domingo, 10 de março de 2013

JUNIORES A: Cada vez mais perto

Merelinense FC, 1 - SC Beira-Mar, 3
(0-2, ao intervalo)

Ao vencer categoricamente o Merelinense no seu próprio terreno, a equipa de juniores do SC Beira-Mar deu, na tarde de sábado, um passo de gigante rumo à subida à 1ª divisão nacional da categoria, estando cada vez mais próxima de atingir o objectivo traçado para esta 2ª fase do campeonato nacional da 2ª divisão. Os 3 pontos que resultaram da vitória clara e justa, por 1-3, sobre a formação dos arredores de Braga, cimentaram a liderança dos auri-negros na série A, permitindo-lhes concluir a 1ª volta desta fase de subida com 3 pontos de avanço sobre o Chaves, 5 sobre o Vizela, estando o 4º classificado, o Feirense, já com 8 pontos de desvantagem para os aveirenses. Recorde-se que sobem à 1ª divisão os 3 primeiros classificados.
No estádio João Soares Vieira, em S. Pedro de Merelim, o técnico António Luís contou com:
Samuel (gr); Xavi (Bernardo Subtil, 12'), Michael dos Santos, João Rui e Gonçalo; Balacó(cap), Nanu e Gui Matos; Pité (Henrique, 86'), Ricardo Tavares (Rúben Marques, 78') e Marc.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr), Manuel MartinsDiogo Castor.
Num jogo que foi fortemente condicionado pela irregularidade do relvado e pelo vento intenso que se fazia sentir, os primeiros 45 minutos foram de completo domínio do Beira-Mar, que contava, nesta primeira parte, com as forças de Éolo como aliadas. Marc esteve muito activo nos primeiros minutos e, por 2 ocasiões (5' e 12'), esteve perto de marcar. Os lances foram quase a papel químico e em ambos os remates foram de pé esquerdo, com o guardião local a ter de se empenhar a fundo com defesas apertadas e  de recurso para adiar a inauguração do marcador. Pelo meio, aos 9', também Gui Matos tinha tentado a sua sorte de fora da área, mas o seu remate foi também muito bem defendido pelo guarda-redes de Merelim.
Já depois de António Luís ter sido, mais uma vez, obrigado a uma substituição precoce e forçada pela lesão de Xavi, só a meio do primeiro tempo (20') o Merelinense fez o primeiro remate à baliza de Samuel, que não teve qualquer dificuldade para parar um remate condenado ao fracasso.
O jogo desenrolava-se, a maior parte do tempo, junto da área da equipa da casa, mas o golo não aparecia, tendo estado Marc, aos 37', a centímetros de o conseguir, contudo, o seu venenoso remate, desferido de fora da área, passou a rasar o poste. E foi num ápice que as coisas se precipitaram! Com justiça, aos 39', o Beira-Mar adiantava-se no marcador, tendo Marc obtido, talvez, o golo mais fácil da sua vida. Com efeito, bastou-lhe empurrar para dentro da baliza uma bola que o poste tinha devolvido, depois de Pité ter feito um cruzamento-remate, que todos ficaram a ver. Ainda se vivia a alegria do 0-1 quando, 2 minutos volvidos, o marcador subia para 0-2. Marc cobrou um pontapé de canto na esquerda de uma forma muito tensa e, após uma primeira intervenção do guarda-redes, que procurou afastar a bola com os punhos, com a acção do vento, e depois de uma derradeira e infrutífera tentativa de um defesa para limpar o lance, àquela só parou dentro da baliza para gáudio dos aveirenses.
Diga-se, no entanto, que o resultado (0-2) com que as equipas regressaram aos balneários era de inteira justiça para os aveirenses, já que o domínio da primeira parte tinha pertencido aos comandados de António Luís, que raramente deixaram o Merelinense aproximar-se da área da baliza defendida por Samuel, guardião que teve 45 minutos bem descansados.
Se a primeira parte tinha acabado bem para a nossa equipa, a segunda não poderia ter começado melhor. Na verdade, ainda não se tinha esgotado o primeiro minuto da etapa complementar e já o Beira-Mar aumentava para 0-3. O autor da proeza foi Pité, com um subtil golpe de cabeça na área, dando o melhor seguimento a um cruzamento da esquerda de Marc após lançamento lateral de Gonçalo.
O jogo ficou praticamente resolvido a partir deste momento e se o Merelinense pensava aproveitar o factor vento, que lhe era favorável nesta segunda parte, este foi um rude golpe nas suas pretensões. Ainda assim, numa fase em que o Beira-Mar controlava o desenrolar dos acontecimentos, embora através de um futebol musculado e de muita luta, o Sr. Cláudio Silva, árbitro da AF Viana do Castelo, resolveu continuar a mostrar o seu "caseirismo" e levou-o ao extremo, vislumbrando uma grande penalidade imaginária e que o Merelinense aproveitou para reduzir para 1-3. Estavam decorridos 61' da partida e muito tempo havia ainda para jogar.
Os jogadores do Merelinense galvanizaram-se com esta ajuda, cresceram e, pouco depois, aos 65', o perigo rondou por muito perto a baliza de Samuel, que viu um adversário falhar a finalização em zona frontal. Foi um período do jogo algo difícil para os auri-negros, que só por volta dos 75' conseguiram sacudir a pressão do adversário, tendo gizado uma bela combinação de ataque, concluída por Ricardo Tavares à boca da baliza mas sem a direcção desejada.
Até final. o Beira-Mar defendeu-se muito bem, manteve sempre o adversário à distância e o Merelinense não mais conseguiu criar lances de muito perigo.
Resumindo, foi um jogo que deixou bastastes marcas físicas nos nossos atletas, que teve um árbitro "caseiro" como há muito não presenciávamos e que terminou com uma vitória de extrema importância e de igual justiça para o Beira-Mar. A subida está mais perto!

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