domingo, 6 de janeiro de 2013

JUNIORES A: Vitória, golos e bons momentos de futebol

SC Beira-Mar, 3 - Académico Viseu FC, 0
(2-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar juntou a mais uma vitória no campeonato nacional da 2ª divisão, obtida na tarde de sábado sobre o Académico de Viseu, golos de belo efeito e períodos de excelente futebol, que qualquer entendido no assunto decerto terá apreciado. O triunfo auri-negro não oferece qualquer contestação e a primeira meia-hora do jogo ficará como um dos períodos em que melhor futebol praticou esta época no Mário Duarte a formação orientada por António Luís. O 3-0 do resultado peca ainda por escasso, mas serve como castigo para a ineficácia da finalização auri-negra e, simultâneamente, não penaliza em demasia uma formação academista que foi digna, lutou lealmente com as armas de que dispunha (e tem alguns bons executantes) e jogou sempre o jogo pelo jogo.
No exigente relvado do estádio Mário Duarte, a equipa do Beira-Mar apresentou-se com:
Samuel (gr); Xavi, Michael dos Santos, Manel e Gonçalo (Pité, ao int); Balacó (cap) (Pedro Aparício, 59'), Nazmi e Gui Matos; Nanu, Ricardo Tavares (Diogo Castor, 59') e Marc.
Suplente não utilizado: João Paulo (gr).
Nuns primeiros 30 minutos de gala, o Beira-Mar materializou a qualidade do futebol produzido, e que chegou a roçar o brilhantismo, em boas oportunidades de golo, das quais viria a concretizar duas, o suficiente para que logo pairasse a ideia, para quem assistia a esta partida, de que dificilmente os donos do terreno deixariam fugir esta vitória.
Com um futebol enleante, o Beira-Mar desde cedo começou a produzir um caudal ofensivo que fazia adivinhar o golo, que poderia ter surgido aos 12' através de um cabeceamento de Manel, após livre de Marc, mas que o guardião viseense evitou com uma soberba defesa para canto. O 1-0 não tardaria, contudo, pois aos 14', dando a melhor sequência a jogada e passe para a boca da baliza de Marc, Nanu surge de rompante e desvia para o fundo da baliza.
Com o marcador a espelhar melhor as incidências do jogo, o Académico de Viseu criaria a sua primeira situação de perigo aos 16', num remate executado dentro da área aveirense, após canto na direita, que passou ligeiramente ao lado.
Flagrante mesmo foi a perdida de Ricardo Tavares, aos 17', em mais uma jogada e assistência de Marc para a boca do golo, que só não aconteceu porque o remate foi feito de molde a permitir uma defesa em dificuldade do guardião forasteiro. Aos 22', mais uma grande perdida, desta feita de Nazmi, que teve tudo para fazer o segundo após centro da direita e amortecimento de cabeça de Ricardo Tavares. O malaio dominou à entrada da pequena área, mas demorou no remate, que saiu de forma a que o guarda-redes academista fizesse mais uma boa intervenção.
As ocasiões de golo sucediam-se e eram o espelho do excelente futebol com que os auri-negros brindavam os seus entusiastas. Aos 23' foi Marc, com um remate de fora da área, a errar o alvo por muito pouco e, aos 25', Nanu ganha a posição, entra na área, mas adianta demasiado a bola, que, em último recurso, é atirada para canto por um adversário. Na sequência do corner, Xavi, de cabeça, fica muito perto de aumentar a vantagem, que já era demasiado escassa para tanto domínio. O 2-0 chegaria quiçá na melhor jogada de todo o jogo, iniciada e concluída por Marc na cara do guarda-redes, após tabelas sucessivas com colegas seus. Grande golo!
No último quarto-de-hora da etapa inicial o jogo dos aveirenses baixou de intensidade e a qualidade do seu futebol seguiu a mesma linha, facto que o Académico aproveitou para sacudir a pressão, equilibrar e chegar-se mais perto da baliza à guarda de Samuel, contudo sem nunca fazer perigar as suas redes.
O segundo tempo, que começou com o regressado Pité em campo após uma ausência de 3 meses devido a lesão, não poderia ter começado melhor, já que Manel, aos 48', no seguimento de um livre lateral de Marc, aparece à vontade na boca do golo a encostar para o 3-0.
Tudo parecia encaminhado para uma grande goleada até porque, aos 53', Ricardo Tavares, servido por Nazmi, perde uma grande oportunidade, na cara do guarda-redes, para dilatar a vantagem. No entanto, esta etapa complementar, que continuou a ser dominada pelos aveirenses mas sem aquele "perfume" exalado pelo seu futebol na primeira parte, seria caracterizada pelas ocasiões flagrantes que foram desperdiçadas. O regressado Pité, a mostrar fome de golos, poderia ter feito o gosto ao pé, mas em ambas as ocasiões, (61' e 72') falhou na cara do guarda-redes. Aliás, no segundo lance, Marc, no seguimento da jogada, poderia ter emendado o erro do colega, mas também ele não foi feliz. Para finalizar as contas dos golos perdidos, Gui Matos, aos 74', perde a oportunidade à boca da baliza, chegando ligeiramente tarde a um cruzamento da direita de Diogo Castor.
No último quarto-de-hora o ritmo abrandou e seria do Académico de Viseu, em cima dos 90' regulamentares, a derradeira situação de perigo, com Xavi a remediar "in-extremis" um mau atraso ao guardião Samuel.
O jogo teve uma arbitragem sem influência no resultado do Sr. Daniel Cardoso, da AF Aveiro, ainda assim num trabalho que, sobretudo no capítulo disciplinar, não deixou de evidenciar alguns pequenos equívocos.

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