domingo, 10 de outubro de 2010

JUNIORES A: Golo aos 25 segundos (!) abriu caminho à vitória auri-negra!

SC Beira-Mar, 3 - UD Oliveirense, 1
(1-1, ao intervalo)

Num jogo que começou praticamente com o primeiro golo do Beira-Mar, a equipa aveirense regressou de novo às vitórias, ao bater, por 3-1, no Estádio Mário Duarte, a até aqui invencível Oliveirense. Era um desfecho por todos ambicionado, já que era fundamental somar os 3 pontos em disputa na partida de ontem, após uma série de 3 jogos consecutivos sem vencer.
A vitória foi justa e tem de ser devidamente valorizada, se considerarmos que foi obtida perante um adversário muito forte, que não havia ainda conhecido o sabor da derrota no campeonato nacional. A felicidade do golo obtido no dealbar do encontro (25 segundos apenas decorridos) viria, no entanto, a ser plenamente justificada por aquilo que se desenrolou ao longo de todo o jogo.
O professor António Luís apresentou para esta importante partida:
Diogo Lopes (gr); Berna (Mika, int), Lobo, Renato e Bryan; Granja, Filipe Vieira (Ricardo Fernandes, 72') André Aranha e André Vaz (cap); Sílvio e Nelson (Ibrahima, 54').
Suplentes não utilizados: Samuel (gr), Pedro Ribeiro e Ricardo Castro.
Não temos as estatísticas dos golos feitos no Estádio Mário Duarte, mas o obtido por André Vaz, aos 25 segundos de jogo, deve ter sido um dos mais rápidos de sempre. O pontapé de saída pertenceu à Oliveirense, mas uma rápida recuperação pelos aveirenses levou a bola até ao "capitão" auri-negro, que progrediu em direcção à área adversária, optando por um remate de longe, rasteiro, que surpreendeu o guardião contrário, que nos pareceu não ter feito tudo o que podia para evitar o 1-0 madrugador.
Galvanizado por esta vantagem, o Beira-Mar foi a equipa que esteve melhor no período inicial da partida, ainda que só haja a registar dois disparos de Filipe Vieira, de fora da área, sem consequências para a baliza visitante. Nesta altura, apenas uma transição rápida da Oliveirense, aos 8', levou a bola até à baliza de Diogo, que, muito atento, segurou facilmente um cabeceamento em arco, após cruzamento da esquerda.
No entanto, à medida que o tempo avançava, a Oliveirense acabou por equilibrar a partida em termos de posse de bola e respondia mais às iniciativas aveirenses, numa procura de chegar à igualdade. Era uma fase de jogo dividido, mas em que as organizações defensivas acabaram sempre por levar a melhor. Situações de perigo apenas ocorreram junto da baliza da Oliveirense, na sequência da marcação de dois pontapés de canto, lances em que os auri-negros se têm revelado muito fortes. No primeiro, aos 29', Renato, ao segundo poste, viria mesmo a introduzir a bola na baliza, mas o árbitro anularia o lance, para surpresa de todos, jogadores adversários incluídos, quando os aveirenses já se encontravam na fase final dos seus festejos. Seria o golo da tranquilidade, que não valeu, mas que poderia ter acontecido, aos 31', noutro lance de "laboratório", sendo que o disparo em posição frontal saiu à figura do guardião forasteiro.
Duma situação de possível tranquilidade com que se poderia ter atingido o descanso e que seria de todo merecida para a equipa do Beira-Mar, esta acabou por regressar aos balneários com o credo na boca, após a obtenção do tento da igualdade, aos 42'. O lance do 1-1 resulta de uma jogada de insistência, com um cruzamento da esquerda que provoca um ressalto junto da baliza de Diogo, disso se aproveitando o oportuno e possante ponta-de-lança Marques (nº 9) para fazer uma recarga e chegar ao golo oliveirense.
O resultado ao intervalo era lisonjeiro para a equipa visitante, que pouco perigo criara durante os primeiros 45 minutos e o momento em que o empate aconteceu poderia ter, nas duas equipas, um efeito psicológico de sinal contrário para a etapa complementar. Esta não foi tão bem jogada como o primeiro tempo, tendo havido muita luta, que se tornou ainda mais evidente com o agravamento das condições climatéricas, que fustigaram os protagonistas do jogo com aguaceiros fortíssimos.
O primeiro lance de perigo da segunda parte ocorreu junto da baliza de Diogo Lopes, aos 52', na sequência de um pontapé de canto que proporcionou um remate de cabeça, que poderia ter tido piores consequências para os da casa. A este momento respondeu o Beira-Mar, também com um lance de bola parada, desta feita um livre marcado muito perto da linha limite da grande área, descaído ligeiramente para a direita. E diga-se que foi o momento do jogo, pois um ligeiro toque para o lado proporcionou a Bryan um disparo fortíssimo com o seu pé esquerdo, que tornou infrutífera a estirada do guardião da Oliveirense, que veria a bola anichar-se nas suas redes, não conseguindo evitar o 2-1.
Este golo serenou mais a equipa da casa, que viria a criar ainda situações passíveis de ampliar a vantagem. Aos 63', Sílvio escapa-se pela esquerda e opta pelo remate, de ângulo muito fechado, sem as consequências que um passe atrasado poderia provocar. Num período em que a Oliveirense forçava mais na procura de nova igualdade e o futebol praticado era um pouco desgarrado, aos 75', Ricardo Figueiredo aponta um livre do lado direito, com a bola a sobrar para a cabeça de Ibrahima, que atira para as mãos do guardião oliveirense. Também de bola parada, aos 80', a equipa visitante volta a levar perigo à baliza do Beira-Mar. Num livre marcado a meio do meio-campo da equipa aveirense, a bola é colocada na marca de grande penalidade, onde se eleva com muito à vontade o possante e já referido Marques, para cabecear, felizmente, por cima do travessão, com a defensiva auri-negra a ver jogar. Foi um alívio para todos os apaniguados beiramarenses, que ainda mais tranquilos ficaram, quando se chegou a novo golo, no minuto seguinte, após a marcação de um canto, num lance de insistência de Aranha, que colocou a bola na cabeça de Renato para a finalização vitoriosa do central aveirense. Estava feito o 3-1 e, desta vez...valeu!
A vitória já não fugiria e, até final, registo apenas para mais uma oportunidade de golo e para o lado do Beira-Mar. Foi aos 89', com Ibrahima a ser servido na direita e a cruzar para Sílvio, que remata fraco, surpreendido que ficou com as facilidades que lhe foram concedidas.
Estava consumada a primeira derrota na prova da equipa de Oliveira de Azeméis e o regresso às vitórias dos aveirenses, num jogo que teve uma fraca arbitragem do Sr Hélder Ferreira, da AF Aveiro.

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