sábado, 4 de janeiro de 2014

JUNIORES A: Penalti "fantasma" precipitou derrota auri-negra

UD Oliveirense, 3 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Uma grande penalidade inexistente, assinalada a 3 minutos do intervalo pelo Sr. Daniel Cardoso, árbitro da AF Aveiro designado para apitar a partida da primeira jornada de 2014 do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão entre a Oliveirense e o Beira-Mar, abriu caminho aos anfitriões para uma vitória preciosa, por 3-0, sobre os auri-negros, que viram a sua situação na tabela classificativa complicar-se fortemente. A formação de António Luís não esteve bem neste jogo após as mini-férias, mas este lance, aliado ao segundo golo obtido quando ainda não se havia esgotado o primeiro minuto após o recomeço, acabou por ter um peso bastante significativo no ânimo e motivação doa aveirenses e, consequentemente, no desfecho final.
Com 5 jogadores juvenis na convocatória, o Beira-Mar apresentou-se com:
Hugo (gr); André Silva, Ricardo Pinto (Lane, 58'), Fábio e Filipe Melo; Miguel Campos e Tiago Ramalho; André Santos (Bruno Lopes, 68'), Pedro Aparício e Diogo Castor; Fábio Cortesão.
Suplentes não utilizados: Diogo Nogueira (gr), Gui Ramos, João Neves, Bruno Reis e Bernardo Subtil.
A Oliveirense entrou melhor no jogo e, através de um futebol prático e musculado, foi conquistando sucessivos pontapés de canto no início da partida. E, aos 9', na sequência do sexto "corner" apontado pelos donos do terreno, valeu Filipe Melo, sobre a linha de golo, para evitar o primeiro dos locais.
Sempre com maior pendor ofensivo da Oliveirense, aos 22', os anfitriões "cheiraram" de novo o golo, mas aqui valeu aos aveirenses a inoperância de Luís e de Miguel, que se atrapalharam mutuamente e perdoaram, mesmo à boca da baliza, a abertura do marcador.
O Beira-Mar sacudiu a pressão por volta dos 25' e o primeiro aviso foi dado por Diogo Castor, com um remate espontâneo, desferido de fora da área, que obrigou Parreira a uma boa intervenção, desviando a bola com o punho por cima do travessão. Mais à frente, aos 37', foi a vez de André Santos, na sua estreia pela equipa de juniores, rematar em posição frontal, à entrada da área, lance que morreu nas mãos do guardião local.
A Oliveirense também ameaçou novamente, aos 40', em mais um pontapé de canto executado na esquerda pelo "capitão" Fazenda, que apanhou Diogo ao segundo poste, mas o "16" da casa falhou escandalosamente o cabeceamento. E estava-se numa fase de jogo mais equilibrada quando o juiz da partida, que já vinha revelando uma gritante dualidade de critérios nas faltas assinaladas, com prejuízo para os auri-negros, transformou um pé em riste de um jogador da Oliveirense numa grande penalidade mentirosa que Miguel aproveitou para desfeitear Hugo e mandar a sua equipa para as cabinas a vencer por 1-0.
Foi um duro golpe nas aspirações beiramarenses, que viram ainda, logo no recomeço, antes mesmo de se esgotar o primeiro minuto, o seu adversário elevar para 2-0. Foi seu autor Miguel, que bisou de uma forma fácil, na boca do golo, um cruzamento da esquerda de Luís, que trabalhou bem o lance.
E se o jogo não ficou decidido neste momento, acabou por fica-lo pouco depois, aos 56', quando Luís, num pontapé de ressaca após mais um canto conquistado pela Oliveirense, fixou o resultado final em 3-0.
As equipas sentiram que dificilmente o vencedor do jogo não estaria encontrado, o jogo "partiu-se" e, até final, assistiu-se a um confronto equilibrado, em que o golo poderia ter surgido em ambas as balizas. A Oliveirense dispôs de soberanas ocasiões aos 63' (Hugo evita o "chapéu" ao isolado Sérgio), aos 74' (Bruno Lopes safa na linha um cabeceamento de Diogo após canto de Coutinho na direita) e aos 80' (Ricardo Tavares falhou de baliza aberta após jogada de insistência de Luís, na direita). Os auri-negros poderiam ter chegado ao tento de honra aos 72' (boa jogada de ataque, com Lane a ser servido na direita e a colocar na boca do golo onde Melo chegou ligeiramente atrasado) e aos 84' (emenda de Lane, servido por Bento Cortesão, desviada providencialmente por um adversário).
Como balanço, diríamos que a vitória da Oliveirense acaba por ser justa, face a um jogo pouco conseguido por parte dos auri-negros, mas a forma como iniciaram a sua caminhada triunfal ajudou bastante e foi um tónico determinante.

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