JUNIORES B: "Derby" insípido

SC Beira-Mar, 1 - AD Taboeira, 2
(0-0, ao intervalo)

A realizarem, no campeonato distrital de juniores da 1ª divisão, uma prova aquém daquilo que lhes é habitual e que se exige a estas duas boas escolas de formação, Beira-Mar e Taboeira protagonizaram, no passado sábado, no relvado secundário do estádio Mário Duarte, um espectáculo de futebol pouco atractivo, que terminou, ainda assim, com uma vitória tangencial (1-2) do nosso adversário, que, no cômputo geral, foi aquela que mais fez por o merecer e justificar. Ambas as equipas vão ter de melhorar bastante na 2ª fase, onde se deverão encontrar na série dos últimos, se quiserem evitar maiores dissabores.
A equipa auri-negra apresentou-se com:
Luís (gr); Bruno Reis (Greno, 57'), Ricardo Esteves, Miguel Martins (cap) e Bruno Filipe; Paulo Pires, Fábio, Miguel Campos (Nuno Abreu, 52') e Tiago Ramalho; Duílio e Steven (João Miguel, 52').
O jogo teve, logo no seu início, duas oportunidades de golo, uma para cada lado, que poderiam ter adiantado no marcador qualquer uma das equipas. Primeiro foi Bé, jogador nº 20 do Taboeira que, na sequência de um lançamento de linha lateral, ficou na cara de Luís e permitiu a defesa deste, para na resposta, Duílio, numa boa jogada pela direita, cruzar perigosamente para a boca da baliza, onde Steven, quando se preparava para finalizar, viu o seu adversário cortar a bola no momento preciso.
Depois de uma fase inicial de equilíbrio, os visitantes começaram a ganhar algum ascendente no jogo, mas foi curiosamente o Beira-Mar que, aos 25', esteve muito perto de marcar, quando Bruno Filipe, na marcação de um livre quase frontal, enviou a bola à barra. A uma bola na barra, o Taboeira respondeu, no minuto seguinte, com uma bola no poste, com Luís já batido e após uma perda de bola em zona recuada.

A maior posse de bola do Taboeira não impedia que o Beira-Mar tentasse chegar também à zona de perigo e Steven, aos 35', depois de fazer uma diagonal da esquerda para o meio, desferiu um remate que proporcionou uma boa defesa ao guardião Rui Filipe. No minuto seguinte, depois de uma boa jogada de Ricardo (nº 19, muito em evidência) pela direita, o Taboeira perde uma grande oportunidade para chegar à vantagem, valendo a atenção de Ricardo Esteves, na boca do golo, para evitar o pior. Pouco depois, aos 39', na sequência de um contra-ataque, foi Paulo Pires a tirar o "pão" da boca a Ricardo, quando este já se preparava para encostar para o golo, a passe de Bé. O ascendente forasteiro permitiu ainda que, já em período de compensação, Ricardo estivesse de novo em evidência com um remate cruzado da direita, que tirou tinta ao poste mais distante.
O segundo tempo foi uma cópia fiel do primeiro, com um começo pautado pelo equilíbrio mas com o Taboeira a ganhar rapidamente vantagem. Só que, desta vez, surgiram os golos, aos 60' e 63', ambos da autoria de Mika. Sem que até aí tivesse havido quaisquer oportunidades, o 0-1 surgiu, pois, inesperadamente, na sequência de um lançamento de linha lateral, com o nº 4 visitante a bisar, pouco depois, em iniciativa individual que culminou no 0-2.
Estava-se na fase produtiva da partida, que os auri-negros também aproveitaram para, aos 65', reduzirem a diferença. Foi um bonito golo, trabalhado por Duílio na esquerda, após contra-ataque da sua equipa, e finalizado com um excelente golpe de cabeça de João Miguel, que deu o melhor seguimento ao cruzamento do seu colega, apanhando em contra-pé o guardião do Taboeira e fixando o resultado num 1-2 que relançava a incerteza no resultado.

Se, aos 67', Bé teve nos pés a possibilidade de "matar" novamente o jogo, quando surgiu isolado na cara de Luís, acabando por desviar rente ao poste, também é verdade que, aos 70', Tiago Ramalho quase empatava a partida, na sequência de mais uma iniciativa de Duílio.
Até final, e fazendo jus à vitória que acabou por alcançar, só o Taboeira dispôs de novas ocasiões para fazer funcionar o marcador. Luís, por duas vezes, aos 71' ( defesa por instinto a um remate de cabeça, ao primeiro poste) e 74' (remate, aproveitando erro clamoroso da defensiva auri-negra) impediu Bé (outro jogador em destaque) de dilatar a vantagem para o Taboeira. Os visitantes poderiam ainda ter chegado a novo golo, aos 80', na sequência de uma jogada de contra-ataque que teve, uma vez mais, Ricardo como protagonista. O seu cruzamento para a boca da baliza era "meio-golo", valendo o corte "in-extremis" de um defensor da casa. Em período de compensação, a sorte voltou a sorrir aos beiramarenses, que viram mais uma bola embater no poste da sua baliza, o que, se impediu uma maior diferença no marcador, não evitou a vitória da equipa do Taboeira, desfecho que teremos de aceitar.