domingo, 4 de novembro de 2012

INICIADOS A: Perdas minimizadas em período de descontos

SC Beira-Mar, 2 - AD Taboeira, 2
(0-2, ao intervalo) 

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar voltou a deixar-se surpreender em casa e empatou esta manhã com o seu rival Taboeira, que até está fazer um campeonato bem distante daquilo que lhe é habitual. Os aurinegros, que interromperam uma série vitoriosa de 6 jogos, tiveram de recuperar de uma desvantagem de 2 golos e apenas conseguiram o 2-2 final já em período de compensação. Dos 7 pontos que a formação de Tiago Pereira cedeu até agora neste campeonato nacional, 5 foram-no intramuros (derrota com o Estação e empate agora com o Taboeira) como que a fazer crer aos mais supersticiosos que deve haver uma "maldição" qualquer no Mário Duarte.
Sob uma boa arbitragem do Sr. Fábio Silva, árbitro da AF Aveiro, os aurinegros apresentaram:
Paulo Pouseiro (gr), João Gonçalo, Bernardo, Guga e Miguel Morgado; João Ramos (Edu, int), Leo, Diogo (Luca, 55') e Ricardo Lima; Xavi e Evandro (Tiago Goulart, int).
Suplentes não utilizados: Henrique (gr), Pedro Xavier, Amaral e Nolasco.
O primeiro tempo recordou-nos que, um jogo de futebol, muitas vezes, nada mais é que um momento. Com efeito, os primeiros 35 minutos arrastavam-se para o seu final sem que, em termos emotivos, houvesse quaisquer motivos de interesse. As duas equipas, que mostravam "escola", tinham-se equilibrado e anulado mutuamente, não se tendo registado qualquer oportunidade de golo para ambos os lados. Isto até aos 32', quando inesperadamente, surge um jogador do Taboeira solto na esquerda a rematar cruzado para um seu colega emendar ao segundo poste e fazer de um modo fácil o golo. Ainda se viviam as emoções do 0-1 quando, 2 minutos volvidos, Saragoça arranca um pontapé de 30 metros, daqueles que sai uma vez na vida, e faz um espectacular golo, com a bola a entrar ao ângulo superior esquerdo da baliza de Pouseiro, que voou infrutiferamente na tentativa de evitar aquilo que era indefensável.
Com isto, o Taboeira ia para intervalo com uma vantagem de 0-2 que, em boa verdade, nada tinha feito para merecer. Mas é assim o futebol!
A segunda parte foi do Beira-Mar, que partiu para cima do adversário na tentativa de virar um resultado que lhe era desfavorável. Com um terreno de jogo pesado e difícil para circular a bola, as condições beneficiavam quem tinha de defender e o maior poder físico da formação do Taboeira também ajudava a manter o resultado.
Logo aos 37', na marcação de um pontapé de canto, o Beira-Mar esteve perto de reduzir, mas o guardião contrário segurou bem a bola em cima da linha de golo. Aos 47', Diogo ganha vantagem na área, fica na cara do guarda-redes, mas tenta fazer o golo de... calcanhar (!!!), perdendo a ocasião. Valeu que no minuto seguinte, na sequência da marcação de um livre lateral, a bola sobrou para Guga que, solto, colocou a bola no fundo das malhas, encurtando as distâncias para 1-2.
O Beira-Mar continuava a dominar as operações, mas as dificuldades eram muitas e o abuso dos lançamentos longos também. Mas, com o estado do terreno, as bolas paradas e o "chuveirinho" eram as maneiras mais expeditas que os comandados de Tiago Pereira encontravam para colocar a bola na zona do perigo.
O Taboeira só incomodou Pouseiro por volta dos 54', quando o guardião aurinegro largou uma bola, valendo o desvio para canto de um colega para evitar o pior, mas, aos 60', o Beira-Mar quase chega ao empate na sequência de mais um canto, com a bola a andar em cima da linha e a não entrar miraculosamente.
Quando, em cima dos 70' regulamentares, o guarda-redes do Taboeira faz a defesa da manhã, desviando junto ao ângulo um remate em arco de Tiago Goulart, desferido à entrada da área, pensávamos que esse tinha sido o último suspiro da equipa do Beira-Mar. No entanto, os rapazes aurinegros continuaram a sua luta e, passados 2 minutos dos 6 dados de compensação pelo juiz da partida, uma iniciativa de classe de Ricardo Lima permite que a sua equipa chegue ao empate e minimize as perdas desta jornada. O 2-2 final surgiu de um remate cruzado do talentoso jogador aurinegro, que retirou o seu marcador directo da jogada e rematou de pé esquerdo para o fundo da baliza contrária.
E já não deu para mais, apesar do balanceamento ofensivo de toda a equipa da casa, que lhe custou um calafrio a um minuto do apito final do árbitro quando, numa jogada de contar-ataque, o nº 3 adversário rematou ao lado e perdeu a última chance de desempatar o jogo, mas valha verdade que esta repartição de pontos acaba por ser o resultado mais justo.

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