sábado, 5 de março de 2011

JUNIORES B: Boa exibição coroada com vitória robusta

SC Beira-Mar, 4 - CD Paços de Brandão, 1
(3-0, ao intervalo)

Ao terceiro jogo realizado em casa, na 2ª fase do campeonato distrital de juniores da 1ª divisão, a equipa do SC Beira-Mar conseguiu, finalmente, a primeira vitória na condição de visitado. A conquista dos 3 pontos pela formação de António Luís foi inteiramente justa, num jogo dominado, de princípio a fim, pela equipa auri-negra, que aliou a um resultado robusto (4-1) uma exibição recheada de períodos de muito bom futebol.
Evoluíram no relvado principal do Estádio Mário Duarte os seguintes jogadores:
Diogo Lopes (gr), Leandro (cap) (Renato Silva, 54'), Rui Santos, Renato Gomes (Greno, 75') e Wilson Rubio; Francisco, Ricardo Melo, Ricardo Castro (Paulo Sousa, 54') e Pité; Ibrahima e Pedro Ribeiro.
Suplente não utilizado: Hugo (gr).
O Beira-Mar cedo tomou conta do jogo e o primeiro quarto de hora foi de inteiro domínio da equipa da casa. Nesse período, realce para uma soberana ocasião de golo desperdiçada pelos auri-negros, aos 9' de jogo, que daria inteira justiça ao marcador. O lance é resultado de uma bela jogada de ataque do Beira-Mar, pela direita, com um passe de Francisco a rasgar, surgindo Leandro a cruzar para a área, onde apareceu, de rompante, Ricardo Castro, que falhou o golpe de cabeça na cara do guardião pacense.
A equipa do Paços de Brandão, a partir destes primeiros 15 minutos, começou a aparecer mais um pouco, conquistando mesmo o primeiro pontapé de canto da partida. Contudo, seria na sequência de uma falha grave dos aveirenses, aos 25', que os forasteiros criaram verdadeiro perigo, dispondo da melhor oportunidade de golo até então. Uma perda de bola a meio campo apanhou a equipa auri-negra completamente descompensada, com o nº 6 do Paços de Brandão a ir por ali fora, sem oposição, para, na cara de Diogo, acabar por atirar ao lado da baliza.
Este lance foi como que um sinal de alerta para a equipa do Beira-Mar, despertando-a para o perigo que poderia constituir o deixar andar do cronómetro com uma igualdade no marcador. Assim, depois de Ricardo Castro ter dado o primeiro aviso, aos 28', num remate desferido em posição frontal que saiu à figura do guarda-redes adversário, o mesmo jogador, no espaço de 2 minutos, mostrar-se-ia decisivo no desfecho da partida, ao apontar dois golos quase de rajada. O 1-0 aconteceu aos 33', na sequência de uma excelente iniciativa de Pité, pelo lado direito, onde evitou os adversários que lhe surgiram, ganhou a linha de fundo e colocou a bola ao segundo poste, para surgir Ricardo Castro a encostar para o golo inaugural. Dois minutos volvidos, o mesmo jogador bisaria na partida, outro excelente golo obtido no seguimento de outra bela combinação de ataque da equipa do Beira-Mar. O lance desenrola-se, desta vez, pelo corredor esquerdo, com a bola a ser metida em Pedro, que foge à marcação do seu adversário e serve, na área, Ricardo Castro, que penetrou com uma boa simulação e desviou para o 2-0 à saída do guardião contrário.
Neste final diabólico da primeira parte, o Beira-Mar teria ainda tempo para dilatar o marcador antes de as equipas recolherem aos balneários, com Pedro novamente na origem do lance. A jogada ocorre aos 44', e tem origem, de novo, em mais uma bela combinação do ataque dos aveirenses, com Pedro, na esquerda, a colocar rasteiro e atrasado na área, onde Ibrahima teve tempo para dominar, evitar o marcador directo e rematar cruzado para o fundo das malhas, colocando um 3-0 no marcador que fez as equipas partirem para o descanso com estados de espírito completamente diferentes, mas partilhando, talvez, um mesmo sentimento - o jogo já dificilmente escaparia ao Beira-Mar.
Na segunda parte, o domínio do Beira-Mar intensificou-se ainda mais, a qualidade do futebol exibido esteve a um nível muito bom e pena foi que a eficácia não tivesse estado num plano equivalente. A eficácia e a arbitragem, que realizou dos piores trabalhos que já vimos fazer nesta época, com claro prejuízo para o Beira-Mar, que viu o auxiliar do lado da bancada poente cortar inúmeras jogadas de perigo por foras-de-jogo inexistentes.
A boa entrada dos auri-negros na etapa complementar só não deu frutos, logo aos 52', porque Pedro poderia ter feito muito melhor, quando rematou fraco, em posição frontal, não dando o melhor seguimento a uma boa jogada pela direita que culminou com um cruzamento de Ibrahima. Aos 56', ficou um claríssimo penalti por assinalar, quando o juiz da partida fez vista "grossa" a um derrube a Pité, no momento em que este já tinha passado por vários adversários e se isolava na cara do guarda-redes.
E foi de uma forma inesperada, contra a chamada "corrente" do jogo, que, no minuto seguinte, o Paços de Brandão reduziu para 3-1. A bola é metida nas costas da defesa aveirense, com o nº 11 pacense a ser mais rápido a chegar à bola, ladeando Diogo Lopes e atirando para a baliza deserta.
Este foi um lance que não teve seguimento e o controlo do jogo continuou a pertencer à equipa da casa, que gizava belas jogadas de ataque que faziam adivinhar novo golo para o Beira-Mar. Ele poderia ter acontecido, aos 64', após uma boa iniciativa de Pité, que abriu em Pedro, na esquerda, para o extremo aveirense fazer uma diagonal para dentro e rematar de pronto, mas por cima do travessão. Aos 69', inverter-se-iam os papéis e foi Pedro a combinar com Pité, com este a penetrar e a rematar forte, mas também por cima do travessão. Que grande oportunidade de golo!
Só dava Beira-Mar e, aos 82', já com Greno em campo, este isola-se após uma boa combinação de ataque, mas não foi lesto a ultrapassar o guardião contrário e perdeu também uma boa ocasião para ampliar o marcador. Isso aconteceria no minuto seguinte, novamente com Greno na jogada, numa boa fugida pela direita e um excelente cruzamento para a área, onde Paulo Sousa, sem deixar cair a bola, fuzilou as redes contrárias e obteve o 4-1, um verdadeiro golo de "bandeira"!
O jogo terminaria pouco depois, com uma vitória justa e dilatada dos aveirenses, que deram a melhor sequência à vitória de há 8 dias em São João da Madeira e realizaram mais uma excelente exibição, em contraponto com o trabalho do trio de arbitragem que foi péssimo.

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