domingo, 3 de novembro de 2013

JUNIORES A: Vida difícil

SC Beira-Mar, 1 - FC Vizela, 3
(0-0, ao intervalo)

Falta ainda muito campeonato até se chegar ao momento das grandes decisões, mas a derrota deste sábado, sofrida em casa frente ao Vizela, um adversário que luta pelos mesmos objectivos, deixou a equipa de juniores do SC Beira-Mar numa situação bem mais difícil. O capital de pontos perdido nestas duas últimas jornadas, em jogos frente a equipas do "mesmo" campeonato, pode acarretar danos futuros que só mais tarde se saberá avaliar.
Não teve sorte o Beira-Mar, num jogo que poderia ter caído em termos do vencedor para qualquer dos lados, acabando por ser mais feliz o Vizela, que sai de Aveiro com uma vitória que lhes deve dar muito alento.
No Estádio Mário Duarte, o técnico António Luís apresentou:
Hugo (gr), Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; André Silva, Tiago Ramalho (Bruno Filipe, 77'), Bernardo Subtil (Rúben Marques, int) e Pedro Aparício; Lucas (Bento Cortesão, 62') e Diogo Castor.
Suplentes não utilizados: João Paulo (gr), Ricardo Pinto, Gui e João Sachetti.
Sem que se tivesse revelado ainda qualquer tendência em termos da assunção do jogo, aos 4', o Vizela criou muito perigo junto da baliza de Hugo, na sequência de um livre frontal bem ensaiado que conduziu a um remate cruzado que levou a bola a passar muito perto do poste mais distante. Com o Beira-Mar a revelar imensas dificuldades na construção do jogo para levar a bola até à grande área adversária e com o futebol directo também a não frutificar, foram os vizelenses que melhor passaram a estar, fazendo a bola circular mais vezes no meio-campo auri-negro. Ainda assim, verdade seja, lances de perigo não existiram.
O Beira-Mar espevitou à passagem da meia-hora e, aos 31', Diogo Castor, lançado na esquerda, foge ao seu adversário e atrasa para um remate de Pedro Aparício que apanha uma adversário no caminho. Pouco depois, aos 34', na sequência de um canto, é Filipe Melo que proporciona ao guardião vizelense uma soberba defesa, que ainda permitiu uma recarga de cabeça de Miguel que saiu ao lado.
O segundo tempo começou com uma flagrante oportunidade de golo para o Beira-Mar e com o primeiro sinal de que a sorte não estava, nesta partida, com os aveirenses. A saída, após o intervalo, pertenceu ao Vizela, mas Rúben Marques recuperou rapidamente a bola e lançou Diogo Castor, que se isolou pela direita e rematou cruzado, levando a bola a bater caprichosamente no poste mais distante já com o guardião completamente batido.
O jogo abriu, assistiam-se a transições rápidas de uma e outra equipa e sentia-se que o golo poderia cair para qualquer um dos lados. E parecia que, aos 57', seria o Beira-Mar a inaugurar o marcador. Numa boa jogada pela esquerda, Diogo Castor coloca a bola na boca da baliza, fora do alcance do guarda-redes, servindo Rúben Marques, que ainda está para saber como é que a sua finalização não resultou em golo. Com efeito, a sua emenda, efectuada na boca do golo, sem qualquer oposição e de baliza aberta, foi desviada em cima da linha por um defesa que acorreu de trás. Já tínhamos visto este "filme", mais ou menos idêntico, há oito dias na Póvoa de Varzim.
Era uma fase do jogo em que o Beira-Mar estava claramente melhor, e a comprová-lo, aos 63', mais uma flagrante oportunidade desperdiçada, desta vez por Diogo Castor, que rematou em zona frontal, após assistência de Bento Cortesão, por cima do travessão.
Pois, lá vem o chavão, quem não marca sofre. Mas foi o que aconteceu. Aos 66', aproveitando um ressalto de bola, após um primeiro remate desviado por um aveirense, um jogador adversário, em posição duvidosa, fez facilmente o 0-1.
O Beira-Mar procurou reagir, mas em jogada de contra-ataque, passados dois minutos, o Vizela voltou a ameaçar através de um remate cruzado que não passou muito longe da baliza. Não surtiu efeito desta vez, mas resultou aos 79', com o 0-2 a surgir após uma troca de bola à entrada da área do Beira-Mar que foi finalizada com um remate rasteiro e bem colocado que não deu qualquer hipótese de defesa a Hugo.
Parecia decidido o jogo, mas com o Beira-Mar a reduzir para 1-2 logo no minuto seguinte, por Fábio, que fuzilou na pequena área uma bola nascida de um pontapé de canto, os dados voltaram a ficar baralhados. Por pouco tempo, contudo, já que num lance pouco habitual, aos 84', o guardião do Vizela entrou para a história do jogo, quiçá do campeonato, marcando o 1-3 definitivo com um pontapé desferido à saída da sua grande-área que surpreendeu Hugo, traído pelo ressalto de bola à sua frente. Era demasiado para o ânimo auri-negro...
O Sr. Renato Gonçalves, juiz da AF Guarda, realizou um trabalho equilibrado (dúvidas na regularidade do primeiro golo), num jogo em que, nos momentos cruciais, a sorte esteve sempre com os vizelenses, que tiveram o mérito de a procurar.

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