domingo, 10 de março de 2013

JUVENIS A: Resistência auri-negra só aguentou a primeira parte

SC Beira-Mar, 0 - FC Porto, 6
(0-0, ao intervalo)

Depois de ter chegado com um nulo ao intervalo e de ter neutralizado durante os primeiros 40 minutos, com maior ou menor dificuldade e alguma pontinha de fortuna, a forte formação do FC Porto, nada faria prever a hecatombe dos auri-negros no segundo tempo, que resultou numa vitória folgada dos azuis-e-brancos por 6 golos sem resposta. Mais do que a derrota, desfecho que era mais ou menos esperado por todos, foi notória a fragilidade demonstrada pelos aveirenses após cederem o primeiro golo, desorganizando-se por completo e permitindo facilidades ao seu adversário, que chegou algumas vezes à zona de finalização em situações de 3 contra 1. Foram 6 mas poderiam ter sido mais, já que cada jogada de ataque do FC Porto no segundo tempo ou terminava em golo ou em oportunidade desperdiçada.
E a primeira parte até tinha sido uma boa demonstração de organização defensiva por parte da formação orientada por Aguinaldo Melo! É certo que o domínio do jogo sempre pertenceu ao FC Porto, mas tiveram sempre pela frente uma equipa que lhes fez forte oposição, nunca deixando de tentar também a sua sorte. O guardião Canha esteve também em evidência e, com boas intervenções aos 3', 8' e 17', foi mantendo as suas redes invioladas. Balseiro, numa jogada de contra-ataque, aos 17', também tinha tido uma boa chance, quando surgiu solto na direita, com espaço para chegar à baliza, mas pecou por ter adiantado em demasia a bola. Ribeiro, aos 22', num contra-ataque por si conduzido, tentou a sua sorte de fora da área e quase era feliz, pois viu a bola rasar o ferro da baliza do guardião portista. Até ao intervalo, mais 2 lances com bastante perigo para o último reduto aveirense, com o avançado Shuster a cabecear rente ao poste, aos 27', e com o irrequieto nº 11 a receber um cruzamento da direita, a dominar e a rematar de pronto para um desvio providencial para canto.
O segundo tempo começou praticamente com a obtenção do primeiro golo dos jovens "dragões", que logo no primeiro minuto fizeram o 0-1, pelo seu "capitão" e nº 10, na sequência de um canto bem trabalhado e que surpreendeu os aveirenses.
A partir deste momento a equipa do Beira-Mar desagregou-se e passou a conceder facilidades que não se podem dar a ninguém, muito menos a um adversário forte como é o FC Porto. Foi assim que, aos 47', perante uma enorme passividade local, o nº 11 recebeu um passe directo do seu guarda-redes e fez o 0-2, para Shuster, 2 minutos volvidos, se isolar, ladear Canha e atirar para o 0-3.
Até final, a história do jogo é a história dos restantes golos (66', 74' e 77') que fizeram o 0-6 final e de algumas flagrantes oportunidades para dilatar ainda mais o marcador (52', 53', 58', 64', 73' e 79').
A imagem que fica é sempre a última, e a equipa de juvenis do SC Beira-Mar apagou a boa impressão deixada até ao intervalo e acabou por fazer sobressair a palidez da sua exibição no segundo tempo. Mas o adversário também não era do seu campeonato e esta derrota não pode, de modo algum, deixar marcas no estado anímico do grupo, que já fez coisas maravilhosas esta época.
Sob uma boa arbitragem do SR. Daniel Cardoso, da AF Aveiro, o Beira-Mar apresentou-se no estádio Mário Duarte com:
Canha (gr); Bruno Reis, Fábio (cap), Ricardo Pinto e Ricardo Mango (Miguel Oliveira, 59'); Miguel Campos, Lucas (André Santos, 51') e Tiago Ramalho; Balseiro, Steven (Jorge Rodrigues, 47') e Bruno Ribeiro.
Suplentes não utilizados: Luís (gr), Rui Santana, Nuno Abreu e Chico.

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