sábado, 25 de setembro de 2010

JUNIORES B: Resultado com sabor a injustiça

SC Beira-Mar, 0 - RD Águeda, 1
(0-1, ao intervalo)

Um golo solitário, obtido à passagem do primeiro quarto de hora de jogo, foi suficiente para que o Águeda tivesse derrotado esta manhã a equipa do Beira-Mar, em jogo referente à 3ª jornada do campeonato distrital de juniores da 1ª divisão. Este resultado penaliza fortemente a jovem equipa auri-negra, que, pela boa exibição que realizou durante a segunda parte e pelas oportunidades de golo que desperdiçou nesse período, saiu do relvado secundário do Estádio Mário Duarte com um forte sentimento de injustiça. Ainda que o RD Águeda tivesse sido ligeiramente superior durante os primeiros 45 minutos, sobretudo até à obtenção do seu golo, o período complementar foi completamente dominado pela equipa orientada pelo professor António Luís, que jogou o suficiente para poder ter saído com a vitória do terreno de jogo ou, na pior das hipóteses, com uma divisão de pontos.
O Águeda entrou melhor na partida, mostrando-se uma equipa mais adulta, que praticava melhor futebol, assegurando desde cedo o controlo do jogo. Este ascendente levou ao adiantamento no marcador, num livre marcado rapidamente, com a bola a ser metida nas costas da defesa aveirense, isolando o marcador do golo, que bateu Hugo no um contra um. Estavam decorridos 15' de jogo e, antes, aos 8', já um remate perigoso dos bairradinos tinha levado muito perigo à baliza do guardião auri-negro. Verdade que Cassamá, aos 10', num golpe de cabeça ao lado, também respondeu com perigo, na sequência de um livre de Castro, na direita, mas o sinal mais era da equipa visitante e o 0-1 foi um prémio justo para a sua boa entrada no jogo.
A seguir ao golo, o Beira-Mar equilibrou mais a partida, mas apenas aos 35', na sequência da marcação de um canto, pelo "capitão" Castro, que rubricou hoje mais uma bela exibição, voltou a haver algum "frisson" junto a uma das balizas, com Rui Santos a rematar, com muito perigo, ao lado da baliza contrária. Antes do descanso, nota para mais dois lances de perigo junto da baliza do guardião aveirense Hugo. No primeiro, aos 42', o nosso adversário dispõe de uma boa oportunidade para ampliar o marcador, com o golpe de cabeça, desferido na sequência de um canto, a falhar o alvo por muito pouco. Pouco depois, em cima dos 45', uma jogada de contra-ataque termina com um remate forte e perigoso, que poderia ter tido piores consequências para as ambições da equipa da casa.
Na segunda parte, o jogo mudou completamente de figurino e o Beira-Mar empurrou o adversário para o seu último reduto defensivo, exercendo um domínio e controlo de jogo absolutos, faltando apenas os golos para que tudo tivesse sido perfeito. O primeiro sinal de perigo foi logo dado aos 50', com um cruzamento da esquerda de Pedro Ribeiro a apanhar Chipelo solto, do lado contrário, que rematou forte, de primeira, mas sem a direcção adequada.
O domínio aveirense era avassalador e, aos 56', uma boa iniciativa de Cassamá, pela direita, termina com um remate cruzado, que faz a bola rasar o poste contrário. Aos 58', novo sufoco para a baliza do Recreio de Águeda, com duas soberbas oportunidades de golo no mesmo lance. Primeiro é o remate de Castro, desferido de fora da área, que proporciona magnífica defesa ao guardião contrário. Depois, e no seguimento da jogada, é Cassamá, em pleno coração da área, que não aproveita o excelente cruzamento da direita, de Rúben. O possante e rápido extremo/avançado auri-negro esteve, aliás, muito infeliz em matéria de finalização. Não fora isso e, aos 61' e 62', em dois lances consecutivos, o desfecho teria sido outro, tão flagrantes foram as duas oportunidades surgidas. Quer num, quer noutro lance, Cassamá, na boca do golo, e num misto de falta de instinto "matador", falta de sorte e mérito do guarda-redes, falha incrivelmente o golo que toda a assistência já comemorava.
O Águeda era, nesta segunda parte, uma equipa inofensiva e foi preciso um erro defensivo dos aveirenses, aos 66', para permitir ao adversário um lance de perigo, que terminou numa tentativa falhada de um "chapéu" ao guarda-redes Hugo. Insistia a equipa de António Luís e, aos 71', foi Chipelo (que entrou muito bem na segunda parte, mexendo bastante com o jogo) que tentou a sua sorte de longe, proporcionando uma defesa apertada ao guardião visitante.
O Águeda voltou a chegar perto da baliza auri-negra, aos 76', através de um livre marcado a meio-campo. O lance gerou confusão junto da baliza defendida por Hugo e, por muito pouco, a bola não entrou mesmo. Com o aproximar do final do jogo a nossa equipa continuou a lutar, na procura do golo e de um resultado menos penalizante. A aplicação foi permanente, a atitude sempre muito boa, mas a bola nunca quis entrar. Aos 87', no último lance de perigo que merece registo, Pedro Ribeiro ainda rematou forte à baliza contrária, após uma boa jogada do juvenil João Valente (foram 7 os sub-17 lançados neste jogo), mas, mais uma vez, a oportunidade gorou-se.
Vitória festejada no final pela equipa do Águeda, que merecia a vantagem ao intervalo, mas que foi subalternizada pelo Beira-Mar no segundo tempo, não merecendo, os auri-negros, terem saído derrotados deste encontro. No futebol costuma dizer-se que não há vitórias morais, mas os jovens auri-negros triunfaram neste jogo pela forma como, na segunda parte, deram tudo para virar o resultado, lutando até ao fim na busca de outro desfecho.
Num jogo com uma arbitragem que esteve bem no capítulo técnico, apenas com alguns lapsos no aspecto disciplinar, António Luís apresentou:
Hugo (gr), Rúben Marques, Guilherme, Rui Santos e Wilson Rubio; Francisco (Chipelo, int), Castro (cap) e Rafa (Pedro Aparício, 81'); Cassamá, Henrique (João Valente, 75') e Pedro Ribeiro.
Suplente não utilizado: Renato.

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