sábado, 5 de março de 2011

INFANTIS A "A": Vitória justa, mas com "estrelinha"...

SC Beira-Mar "A", 2 - AD Taboeira "A", 1
(1-0, ao intervalo)

Num jogo que teve todos os ingredientes próprios de um "derby", a equipa de infantis A do SC Beira-Mar impôs-se ao Taboeira, no campo do Seminário, vencendo tangencialmente o seu adversário, por 2-1, com emoção a rodos e incerteza no resultado até final. A vitória dos auri-negros, se bem que justa, acabou por ser obtida em cima dos 60' regulamentares do jogo, sendo, por este facto, também um pouco feliz. Na verdade, o golo da vitória, mais uma vez obtido pelo "capitão" Bernardo, que parece talhado para os grandes momentos, surgiu numa altura em que a maior parte dos que assistiam e, pareceu-nos, também a equipa do Taboeira, davam a divisão de pontos como um dado adquirido. Mas os comandados de Ricardo Pinheiro acreditaram sempre até final que era possível alcançar a vitória e acabaram por ser contemplados por um golo que lhes trouxe a felicidade própria de quem é protegido pela tal "estrelinha" de que muitas vezes se fala. Será a de campeão? Ainda é cedo para o dizer, mas que estas vitórias ajudam, disso não temos a menor das dúvidas.
O técnico auri-negro apresentou para este importante jogo:
Pouseiro (gr); Bernardo (cap) e Jorge; Miguel Anjos, Gil e Gonçalo; Adriel.
Também jogaram: Marco Pais (gr), Didi, Leonardo, Ricardo Lima e João Gonçalo.
O Beira-Mar não entrou muito bem no jogo, encontrando, nos minutos iniciais, muita dificuldade na construção de jogadas de ataque, face a um adversário bem organizado e com as suas linhas muito recuadas. Foi mesmo Rúben, logo no primeiro minuto, que tentou surpreender o último reduto da casa, mas foi soberbamente desarmado pelo "capitão" auri-negro Bernardo no momento em que procurava alvejar as redes de Pouseiro.
Com o avançar do cronómetro, a equipa do Beira-Mar passou a ter o controlo do jogo, ainda que encontrasse do outro lado, quase sempre, uma equipa muito fechada. Porfiando com muita paciência, aos 9', na sequência de uma boa jogada pela esquerda protagonizada por Gonçalo, Miguel Anjos falha, de uma forma incrível, à boca da baliza, um golo que todos já "cantavam". A bola, contudo, passou por cima da barra da baliza do indefeso Leandro.
Perante uma equipa que defendia, muitas vezes, com todos os seus jogadores atrás da linha da bola e dentro do seu meio campo, os lances de bola parada, em que a equipa de Ricardo Pinheiro é reconhecidamente forte, poderiam assumir um papel muito importante e constituir uma boa solução para chegar ao golo. Este só não aconteceu, aos 17', por manifesta infelicidade de Leonardo, acabado de entrar, que cabeceou à barra após canto apontado por Gonçalo e por muita sorte de Leandro, que viu a bola cair-lhe nas mãos depois de bater no ferro da sua baliza. Mas a equipa que mais procurava o golo, o Beira-Mar, viria a ser premiada, aos 21', com a obtenção do 1-0. O lance é de uma grande simplicidade, com Jorge a recolher a bola vinda de um lançamento lateral e a rematar forte e cruzado, batendo Leandro, que nada poderia fazer para evitar o golo inaugural, que a sua equipa já merecia inteiramente.
Galvanizados pela vantagem alcançada, pouco depois, aos 23', o Beira-Mar poderia ter aumentado a vantagem e, quiçá, ter tornado o jogo mais fácil. Foi na sequência de uma transição rápida, com Didi a isolar-se sobre a direita, mas a perder ângulo de remate, que, ainda assim, foi desferido, passando a bola em frente da baliza da AD Taboeira sem que aparecesse alguém para finalizar. Com uma reacção final do Taboeira, contudo inconsequente, o intervalo chegaria sem que o resultado se alterasse.
Se a primeira parte foi essencialmente táctica, mostrando uma equipa (Beira-Mar) na procura do golo, enquanto outra (Taboeira) se defendia, o segundo tempo foi muito mais aberto e rico em situações de golo em ambas as balizas. Para isso terá contribuído a obtenção do empate, por parte do Taboeira, logo aos 33' de jogo, de um modo algo surpreendente. O árbitro do encontro assinalou, na zona do círculo central, uma falta por jogo perigoso de um jogador do Beira-Mar, que beneficiava a equipa visitante. O pequeno mas habilidoso Moreira, arrancou um pontapé colocadíssimo com o seu pé esquerdo, ao ângulo superior direito da baliza defendida na segunda parte por Marco Pais e, inexplicavelmente, o juiz da partida sancionou o 1-1. Foi um grande remate, um grande golo, daqueles que, dizem, fazem levantar os estádios, mas o remate saiu directo à baliza e a falta cometida (jogo perigoso) confere livre indirecto.
Questões de arbitragem à parte, a verdade é que este foi o momento de partida para uma segunda parte memorável, digna de um verdadeiro "derby" e que mostrou duas boas equipas em confronto. O mesmo Moreira, logo no minuto imediato ao golo do empate, numa boa transição ofensiva, surge em posição de remate, na zona da meia-lua, mas Marco Pais, desta vez, defende com alguma dificuldade. A resposta do Beira-Mar surgiu no lance imediato, aos 35', com Adriel, em posição simétrica, no outro lado do campo, a rematar rente ao poste direito. Aos 36', Miguel Anjos não aproveita, à boca da baliza, um cruzamento atrasado da direita de Adriel e, aos 39', um remate em arco de Gonçalo, de fora da área, faz a bola rasar o travessão. Ainda mais flagrantes foram as duas oportunidades perdidas por Adriel, no mesmo lance, ocorrido aos 41'. Num primeiro momento, é um defesa do Taboeira que safa sobre o risco de baliza, quando a bola, desviada pelo goleador auri-negro, ultrapassara já Leandro e se preparava para entrar na sua baliza, para, na insistência, Adriel cabecear colocado para uma grande intervenção do guardião forasteiro, que começava a dar nas vistas.
Se, nesta altura, o Beira-Mar já justificava estar de novo em vantagem, a AD Taboeira veio mostrar, num lance logo a seguir, aos 42', que também poderia chegar ao golo, mas o nº 8, Bernardo, falha escandalosamente de baliza praticamente aberta.
O jogo entrava na sua fase de "loucos" e, aos 43', é Jorge que quase marca, quando remata forte, à entrada da área, uma bola de ressaca que rasa o poste, após a marcação de um canto. Aos 44', veio a resposta do Taboeira, com Moreira, que foi o jogador mais influente da sua equipa, após uma boa iniciativa pelo lado direito, a oferecer o golo ao seu "capitão" Saragoça, que desperdiça, rematando ao lado. Também incrível foi o falhanço de Adriel, aos 45', quando, isolado, desvia a bola na cara de Leandro, mas fá-la passar ao lado do poste esquerdo. Aos 46', Marco Pais intervém e desvia para canto um remate desferido de muito longe, sendo este o último lance em que o Taboeira incomodou a baliza auri-negra.
Por incapacidade ou por sentimento de dever cumprido por parte do Taboeira, a partir deste momento assistiu-se a um "forcing" final do Beira-Mar, que mostrou ser a equipa mais interessada na vitória. Assim, passaram-se a suceder os lances de perigo junto da baliza "verde-e-branca", com o guardião Leandro, mais uma vez, a mostrar ser um guarda-redes de grandes recursos. Aos 48', um remate de Gonçalo, após jogada de insistência de Didi, não passa muito longe do alvo e, aos 51', é Jorge que ameaça o golo, cabeceando com muito perigo, mas ao lado, após canto de Ricardo Lima.
E chegámos ao momento do "show" Leandro: aos 55', a passe de "morte" de Ricardo Lima, Gonçalo falha o golo na cara do guardião do Taboeira, que fechou bem o ângulo de remate e desviou a bola para canto; aos 56', um livre de Gil, marcado na meia-lua da área contrária, levava o "selo" de golo, mas Leandro não esteve pelos ajustes e adiou com uma soberba defesa aquilo que já parecia inadiável. No minuto seguinte, novamente Leandro com uma intervenção de recurso, desviando para canto um remate sem preparação de Didi que levava a direcção da baliza.
O período regulamentar de jogo esgotava-se, quando, em cima dos 60', Gil, encarregado da marcação de um livre sobre o lado esquerdo, uma espécie de canto mais curto, coloca a bola na área, para uma entrada de cabeça de Bernardo, que colou a bola às redes de Leandro, que, desta vez, nada podia fazer.
O 2-1 acabou por ser o resultado final, não houve oportunidades para mais, pese embora os 4' de compensação dados pelo árbitro. Já o dissemos, mas voltamos a resumir, esta vitória do Beira-Mar foi simultaneamente justa e feliz, podendo acrescentar-se ainda que foi também importante e moralizadora para o futuro dos auri-negros no campeonato. Novas etapas difíceis são aguardadas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Os jogos so acabam quando o arbitro apita,foi realmente uma vitoria sofrida, mas muito justa.
Foi valorizada pela replica do adversario, que tambem tem boa equipa e são 2 equipas que se conhecem bem.
Somamos mais 3 pontos.....

Anónimo disse...

Ao contrario da equipa "A" Perdeu na gafanha por 4-1, mas foi uma grande partida de futebol por ambas as equipas.

Leandro (Gr Taboeira) disse...

Concordo com a vitória do Beira-Mar sobre o Taboeira. Eles (Beira-Mar) fizeram pela vitória, embora, ache que nós (Taboeira) tenhamos dominado mais a 2ª parte e o Beira-Mar dominou os últimos 10 minutos de jogo...
Na minha opinião a resultado mais justo seria o empate...