domingo, 15 de novembro de 2009

JUNIORES A: Segunda parte irreconhecível!

Beira-Mar, 1 - Oliveira Bairro SC, 3
(1-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar regressou aos maus resultados no jogo que ontem à tarde disputou no campo da Gândara, na Oliveirinha, contra o Oliveira do Bairro, não dando seguimento à recuperação que o resultado e a boa exibição de há oito dias, diante do Paços de Ferreira, parecia indiciar. Pior que o resultado foi a pálida imagem deixada pela exibição na 2ª parte, nunca conseguindo reagir após ter ficado em desvantagem no marcador, mesmo após a superioridade numérica sobre um adversário que acabou com 9 elementos.
António Luís apresentou a seguinte equipa:
Samuel (GR); Berna, Beato, Renato (Filipe Vieira, 82') e Bryan; Granja (Ibraihma, 72'), André Vaz, Nuno Silva e Francisco Griné; Igor e Nelson (Mathieu, 57').
Suplentes não utilizados: Cirineu (GR), Miguel Ângelo e André Aranha.
Na 1ª parte o Beira-Mar, não tendo realizado uma boa exibição (longe disso) ainda conseguiu alguma superioridade sobre um adversário muito bem constituído fisicamente e que procurava também responder às investidas aveirenses. A partida iniciou-se numa toada de algum equilíbrio, tendo mesmo o primeiro sinal de perigo sido dado pelos bairradinos, logo aos 3', num remate cruzado da esquerda que Samuel desviou para canto. O Beira-Mar respondeu, havendo a registar dois lances na área do Oliveira do Bairro em que o marcador poderia ter funcionado. No primeiro, aos 7', é Igor que remata para defesa do guardião contrário e, dois minutos depois, Griné atira por cima da barra, de pé esquerdo, não dando o melhor seguimento a um bom cruzamento de Bryan.

Depois de um início repartido, os auri-negros começavam a acercar-se mais frequentemente da área adversária e como corolário dessa superioridade conseguida nesta fase do jogo, aos 22', Nuno Silva abre o activo, através de um potente fogacho disparado de fora da área, que o guarda-redes dos "falcões do Cértima" não conseguiu deter. A partir do 1-0 e até final da 1ª parte, o Beira-Mar teve o seu melhor período de jogo, ainda que o Oliveira do Bairro tivesse reagido bem ao golo. Só que os aveirenses apostavam em transições rápidas e dispuseram mesmo de duas flagrantes oportunidades para ampliar o marcador. Aos 29', após uma boa jogada de Francisco Griné pela esquerda, Igor falha à boca da baliza o passe atrasado feito pelo seu colega e atira fraco para as mãos do "keeper" bairradino. Aos 42', o mesmo Igor isola-se desde o meio-campo, corre 50 metros com a bola e remata ao lado, na cara do guarda-redes, quando tinha Francisco em posição de encostar para o golo.
O resultado ao intervalo era inteiramente justo, poderia até ter tido uma expressão no marcador mais favorável aos aveirenses e nada fazia prever o que se iria passar na 2ª parte.
Esta começou com um Oliveira do Bairro fortemente empenhado em correr atrás da recuperação, deixando logo um aviso, aos 3', quando no seguimento de um livre tenso o cabeceamento sai com muito perigo ao lado da baliza de Samuel.
O empate chegou mesmo aos 6', mais uma vez através de um penalty "oferecido" aos visitantes. Dos 5 jogos disputados em casa pelo Beira-Mar, esta é a 3ª vez que concedemos grandes penalidades aos adversários, sendo que em duas delas o resultado foi fatal. O lance parecia controlado mas o alívio da bola, falhado pela defesa auri-negra, proporcionou o contacto com o avançado forasteiro, que o árbitro julgou merecedor de castigo máximo. Com muita calma o nº 10 do OBSC não perdoou, enganando Samuel, e fazendo o 1-1.

Não sabemos o que poderia ter sucedido se, passados 3 minutos, o Beira-Mar tivesse chegado de novo à vantagem, quando uma boa jogada de Francisco Griné pela direita não tem, à boca da baliza, o seguimento desejado. Sabemos é que nunca mais houve Beira-Mar e que após o 1-2 alcançado aos 14' através de um remate rasteiro de fora da área que surpreendeu Samuel, os auri-negros acusaram demasiadamente o golpe e foram uma equipa completamente descaracterizada, sem "alma", sem chama, que nunca foi capaz de ir para cima do adversário. Mesmo quando este ficou em desvantagem numérica: com 10 elementos aos 18' e com 9 aos 29'. O melhor que conseguiu foi um remate à meia volta de Mathieu que fez a bola passar um pouco acima da barra. De resto, praticamente nada. Não soubemos aproveitar a vantagem numérica, trocar a bola em progressão, lateralizávamos muito e, mesmo assim, com imensos passes errados. E foi ainda o Oliveira do Bairro, já a jogar apenas com 9 unidades, que chegou ao 1-3, novamente de grande penalidade, desta vez a castigar derrube de Samuel a um avançado que lhe apareceu pela frente após uma perda de bola no meio campo. estavam decorridos 35' da 2ª parte e no restante tempo de jogo nem um só lance que mereça registo. Foi mau demais...
O árbitro não teve um jogo fácil de dirigir, pareceu-nos um jovem com alguma qualidade e ainda que nos tenha castigado com duas grandes penalidades, não devemos encontrar no seu trabalho as razões para o nosso mau desempenho.

Sem comentários: