segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

JUVENIS: Vitória justa mas sofrida!


SC Beira-Mar, 1 - SC Salgueiros, 0
(0-0, ao intervalo)

A equipa de juvenis do SC Beira-Mar passou ontem por algumas dificuldades para levar de vencida, no velhinho Estádio Mário Duarte, a equipa do Salgueiros. Estavam frente-a-frente dois antagonistas que lutam, actualmente, por objectivos diferentes na prova, com os salgueiristas a procurarem fugir dos lugares de despromoção em que se encontram e os auri-negros, com uma temporada surpreendente, a lutar pela passagem à 2ª fase do campeonato nacional. Os aveirenses venceram com toda a justiça, num jogo em que, apesar de se perceber que eram superiores, deixaram, em alguns momentos, que o adversário acreditasse ser possível um resultado positivo, ficando a dever a si próprios as dificuldades com que alcançaram os 3 pontos.
Aguinaldo Melo apresentou, para este último jogo de 2009, a seguinte equipa:
Cirineu (gr); Leandro, Lobo (cap), Rui e Wilson Rubio; Tito (Mika, 53'), Ricardo Castro e Ricardo Figueiredo (Cassamá, int); Daniel (Sérgio Chipelo, 36'), Paulo Sousa e Pedro.
Suplentes não utilizados: Diogo (gr), Balacó e Greno.
A pate inicial da 1ª parte caracterizou-se pelo domínio do jogo por parte da equipa do Beira-Mar, apesar do futebol exibido nem sempre ter sido de boa qualidade. Mesmo assim, registo para duas flagrantes oportunidades de golo perdidas pelos auri-negros. A primeira, logo no 1º minuto do jogo, com Daniel, solto na direita, a receber um cruzamento de Pedro, do lado contrário, rematando, na cara do guarda-redes, para defesa deste. Aos 11', num lance a papel químico, com os mesmos protagonistas, Daniel volta a proporcionar ao guardião salgueirista uma apertada defesa para canto. Na sequência deste, Lobo, nas alturas e com um bom golpe de cabeça, volta a fazer brilhar o nº 1 de Paranhos, que evita novamente a abertura do marcador.
Com o decorrer do tempo, o Beira-Mar baixou de produção, deixou de jogar como equipa, alternando, ora os lances individuais, ora um futebol muito directo, que se revelava inconsequente e, com isso, o Salgueiros começou a aparecer, chegando pela 1ª vez à baliza de Cirineu, aos 27', na sequência de uma bola parada. O árbitro assinalou um livre no enfiamento da grande área aveirense, sobre o lado esquerdo e, na marcação, surge o cabeceamento de um jogador salgueirista, ao lado do poste direito. Aos 33', outra vez no seguimento da marcação de um livre, Cirineu protagoniza uma defesa apertada a um remate contrário. Antes do intervalo, mais duas grandes oportunidades de golo para o Beira-Mar, aos 39' e 40'. No primeiro lance, Chipelo, que entrara momentos antes para o lugar do perdulário Daniel, ganha a bola ao guarda-redes e, descaído sobre o lado esquerdo, cruza para o meio da área onde, nem Paulo, nem Pedro, souberam aproveitar a ausência momentânea da baliza do guardião forasteiro. No lance seguinte, um cruzamento de Pedro é amortecido por Chipelo para o remate de Paulo Sousa por cima da barra.

A 2ª parte, à semelhança da 1ª, começa com uma grande oportunidade para os homens da casa. Logo aos 2', Pedro ganha na esquerda, serve no centro da área Paulo que, de costas para a baliza, lateraliza na direita em Chipelo, que remata contra as pernas do guarda-redes, último adversário que tinha para vencer. Tantas oportunidades perdidas, normalmente, dão mau resultado. Isso poderia ter voltado a acontecer se, na resposta, aos 5', o Salgueiros tivesse aproveitado uma oportunidade de golo resultante de um cruzamento da direita, com a bola a ficar à mercê de um salgueirista que, be4m no centro da área e sem oposição, remata para o desvio para canto de um defesa beiramarense. O Beira-Mar continuava a praticar um futebol diferente daquele que tem notabilizado esta equipa durante a presente época, com os jogadores a darem sempre um toque a mais na bola ou, em alternativa, a colocarem a bola da defesa directamente no ataque, com vantagem, quase sempre, para o último reduto salgueirista. Mesmo assim, aos 12', novo momento de apuros para a baliza do Salgueiros, com o guarda-redes novamente em evidência, desviando para canto um forte remate de Pedro, à entrada da grande área, após marcação de um livre, na direita, por Chipelo. No seguimento da marcação deste canto, também por Chipelo, Cassamá falha o golo, inacreditavelmente, à boca da baliza. Insistia o Beira-Mar, era preciso ganhar este jogo e, aos 16', é Rui que ganha um ressalto, fica na cara do guarda-redes, mas atira ao lado. Na jogada seguinte é Pedro que volta a estar perto do golo, mas o seu remate é devolvido pelo poste. Começava a faltar, também, uma pontinha de sorte, sempre necessária para ganhar jogos.
O tempo passava e as coisas começavam a ficar mais difíceis para o Beira-Mar, até porque, aos 20', fica reduzido a 10 unidades, quando Rui vê o 2º cartão amarelo e é expulso do terreno de jogo. Mas a vontade desta equipa auri-negra é indomável e, mesmo como uma unidade a menos, continuou a procurar a vantagem no marcador, praticando agora, curiosamente, um futebol mais colectivo e que era mais agradável ao espectador. Paradoxalmente, foi numa extraordinária jogada individual de Ricardo Castro, aos 27', que os aveirenses chegaram ao golo e à vitória. O médio ofensivo auri-negro evita uma série de adversários, entra na área e remata , fora do alcance do até então intransponível guardião nortenho, para o 1-0, que daria os 3 pontos à equipa orientada por Aguinaldo Melo.

Com o golo, contudo, não acabou a emoção. Isto porque, aos 30', Wilson, num cruzamento em balão faz a bola bater, caprichosamente, na intercepção da barra com o poste da baliza adversária. Esteve à vista o segundo golo auri-negro, que poderia ter voltado a acontecer aos 35', quando Pedro recebe a bola na esquerda, ganha ao seu adversário directo e remata, de ângulo já um pouco apertado, para defesa do guarda-redes. O Beira-Mar defendia a vantagem longe da sua baliza e ameaçava com o ampliar do marcador. No entanto, aos 38', momento de calafrio no Mário Duarte, com Mika a quase fazer auto-golo, atrasando de cabeça para a baliza abandonada por Cirineu que, emendou e salvou com o pé quase sobre a linha fatal. Uff! Antes de terminar a partida, nota para mais dois bons remates de Pedro, aos 40' e 40'+3, que poderiam ter dado outro colorido ao marcador, mais condizente com a diferença entre as duas equipas.
Com esta vitória, a equipa de juvenis do SC Beira-Mar termina o ano de 2009 no 3º lugar, posição que dá acesso à 2ª fase da prova, um objectivo que, não sendo aquele que foi traçado à partida, a boa época dos rapazes de Aguinaldo Melo tem vindo, paulatinamente, a construir e a justificar.

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