segunda-feira, 2 de novembro de 2009

JUVENIS: Retomado o caminho das vitórias


SC Beira-Mar, 3 - CD Feirense, 1
 (2-1, ao intervalo)
Era um jogo extremamente difícil o que ontem se deparava à equipa de Aguinaldo Melo, no regresso do campeonato nacional de juvenis, após três semanas de interregno devido à fase de qualificação para o campeonato da Europa disputada na Escócia pela selecção nacional sub-17. A última prestação não tinha sido muito boa (derrota por 3-1 contra o Repesenses, em Viseu) e o adversário da manhã de domingo era o rival Feirense, que tem sempre boas equipas de formação e estava colado aos auri-negros (1 ponto de diferença) na tabela classificativa.
A partida não defraudou as expectativas e assistiu-se a um jogo muito bem disputado, com grande intensidade (sobretudo na 1ª parte), entre duas boas equipas e que teve um desfecho justo, ainda que talvez a diferença mínima no marcador tivesse sido mais condizente com o que se passou em campo, sobretudo na 2ª parte.
O SC Beira-Mar fez evoluir, no relvado molhado do Estádio Mário Duarte, os seguintes jogadores:
Samuel (GR); Nito, Lobo (cap), Rui Santos e Wilson Rubio; Mika, Tito (Pité, 60') e Ricardo Castro; Cassamá, Paulo Sousa (Daniel, 70') e Sérgio Chipelo (Pedro, 54').
Suplentes não utilizados: Cirineu (GR), Wilson Campos, Leandro e Tiago Azevedo.
A 1ª parte foi muito bem disputada, com elevado nível de intensidade e o jogo a ser repartido pelos dois meios campos. Estiveram em presença duas boas equipas, que apresentaram muito bom futebol, assente em argumentos fortes, embora diferentes. Os aveirenses apostavam, sobretudo, na velocidade dos homens da frente, sempre muito perigosos (sobretudo Cassamá), enquanto os visitantes construíam o seu futebol, enredado numa teia de passes, que levava a bola controlada até às imediações da baliza de Samuel.
A primeira situação de perigo, junto de uma das balizas, pertenceu ao Feirense quando, aos 6', se verifica uma fuga pela esquerda de um jogador visitante que termina com um remate muito perigoso às malhas laterais. Na resposta, Cassamá, que foi um autêntico quebra cabeças para a defensiva feirense, no período inicial, desfere um remate forte, em corrida, mas a bola passa por cima da baliza. À passagem do quarto-de-hora, Paulo Sousa tem uma oportunidade soberana para abrir o marcador, mas falha escandalosamente o golo, na cara do guarda-redes, após um passe de ruptura que o isolou. Não houve golo numa baliza, mas houve na outra. Foi aos 19' e que grande golo! No seguimento de uma jogada de futebol apoiado em que assentava o jogo feirense, o "capitão" visitante, bem enquadrado com a baliza e a cerca de 25 metros desta, decide-se por um remate fortíssimo, cheio de efeito, que deixou Samuel "pregado" ao chão. Era o 0-1. O jogo estava bom e, na resposta, Cassamá, aos 21', dá atrasado, desde a direita, para Mika que, vindo de trás, desfere um remate forte mas que não levou a melhor direcção. Era o prenúncio para o empate, que chegou aos 26', através de mais um golo de bandeira! A jogada é toda de Lobo, um jogador que, normalmente, enche o campo todo e que, neste lance, fez prova disso. O nosso "capitão" pegou na bola em linhas atrasadas (as suas) e passou, literalmente, por mais de meia equipa feirense, numa jogada "box to box". Chegado à área adversária, descobriu Paulo Sousa desmarcado no centro, diante da baliza, e assistiu o felino ponta-de-lança auri-negro para este fazer o 1-1, num remate sem defesa.
Animados pelo golo, os aveirenses carregaram e, aos 37', chegaram mesmo à vantagem. Nito, que até não tinha começado muito bem, mas estava a fazer um jogo em crescendo, ganha a linha de fundo e centra rasteiro para a área feirense. A bola passa diante de toda a baliza e encontra Chipelo ao 2º poste, que fuzila para o 2-1, com a bola a bater ainda na barra, pela parte inferior. Nada melhor para fechar uma 1ª parte que foi de grande nível.
O 2º tempo ficou marcado, na nossa opinião, pelo lance que ocorreu logo no primeiro minuto. Num livre marcado sobre o lado esquerdo por Mika, a bola viaja até ao coração da área feirense, onde aparece Ricardo Castro, à vontade, a cabecear para o 3-1. Este golo madrugador condicionou, praticamente, toda a 2ª parte, com o Beira-Mar a entregar a iniciativa de jogo à equipa do Feirense e a fazer, desde cedo, a gestão do resultado, que lhe era confortavelmente favorável. Ainda assim, aos 9´, Sérgio Chipelo e Lobo (novamente), protagonizam uma bonita jogada, com o extremo a cruzar atrasado para um disparo do "capitão", à entrada da área, que saiu ligeiramente ao lado. Até final do jogo, no esquema já referido, as melhores oportunidades de golo pertenceram ao Feirense, mas a falta de eficácia do ataque visitante, Samuel e a barra evitaram que a vantagem dos auri-negros emagrecesse. Aos 16', na sequência de um livre marcado do lado esquerdo, no enfiamento da grande área do Beira-Mar, a bola viaja até ao 2º poste, onde um jogador feirense, sobre a linha de fundo, dá de cabeça, atrasado, para a entrada de um colega que, também de cabeça, atira a bola à barra da baliza de Samuel. Aos 25', numa transição rápida do ataque feirense, e após Pité, em boa posição, ter atirado por cima, os da Feira têm nova ocasião soberana para reduzir distâncias. A jogada desenrola-se pelo lado esquerdo, apanhando a equipa auri-negra descompensada, e termina num cruzamento que não tem o melhor seguimento, porque o jogador adversário, que apareceu sozinho à boca da baliza, falhou de uma maneira incrível a concretização. O Feirense estava, nesta fase, claramente por cima e foi novamente Pité, na marcação de um livre, aos 29', que voltou a contrariar o ascendente adversário e a incomodar o guarda-redes da Feira. O remate, porém, saiu rente ao poste. E até final, os lances de perigo aconteceram sempre junto da baliza de Samuel que negou por duas vezes (33' e 40'+2), com duas grandes defesas, o segundo golo feirense, que também poderia ter acontecido, aos 38', através de um remate perigoso a concluir um cruzamento da direita.
A vitória foi justa, o Beira-Mar mostrou, mais uma vez, que tem uma equipa para discutir os lugares de cima, o Feirense foi um digno vencido e o resultado tangencial teria traduzido melhor o que se passou em campo.
O árbitro, nem sempre bem auxiliado nos lances de fora-de-jogo, estave em nível razoável.

1 comentário:

Anónimo disse...

RENASCER BEIRA MAR

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