sábado, 26 de setembro de 2009

Distrital de Juniores: Vitória feliz!

SC Beira-Mar, 3 - GD Eixense, 2 (1-1 ao intervalo)

Uma equipa mista de juvenis e juniores do SC Beira-Mar levou de vencida o GD Eixense, por 3-2, num jogo disputado esta manhã no relvado secundário do estádio Mário Duarte e que fazia parte da 2ª jornada do campeonato distrital de juniores da 1ª divisão. Foi uma partida não muito bem jogada, sobretudo na 2ª parte, que teve o árbitro como principal protagonista e em que o Beira-Mar acabou por chegar à vitória num período do jogo em que era o Eixense que estava a revelar-se mais perigoso. Destaque, ainda, para os três golos de Ibraihma.
António Luís apresentou a seguinte equipa:
Cirineu (GR); Ibraihma, Abreu (cap), Gonçalo e Iuri; Lucas, Ricardo Melo (Jesus aos 59'), Francisco Griné (Balacó ao intervalo) e Pité; Tiago Azevedo (Francisco Dias aos 75') e Nilson.
Assistiu-se a uma 1ª parte em que o jogo esteve, sobretudo, a meio-campo, com supremacia beira-marense, mas sem grandes oportunidades de golo. O verdadeiro "homem do jogo" foi sem dúvida o árbitro, que, pelas piores razões, concentrou em si todas as atenções. Estava o jogo muito morno, quando, aos 6', o senhor do apito mostrou, pela 1ª vez, ao que vinha. Um atraso de um jogador do Eixense para o seu guarda-redes deu numa intercepção de bola por parte de Nilson. O rápido avançado auri-negro encaminhava-se, sozinho, para a baliza e para o golo, quando foi derrubado, à entrada da área, pelo guardião visitante. É dos livros, lance para cartão vermelho directo. O árbitro perdoou a expulsão e ficou-se pelo amarelo. Do livre, marcado por Griné, sobre o limite da grande-área, nada resultou.
Foi também da marcação de um livre, por Francisco Griné, descaído para a esquerda, que resultou o 1-0 para os da casa. O cruzamento sobrevoou toda a área adversária, guarda-redes incluído, aparecendo Ibraihma, do lado contrário, a facturar o primeiro do dia. Estavam decorridos 17´de jogo.
Era um golo merecido porque, efectivamente, era o Beira-Mar que dominava, ainda que esse domínio se verificasse longe da baliza, sem criar grandes lances de perigo. Se o golo poderia dar mais algum ânimo aos nossos rapazes, logo o árbitro, no minuto seguinte, se encarregou de equilibrar o marcador. Cirineu larga uma bola cruzada da direita do ataque eixense, Gonçalo faz o alívio, há um jogador visitante que cai na área e, perante a surpresa geral (estou convencido que mesmo dos beneficiados) o árbitro assinala a marcação de uma grande penalidade. O pontapé bem colocado do marcador eixense (nº 4 e melhor jogador visitante) fez o 1-1.
Até final da 1ª parte, destaque para a sinfonia de apito do juíz do encontro, incapaz de discernir entre uma disputa de bola e um lance faltoso e para as duas oportunidades de golo perdidas pelo GD Eixense (ainda que contra a corrente de jogo e resultantes de uma falha defensiva) aos 43' e 44', com Cirineu a evitar o pior com duas intervenções com os pés.
Se a 1ª parte já não tinha sido muito famosa, a 2ª ainda pior. A equipa com sinal mais no período complementar foi o GD Eixense, mais por demérito dos aveirenses do que por mérito próprio. Para complicar as coisas, a 2ª parte começou praticamente com o segundo golo dos visitantes, obtido logo aos 5' de jogo. Um balão de alívio da defesa do Eixense apanha a nossa equipa adiantada e uma descoordenação entre a linha mais recuada e Cirineu deu origem a uma interposição do avançado contrário que não perdoou e fez o 1-2. Logo de seguida, aos 8', nova oportunidade para o Eixense, valendo a defesa de Cirineu com os pés.
A nossa equipa praticava um futebol desgarrado e não dava mostras de poder inverter o rumo dos acontecimentos. Valeu um lance de bola parada, aos 24', para chegarmos ao 2-2. Canto da esquerda, tal como no primeiro golo a bola passou toda a baliza e, no poste mais distante, novamente Ibraihma a dominar e a atirar para o empate. Na sequência do lance, o guarda-redes do Eixense (que deu mostras de pouco fair-play, sobretudo enquanto esteve a ganhar) acabaria por ser expulso, devido a ter visto, por protestos, o 2º cartão amarelo.
Curiosamente, neste período que se seguiu à expulsão, foi a equipa em inferioridade numérica que mais deu nas vistas, que esteve mais discernida e que que mais fez para chegar à vitória. Vitória que poderia ter surgido aos 34' (remate à barra, na marcação de um livre directo a 35 m da baliza de Cirineu) e aos 40' (uma perda de bola de Iuri, resultou numa transição rápida que terminou com um jogador do Eixense a atirar rente ao poste, só com Cirineu pela frente). E foi com imensa felicidade, quando decorria o último dos 4 minutos de compensação, que Ibraihma (quem mais poderia ser?) fez o seu "hat-trick" e deu a vitória à equipa auri-negra. Boa jogada (finalmente!) de Pité pela esquerda, passe atrasado para o centro da área, Nilson ainda se atrapalha, mas a bola sobra para o polivalente (começou a defesa direito e acabou a avançado) jogador aveirense que atirou para o definitivo 3-2. Como se diz em bom "futebolês": futebol, é isto...

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