domingo, 20 de fevereiro de 2011

JUNIORES B: Um passo atrás

SC Beira-Mar, 0 - RD Águeda, 1
(0-1, ao intervalo)

Depois da concludente vitória na Pampilhosa, na jornada anterior, a equipa auri-negra ter dado a ideia de poder entrar numa fase de bons resultados, com a consequente subida na tabela classificativa, o resultado do jogo de ontem, com o RD Águeda, veio de novo colocar a nu as dificuldades sentidas esta época pela nossa equipa no campeonato distrital de juniores da 1ª divisão e constitui mesmo um passo atrás na luta pelos seus objectivos, ainda que, por agora, a "procissão" vá apenas no adro.
A derrota imposta pelos jovens "galos do Botaréu" no relvado secundário do estádio Mário Duarte, por 0-1, é ainda mais surpreendente porquanto António Luís apostou num "onze" teoricamente muito forte, mas que se deparou com uma equipa que se fechou sempre muito bem  e que soube guardar a preciosa vantagem adquirida a meio da primeira parte.
Para o jogo da jornada 3 da 2ª fase da prova (série dos últimos), o SC Beira-Mar apresentou-se com:
Cirineu (gr); Berna, Lobo, Ricardo e Bryan; Mika (Ricardo Castro, int), André Vaz (cap) e Filipe Vieira (Pedro Ribeiro, 68'); Cassamá, Sílvío (André Aranha, int) e Ibrahima.
O Beira-Mar teve uma entrada dominadora no jogo, mas encontrou um adversário muito bem organizado defensivamente e que, com maior ou menor dificuldade, lá ia anulando as ofensivas dos da casa. Assim, apenas aos 13' de jogo a equipa de António Luís criou a primeira situação de verdadeiro perigo junto da baliza bairradina, quando, após uma boa jogada pelo flanco direito, Cassamá cruzou atrasado para a área, sobrando a bola para Ibrahima, que teve tempo para dominar e preparar o remate, que proporcionou uma defesa apertada ao guarda-redes contrário.
O Águeda defendia bem, mas não incomodava Cirineu, por isso, foi de uma forma surpreendente e contra todas as previsões que, aos 19', a equipa visitante chega à vantagem. O 0-1 aconteceu, pois, na primeira vez que a bola foi à baliza auri-negra, com o marcador do golo a aparecer, oportuno, ao segundo poste, aproveitando a passividade dos nossos atletas, que viram a bola sobrevoar toda a área, vinda da marcação de um livre sobre o lado direito.
Havia muito tempo para jogar e todos acreditavam ainda numa recuperação da desvantagem, tanto mais que Lobo, aos 25' e 28', esteve muito perto do empate. Ambos os lances resultam da marcação de pontapés de canto, sendo que no primeiro o cabeceamento foi parar às mãos do guarda-redes e, no segundo, o remate só não dá golo porque a bola é retirada quase em cima da linha fatal. Porfiava o Beira-Mar e, aos 36', no seguimento de uma jogada pelo corredor esquerdo, Bryan cruza rasteiro para a área, mas a bola passa em frente da baliza, sem que aparecesse alguém de amarelo e preto vestido para finalizar, acabando a bola por ser aliviada para canto por um defesa aguedense. Pouco depois, aos 38', Lobo volta a tirar mal as medidas à baliza e cabeceia por cima do travessão uma bola vinda de mais um pontapé de canto cobrado por Filipe Vieira.
O jogo era praticamente de sentido único, mas o golo não aparecia, sabendo-se que, nestas situações, a passagem do tempo galvaniza quem está por cima e aumenta a ansiedade em quem está a perder. E, aos 43', na segunda vez que o Águeda se conseguiu acercar da baliza aveirense, os visitantes quase ampliavam a surpresa. O lance começa numa boa jogada do ex-auri-negro Tito, que coloca a bola ao segundo poste para um remate muito perigoso, de primeira, de um colega, que fez passar a bola muito perto do poste mais distante.
Se a desvantagem verificada ao intervalo era injusta para os aveirenses e resultava de uma grande diferença na eficácia finalizadora que ambas as equipas evidenciaram ma primeira parte, o resultado final, para além desse factor, espelha ainda uma enorme falta de ideias mostrada pela equipa auri-negra nos segundos 45 minutos e acaba por premiar a capacidade defensiva que o Águeda quase sempre mostrou. Para atestar tudo isto que dizemos, apenas dois lances dignos de nota em toda a segunda parte. O primeiro com meia hora (!) já decorrida, tendo Pedro aparecido ao segundo poste a cabecear com muito perigo, rente ao poste, uma bola cruzada por André Vaz. O segundo lance, aos 84', e que seria a derradeira oportunidade para os beiramarenses chegarem ao empate, teve origem numa boa iniciativa de Ibrahima pela direita, evitando o seu opositor e centrando tenso, para uma entrada de rompante, de cabeça, de Cassamá, que só pecou pela direcção.
O Águeda não incomodou Cirineu neste período, mas o mais importante foi por eles conseguido, mostrando, mais uma vez, que não é a posse de bola que ganha jogos, mas sim o aproveitamento das oportunidades de golo criadas. Quanto aos auri-negros, aguardam-se melhores dias. Boa arbitragem.

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