sábado, 7 de dezembro de 2013

JUNIORES A: Quebrado o enguiço

SC Beira-Mar, 2 - A Académica C, 1
(1-1, ao intervalo)

Sem ganhar desde o dia 21 de Setembro, tendo já, por algumas vezes, deixado fugir na parte final vantagens que garantiam 3 pontos, os juniores auri-negros "mataram o borrego" esta tarde e conquistaram uma preciosa vitória diante da Académica de Coimbra, que receberam no relvado do "velhinho" Mário Duarte.
O triunfo da formação orientada por António Luís não sofre qualquer espécie de contestação, sendo de inteira justiça a atribuição dos 3 pontos a quem foi superior durante a maior parte do encontro e criou o maior e melhor número de oportunidades de golo. Sendo de louvar o bloco compacto como a equipa se apresentou, com grande sentido colectivo e capacidade organizativa, merece destaque o "bis" de Diogo Castor, que, com uma grande exibição, conseguiu uma reviravolta no marcador, que chegou a ter os conimbricenses em vantagem, e garantiu um "saltinho" na luta pela manutenção.
Numa tarde solarenga de um Outono que se está despedir, o SC Beira-Mar apresentou:
Hugo (gr); Bruno Reis, Miguel Campos, Fábio e Filipe Melo; André Silva, Bernardo Subtil e Pedro Aparício (cap); Lucas (Tiago Ramalho, 73'), Diogo Castor (Ricardo Pinto, 90+3') e Bento Cortesão (Bruno Lopes, 87').
Suplentes não Utilizados: João Paulo (gr) e Gui Ramos.
O início do jogo revelou uma Académica de maior pendor ofensivo, ainda que sem deslumbrar e sem provocar grandes problemas ao último reduto aveirense. No entanto, como diz o ditado, tantas vezes o cântaro vai à fonte... Assim, aos 11', no primeiro lance de perigo na área do Beira-Mar, surgido na sequência de um livre a meio do meio-campo auri-negro, a bola é ganha de cabeça na zona do segundo poste, sobrando para a zona central onde, mais lesto que todos, Saltão atirou para o fundo da baliza de Hugo.
A reacção ao 0-1 foi excelente por parte dos auri-negros, que passaram a mandar no jogo e dominaram até ao final da primeira parte, superiorizando-se largamente aos "estudantes". Logo aos 14' surgiu a primeira hipótese de chegar ao empate, num livre de Bernardo Subtil que apanhou Bento Cortesão solto ao segundo poste, mas o cabeceamento do "9" aveirense saiu ao lado.
A igualdade, no entanto, não tardaria muito e, aos 23', num período em que já era bem justificado, o Beira-Mar chegou ao 1-1. O empate foi obtido por Diogo Castor na transformação de uma grande penalidade, por derrube claro ao mesmo jogador, que tinha sido superiormente isolado por Pedro Aparício e num lance em que o guardião Miguel Rodrigues não viu a cor correcta do cartão que o juiz bracarense lhe exibiu.
A igualdade manteve-se até ao intervalo, mas este era um resultado com algum sabor a pouco para a formação de António Luís, que continuou a brindar-nos com um excelente futebol até ao apito para o descanso. Fábio, aos 28', na sequência de um canto de Castor, cabeceou contra as costas de um adversário e, aos 35', um remate de Lucas, à meia-volta, fez a bola passar muito perto do poste, dois lances que poderiam ter colocado alguma maior justiça nos números do marcador.
O segundo tempo principiou do mesmo modo como tinha acabado a etapa inicial, isto é, com o Beira-Mar por cima e a procurar chegar à vantagem. Logo na primeira jogada, um soberbo lance de futebol colectivo, Pedro Aparício conduz a bola desde o seu meio-campo, abre na esquerda em Bento Cortesão, que cruza para a boca da baliza, onde Diogo Castor chega ligeiramente atrasado e é antecipado pelo guarda-redes Miguel.
Esta boa entrada aveirense seria premiada pouco depois, aos 50', com a obtenção do 2-1. O lance começa numa reposição rápida de bola em jogo por parte de Hugo, após um canto contra, tendo Diogo Castor aproveitado o desentendimento entre Jorge Silva e o guardião Miguel para se interpor, ganhar a bola e fazer o golo na baliza deserta.
Em desvantagem, cabia agora à Académica tomar a iniciativa do jogo, que lhe foi concedida pelos auri-negros, que por sua vez, apostando agora mais nas transições rápidas, continuaram a ser a equipa mais perigosa.
Aos 63', após um cruzamento do lado esquerdo, a bola sobra para Bernardo Subtil, que fica com a baliza à sua mercê do lado contrário, mas uma deficiente recepção não permite o aproveitamento da oportunidade. Ainda mais flagrante foi a ocasião surgida aos 84', numa jogada de contra-ataque conduzida pelo lado direito, com Bernardo Subtil muito forte a ganhar a linha e a dar atrasado para o seu colega, que disparou dentro da área, sendo a bola desviada miraculosamente por um adversário.
A Académica era absolutamente ineficiente e apenas na sequência de um canto, já em período de compensação, causou um pequeno calafrio, que passou e deixou que o resultado premiasse quem melhor se exibiu.
A arbitragem do Sr. Pedro Ferreira, da AF Braga, esteve globalmente em bom plano, mas, na nossa opinião, errou ao não expulsar o guarda-redes Miguel, no lance da grande penalidade e prolongou injustificadamente, por mais 2 minutos, os 4 que tinha dado de compensação!

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