sábado, 9 de outubro de 2010

JUNIORES B: Empate com sabor amargo

SC Beira-Mar, 1 - GD Gafanha, 1
(0-1, ao intervalo)

A equipa de juniores B do SC Beira-Mar, que disputa o campeonato distrital da 1ª divisão da AF Aveiro, não foi capaz de conservar a vantagem que um golo madrugador de João Valente lhe conferiu, e acabou por consentir, no decorrer do segundo tempo, uma igualdade que penaliza imenso a formação auri-negra. Os aveirenses, antes do tento do GD Gafanha,  desperdiçaram várias ocasiões soberanas para chegar ao segundo tento, que "mataria", em definitivo, as pretensões contrárias.
O campo de treinos do Estádio Mário Duarte foi o palco para uma partida onde se apresentavam duas equipas do fundo da tabela, ávidas de pontos que lhes permitisse dar um salto na classificação e o Beira-Mar não poderia ter tido melhor começo, ao adiantar-se no marcador, logo aos 2' de jogo, por João Valente, que fez o 1-0 com um pontapé colocado, rasteiro, desferido de fora da área, aproveitando uma bola de ressaca, após uma boa jogada de combinação pelo flanco esquerdo entre Bruno Filipe e Sérgio Chipelo. No minuto seguinte, esta vantagem esteve quase a ser anulada, numa jogada protagonizada por um dos jogadores mais esclarecidos da formação da Gafanha, Filipe Guedes, nº 7 (os outros foram o seu "capitão" "Baresi", nº 99 e Lucas, nº 23, que não alinhou de início), que rematou de ângulo já muito difícil, após incursão pela esquerda, quando ficou na cara de Hugo. Aos 6', foi a vez de Chipelo, na marcação de um livre na direita, levar muito perigo à baliza do guardião Rui.
Em desvantagem no marcador e com um início de jogo em que "deu" sempre mais Beira-Mar, o GD Gafanha, a partir do quarto de hora de jogo, começou a aparecer mais um pouco na procura da igualdade. No entanto, só de bola parada criou algum perigo para a baliza de Hugo, como foram os lances, ambos surgidos na sequência de cantos, aos 15' e 22', em que o guardião aveirense viu, no primeiro, a bola ser cabeceada para as suas mãos por um jogador solto ao segundo poste e, no segundo, outro cabeceamento, agora da marca de penalti, rasar o travessão.
O Beira-Mar, passados estes pequenos sustos, voltou a pegar no jogo e teve, até ao final dos primeiros 45 minutos, o seu melhor período, no qual dispôs de oportunidades flagrantes para decidir a partida. Aos 27', numa jogada rápida de contra-ataque, Chipelo falha, à boca da baliza, soberba hipótese de ampliar a vantagem, rematando para fora, com o pé direito, na cara do guarda-redes, uma bola vinda da esquerda, oferecida em "bandeja de prata" por João Valente. Aos 31', foi a vez de Chipelo executar excelente passe, que isolou Paulo Sousa, mas o avançado auri-negro, se pensou bem e "picou" a bola sobre o guardião forasteiro, executou pior e fê-la passar rente ao poste, com alguma falta de sorte, também, à mistura. O mesmo Paulo Sousa, ao primeiro poste, solicitado por cruzamento rasteiro da esquerda de Bruno Filipe, naquela que seria a última grande oportunidade de golo antes do descanso, viria novamente a desperdiçar, aos 34', uma boa ocasião para dar mais algum conforto no marcador à sua equipa.
A segunda parte foi mais pobre e ainda que o Gafanha não desse mostras de poder provocar grande perigo para a baliza de Hugo, mantinha-se a expectativa resultante duma diferença mínima no marcador, que provoca sempre incerteza no resultado final. A partida ia avançando, com mais iniciativa do Beira-Mar, mas sempre com o espectro da possibilidade de, num lance fortuito, tudo poder ir por água abaixo. Não havia, contudo, lances dignos de registo, até que, aos 66', após uma boa iniciativa de Tiago Azevedo, lançado pela direita, o Beira-Mar esteve, mais uma vez, a ponto de resolver o jogo a seu favor. O cruzamento do extremo auri-negro, que ganhou a linha de fundo, é feito para a boca da baliza, onde Renato Silva falha o golpe de cabeça, para Paulo Sousa emendar com o pé, mas atirando para fora. Foi a mais flagrante ocasião de golo de todo o encontro.
Não marcou o Beira-Mar, marcou o Gafanha e pouco tempo depois. Aos 70', na sequência da marcação de um livre assinalado na direita por um árbitro que se mostrou sempre muito "habilidoso" ao longo de todo o encontro, a bola não é prontamente despachada pela defensiva aveirense, sobrando para a entrada da área, onde um jogador "azul" desfere remate rasteiro, muito colocado, que bateu Hugo sem remissão.
O 1-1 não interessava à equipa do Beira-Mar, que num último alarde de forças, partiu ainda em busca da vitória. Esta poderia ter surgido, aos 72', se o árbitro, ou o seu assistente, tivessem visto o guarda-redes forasteiro tirar, de dentro da baliza, uma bola desviada após remate de Paulo Sousa, protagonista de uma boa iniciativa pelo corredor esquerdo. Com a equipa auri-negra balanceada desesperadamente no ataque, a retaguarda, por vezes, ficava mais desguarnecida e disso se poderia ter aproveitado o Gafanha, aos 80', numa jogada de contra-ataque, quando Hugo lhes nega o golo, oferecendo o corpo à bola, rematada pelo já citado avançado Filipe Guedes, que surgia isolado.
Os últimos minutos foram jogados em vantagem numérica pelos aveirenses (expulsão justa do nº 6 da Gafanha, aos 82', por duplo cartão amarelo) e, aos 84', Paulo Sousa remata de longe, ao travessão, naquela que seria a derradeira hipótese de os auri-negros chegarem a uma justa vantagem, que não aconteceu.
António Luís apresentou a seguinte equipa:
Hugo (gr); Leandro (cap), Guilherme, Rui Santos e Bruno Filipe; Francisco (Greno, 56'), Pedro Aparício e Sérgio Chipelo (Renato Silva, 65'); Cassamá, Paulo Sousa e João Valente (Tiago Azevedo, 56').

Sem comentários: