras deste jogo, aparece, por quatro vezes (57', 58', 61' e 63') no papel de finalizador e, em qualquer dos lances, poderia ter feito golo. Primeiro numa diagonal, da esquerda para a direita, com remate forte, um pouco ao lado do poste; depois, quando surgiu isolado, ultrapassou o guarda-redes, mas adiantou em demasia; a seguir, na sequência de um livre apontado por Wilson Rubio, com uma entrada fulgurante do extremo aveirense, que faz passar a bola ao lado da, até então, inviolada baliza do Eixense; por último, talvez a mais flagrante, com Castro a abrir na esquerda no 17 auri-negro, que fica isolado e atira para a baliza à saída do guarda-redes, que é substituído por um defesa, que corta a bola sobre a linha de golo, quando todos já esperavam o mais que justificado golo.
O jogo era de sentido único, o Beira-Mar não desanimava e as oportunidades de golo continuavam. Aos 65', numa bola de ressaca, à entrada da área, Ricardo Castro domina com o peito e remata forte com o pé direito, sem deixar a bola cair, mas esta sobrevoa o travessão da baliza contrária. O mesmo Castro, aos 70', em lance de combinação com Filipe Vieira, proporciona ao "Bolaxa" mais um remate em posição frontal, que sai, contudo, mais uma vez ao lado, perante o desespero auri-negro.
O Eixense deu sinal de vida, em termos atacantes, nesta segunada parte, apenas aos 71', num remate de fora da área, ainda assim inofensivo. Até que, a sete minutos dos 90 regulamentares,  a resistência da equipa da casa foi quebrada, com a obtenção do único golo da partida, decisivo para o desfecho do jogo e para as aspirações do Beira-Mar. Foi Nelson o autor do 0-1 e diga-se que foi um golo muito merecido, tanto pelo jogador como pela equipa, resultado de um remate desferido já dentro da área, a passe de Ricardo Castro, que levava colocação e força suficientes para não dar quaisquer hipótese ao esforçado guardião do Eixense.
Após  o golo sofrido, os jogadores da casa ficaram prostrados no relvado, num sinal de desânimo e sinónimo de que as suas forças haviam chegado ao fim. E, de facto, aos 86' e 87' o Beira-Mar dispôs, por Pedro, de mais duas soberanas ocasiões para ampliar o marcador e dar-lhe uma expressão mais condizente com o passado em campo. No primeiro lance o avançado auri-negro cabeceia para as mãos do guarda-redes, após bom cruzamento da esquerda de Wilson e, no segundo, o seu remate proporciona mais uma grande defesa ao guardião caseiro.
O jogo, que teve uma excelente arbitragem, não terminaria sem que, no segundo minuto de compensação dada pelo árbitro, a equipa da casa pregasse um susto aos aveirenses, num remate cruzado feito do "nada", de fora da área, que quase surpreendia Cirineu, que viu a bola rasar o poste mais distante da sua baliza. Seria, de facto, uma grande injustiça...

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