segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Iniciados A: "Derby" com todos!


AD Taboeira, 2 - SC Beira-Mar, 3
(0-1, ao intervalo)

Os ingredientes, à partida, convidavam a que o "prato" a servir fosse rico em tudo aquilo que uma boa partida de futebol pode oferecer aos seus apaixonados espectadores. Mais uma vez se defrontavam as vizinhas colectividades da cidade de Aveiro, que muito dedicam à formação de jovens futebolistas, com a particularidade de, desta vez, se encontrarem nos dois primeiros lugares da classificação geral da série C do campeonato nacional de iniciados. E, realmente, as expectativas não saíram goradas, já que motivos para um "derby" bem "apimentado" não faltaram. Houve períodos de muito bom futebol (o jogo do Beira-Mar na 1ª parte), muita emoção (provocada sobretudo pelas duas reviravoltas operadas no marcador, o que demonstra, também, o inconformismo das equipas), lances polémicos (penalty mal assinalado e outro que ficou por assinalar) e incerteza no marcador até bem perto do fim (os auri-negros perdiam por 2-1 a 6 minutos dos 70 regulamentares). No final, ganhou o Beira-Mar, quanto a nós com toda a justiça, foi a equipa que mais procurou a vitória, a que melhor futebol praticou (sobretudo na 1ª parte) e a que mostrou ainda capacidade para inverter, já perto do final, um resultado que lhe era desfavorável e que, de todo, não merecia. O Taboeira, à semelhança do jogo da 1ª volta, voltou a mostrar ser uma equipa bem organizada, que assenta o seu jogo numa boa capacidade defensiva, aposta no erro do adversário e tem nos lances de bola parada (em que Tiago Coutinho é exímio) e na velocidade de Tiago Ressureição as suas armas mais perigosas.
Jogo disputado no Campo do Agro, numa manhã com muito sol (aleluia!), tendo os auri-negros apresentado:
Hugo (gr); Ruben Marques, Pedro Salgado, João Rafael e João António; André Silva, Diogo M. Carvalho (Pedro Aparício, 62') e Rafa (cap); Tiago Gomes (Jorge, 42'), Henrique e Ricardo Tavares.
Suplentes não utilizados: André Fernandes (gr); Tiaguinho, Bruno Filipe, Gui e Zazu.

O Beira-Mar entrou muito bem no jogo, empurrou o Taboeira para o seu meio-campo e tentou bem cedo chegar ao golo (2' e 4') através de remates de fora da área de Diogo M. Carvalho (ao lado do poste) e de Rafa (por cima da barra). A iniciativa pertenceu sempre aos auri-negros e, aos 7', poderiam mesmo ter-se colocado em vantagem, quando Ricardo Tavares falha o golo ao 2º poste, na sequência de um canto apontado na esquerda pelo "capitão" Rafa. Passados apenas mais dois minutos, nova situação de muito perigo para a baliza de Zé Valera. Uma boa abertura de Ricardo Tavares, encontra Tiago Gomes descaído no lado esquerdo que, de ângulo difícil, remata para defesa do guardião visitado.
Ao ataque organizado do Beira-Mar procurava responder o Taboeira com o contra-golpe, registando-se o primeiro remate dos da casa aos 11' quando, após um ressalto, à entrada da área, João Tavares remata forte ao lado da baliza de Hugo. Aos 16', mais um lance em que intervém Tiago Gomes, novamente na esquerda, para evitar o seu marcador directo e proporcionar nova intervenção a Zé Valera, que respondeu bem ao seu remate rasteiro. O domínio auri-negro, a maior posse de bola, a iniciativa do jogo, o melhor futebol praticado, haveria de dar os seus frutos à passagem do minuto 20. Na sequência da marcação de mais um pontapé de canto, conquistado na esquerda do seu ataque, Tiago Gomes bateu a bola de forma directa, ao primeiro poste, e uma intervenção infeliz do guardião Zé Valera acabou por ditar o merecido 0-1 para o Beira-Mar. A avalanche ofensiva em direcção à baliza dos comandados de Manuel António intensificava-se e o segundo golo esteve perto de acontecer, aos 25', quando Ricardo Tavares, após uma falha no eixo defensivo do Taboeira, remata cruzado, do lado direito, fazendo a bola bater no poste mais distante. Antes do intervalo, registo para o 2º remate da equipa visitada, aos 32', para defesa segura de Hugo e para uma grande oportunidade de golo perdida pela equipa do Beira-Mar, no minuto seguinte. O lance resulta de uma boa jogada de envolvimento, com uma assistência primorosa de Tiago Gomes para a entrada de Ruben, que fica na cara de Zé Valera, que lhe põe cobro à intenção de assistir no meio uma finalização fácil. Chegava-se ao intervalo com a certeza de que estava na frente do marcador a melhor equipa em campo e que a vantagem tangencial era escassa para tão grande superioridade demonstrada.
A 2ª parte foi diferente, o Beira-Mar não apresentou a mesma qualidade no seu jogo e, depois, as incidências da partida acabaram por fazer deste período uns 35' atípicos, que valeram pela emoção trazida pelas alterações no marcador e pela capacidade de reacção que o Beira-Mar acabou por demonstrar quando, imprevisivelmente, se viu em desvantagem no marcador.
Mesmo assim, a primeira situação de perigo na 2ª parte voltou a pertencer à equipa de Alberto Raínho quando, aos 7', Jorge (acabado de entrar a render o lesionado Tiago Gomes) cruza da esquerda, para uma entrada de cabeça de Ricardo Tavares, que chegou ligeiramente atrasado à bola e, por isso, acabou por atirar ao lado. Aos 9', é Henrique, num lance em velocidade pelo lado esquerdo, que remata para nova defesa de Zé Valera. E, aos 11', voltou a ser num lance de ataque do Beira-Mar pelo lado esquerdo que surgiu o golo... do Taboeira! Uma perda de bola em acção ofensiva é bem aproveitada para lançar em velocidade Tiago Ressureição que é derrubado por João Rafael, na sua tentativa de desarme. O lance é, claramente, fora da área, mas o árbitro do encontro, o Sr. Tiago Antunes, da AF Coimbra, aponta a marca de grande penalidade, juízo que lhe sugeriu, eventualmente, a queda dentro da área de rigor do avançado do Taboeira. Tinha obrigação, o árbitro auxiliar, de ter visto o local exacto da falta mas, do erro, resultou o 1-1, já que na transformação Tiago Coutinho não vacilou e, com uma execução exemplar, não deu hipóteses a Hugo para evitar o empate. O Beira-Mar acusou o golpe e, passados poucos minutos, aos 16', um jogo que era por si perfeitamente dominado e controlado virou-se do avesso. Tiago Coutinho bate um livre antes da linha do meio-campo, a cerca de 55 metros da baliza de Hugo e o que era um lance aparentemente inofensivo acabou no 2-1. A bola seguiu para a baliza e, com toda a gente a assistir, acaba por entrar, quase rasteira, junto ao poste direito do guardião Hugo, sem que ninguém lhe tivesse tocado. Surpresa geral, a começar pelo marcador deste estranho golo.
As coisas complicavam-se para os lados visitantes, até porque o Sr. Tiago Antunes, aos 17', voltou a mostrar que em lances capitais não olhava aos interesses auri-negros. Ricardo Tavares, carregado pelas costas, dentro da pequena área, não vê a falta ser sancionada com a correspondente marcação da evidente grande penalidade. Somava-se a isto o pouco tempo útil que o jogo passou a ter, com reposições demoradas da bola em jogo pela equipa em vantagem no marcador. E a sorte também parecia nada querer com os líderes da série C já que, aos 18', o poste da baliza de Zé Valera voltou a devolver uma bola, desta vez cabeceada por André Silva, na sequência de um canto apontado na direita por João António.

Apesar de tudo isto, a reacção da equipa de Alberto Raínho foi notável após o 2º golo do Taboeira, especialmente na ponta final da partida e é esta atitude que marca o período complementar dos auri-negros, em contraponto com a qualidade do futebol apresentado na etapa inicial. O prémio chegou aos 29' quando, novamente após um pontapé de canto executado por João António, Pedro Salgado faz o 2-2, introduzindo a bola na baliza com um golpe de cabeça, no meio de um "cacho" de jogadores.
A "cambalhota" no marcador consumar-se-ia ao minuto 34, uma obra de Pedro Aparício, que descobre Ricardo Tavares na área do Taboeira e faz valer a qualidade do seu passe para isolar o "matador" de Oliveira de Azeméis, que voltou a mostrar o seu instinto goleador e, com um adversário a estorvar-lhe a acção e Zé Valera pela frente, rematou para o fundo das redes, perante o gáudio de toda a equipa e simpatizantes e fixando o resultado no definitivo 2-3.
O jogo terminou com o Beira-Mar a controlar a bola longe da sua baliza. Vitória justa, que permitiu, para além de tudo e graças à derrota do Académico de Viseu, apurar desde já a equipa do SC Beira-Mar para a 2ª fase da prova, quando ainda estão 5 jornadas por disputar. Notável!
A arbitragem errou em lances capitais da partida, já relatados anteriormente, pelo que o seu trabalho não pode merecer nota positiva.

7 comentários:

Anónimo disse...

vitoria justa da melhor equipa.
Superioridade em todos os sectores,e melhor qualidade do clube referencia em Aveiro.
Força beira és e provaste ser o melhor de Aveiro

Manuel Antonio disse...

O penalty assinalado foi bem dentro da área só pecando o arbitro por não penalizar disciplinarmente e o jogador estando isolado sabemos todos qual a cor do cartão.
No 2º golo o canto é invenção do auxiliar não vendo ele o impedimento feito ao G.R.
Parabens aos jogadores do Beira Mar.

Anónimo disse...

Parabéns ..

Anónimo disse...

Sr. manuel António,já viu a diferença entre as duas instituições, se fosse um beiramarense a ir ao vosso site dizer que tinha sido prejudicado esses comentarios não seriam publicados,mas aqui nós damos liberdade de espressão ás pessoas.
Mas tenho que discordar de si,porque temos o jogo filmado e o penalty é bem fora da area,ficou mais um por marcar a nosso favor sobre o Tavares e o golo do empate é limpo.Ganhou a melhor equipa da serie,mas mesmo assim temos que admitir que voçês até deram luta,ainda bem que este campeonato tem sido um passeio.

Anónimo disse...

O penalty foi pura invenção do Sr. árbitro, que foi habilidoso quiça tendencioso até nos cartões, ao transformar uma falta clara fora da área, num penalty fantasma. O 2º golo foi perfeiramente legal. É só ver o filme do jogo. Arbitragem muito má.
Parabéns ao Beira-Mar e seus técnicos, por este grupo de jogadores fantásticos, que mais uma vez mostraram que foram a melhor equipa em campo a jogar futebol e não pontapé para o ar. Humildade, querer e raça não lhes falta. Muitos parabéns e continuem rapazes.
H.S.

Anónimo disse...

Sr Manuel António não se desculpe com arbitragens!
Já agora grite menos com os atletas pode ser que eles joguem mais e melhor.
Abraço Beiramarense!

Manuel Antonio disse...

Reafirmo, porque foi à minha frente que o lance finalisa bem dentro da área e que ficou por mostrar o cartão vermelho.
Quanto ao gritar não vos ouvi esses comentários na época passada.
Quanto ao conhecimento dos dois clubes eu posso falar com conhecimento de causa pois passei aí sete anos de que me orgulho muito.
Se me puder provar que o lance é efectivamente ilegal eu faço mea-culpa.