JUNIORES A: Mais uma etapa vencida!

SC Beira-Mar, 3 - Lusitano FC (Vildemoínhos), 0
(0-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar cumpriu a sua missão no jogo que hoje disputou no Estádio Mário Duarte, ao levar de vencida por 3 golos sem resposta o Lusitano de Vildemoínhos, continuando, desta forma, a sua corrida ao apuramento para a 2ª fase do campeonato nacional da 2ª divisão. Os auri-negros mantiveram o 3º lugar mas aproximaram-se dos dois da frente, beneficiando da derrota da Sanjoanense e do empate do Espinho.
A vitória foi alcançada na 2ª parte, período onde a equipa, finalmente, começou a funcionar, já que durante o período inicial se assistiu a uma exibição muito pálida dos comandados de António Luís.
O técnico aveirense escolheu, para o jogo onde não se podia falhar, os seguintes atletas:
Ricardo Barros (gr); Berna, Granja, Beato e Bryan; André Vaz (cap), Filipe Vieira e Francisco Griné; Nilson (Mathieu, int), Hugo Seixas (Paulo Sousa, 85') e Nelson (Igor, 79').
Suplentes não utilizados: Diogo (gr) e Rui Santos.
O Beira-Mar entrou muito mal no jogo e, durante sensivelmente a primeira meia-hora, assistiu-se a um espectáculo sensaborão, a uma partida aborrecida para o espectador, sem grandes motivos para agitações nas bancadas. Ainda que a iniciativa de jogo pertencesse ao Beira-Mar (ora em ataque organizado, ora, muitas vezes, recorrendo a um futebol directo, procurando explorar a velocidade de Nilson e de Nelson), os auri-negros não criaram, na primeira meia hora, uma única situação para fazer golo. Foram mesmo os viseenses que deram o primeiro sinal de perigo, aos 10', mas não souberam aproveitar a superioridade numérica gerada por uma perda de bola em zona recuada. E, aos 18', é Ricardo que é novamente posto à prova, através de um remate forte desferido de fora da área, que lhe proporcionou defesa apertada para canto. O tempo foi-se escoando, os aveirenses tinham mais bola, mas não provocavam mossa ao adversário, que apostava em transições rápidas e no erro contrário.

O abanão surgiu, finalmente, aos 33', quando Nilson isola Hugo Seixas que, na cara do guardião do Lusitano, não tem arte para o desfeitear e atira ao lado do poste. A equipa como que acordou com este lance e melhorou o seu jogo a partir daí. Aos 38' Francisco Griné tem uma incursão pelo lado direito, entra na área e remata em corrida para uma defesa de recurso do guardião forasteiro para canto. Antes do descanso, aos 41', novo lance em que os beiramarenses poderiam ter chegado à vantagem, com Griné novamente como protagonista. O lance desenrola-se, novamente, pelo flanco direito, com o médio ofensivo do Beira-Mar a "partir os rins" aos seus adversários e a atrasar da linha de fundo para o corte providencial de um defesa contrário, quando estavam 2 jogadores da casa prontos para a finalização fácil.
Esta ponta final da 1ª parte, onde se notou uma melhoria na qualidade do jogo e do caudal ofensivo do Beira-Mar, teve continuidade na 2ª parte, com uma entrada muito forte, que acabaria por dar os seus frutos. Logo aos 2', Mathieu recebe na área, de costas para a baliza, rodopiou sobre o adversário, ganhou a linha de fundo e deu para a boca da baliza, onde surgiu um contrário a safar o perigo. Aos 5', foi Nelson, bem aberto na direita, a ser servido e a tirar um cruzamento para uma intervenção muito difícil do guarda-redes de Vildemoínhos com os punhos, tendo Mathieu a incomodá-lo.

A intensificação da pressão auri-negra levaria ao primeiro golo, que surgiu aos 6', por Mathieu, que é isolado por Seixas e rematou para o 1-0, perante a saída desesperada do guardião Luís. Animados pelo golo, os auri-negros estiveram à beira de ampliar,  passados apenas mais 2 minutos. Mathieu está novamente no lance, sendo servido no lado esquerdo, de onde tira um cruzamento ao primeiro poste, para um soberbo desvio de cabeça de Seixas, que leva a bola a embater no poste contrário. Gorada esta flagrante oportunidade, a equipa de António Luís continuou na procura do golo da tranquilidade. que poderia ter surgido aos 10', quando Nelson recebe a bola endossada por Seixas na zona de grande penalidade, não aproveitando a situação privilegiada por acção de um opositor. A esta entrada de rompante dos aveirenses no período complementar, seguiu-se um período onde o Lusitano pôde respirar melhor, não havendo grandes lances dignos de registo. Estava-se nesta fase do jogo, quando surgiu o 2-0, através de um lance de bola parada. Filipe Vieira bate um pontapé livre na direita, ao qual corresponde Beato com uma entrada de cabeça que surpreendeu os viseenses. Estavam decorridos 25' da 2ª parte e este golo provocou uma reacção da equipa forasteira que, pouco tempo depois (28') poderia ter reduzido a desvantagem. Valeu a soberba intervenção de Ricardo que negou o golo ao adversário, que rematou uma bola de cabeça, quase à queima-roupa, após a marcação de um canto. Aos 33', nova ocasião para os visitantes, na sequência de um remate cruzado da esquerda, que não passou muito longe do poste mais distante. Era o Beira-Mar que jogava agora no contra-golpe e disso se poderia ter aproveitado, aos 39', se Seixas fosse um pouco menos individualista e tivesse servido colegas melhor colocados, no seguimento de uma jogada em que tentou o remate de ângulo muito difícil, após grande arrancada pela direita. Golo que poderia ter acontecido novamente, aos 42', quando Filipe Vieira, na marcação de um livre, no enfiamento da grande área, do lado direito, proporciona um excelente golpe de cabeça a Mathieu, que erra o alvo por pouco. A partida, que já estava ganha, conheceria os contornos definitivos do marcador no primeiro minuto de compensação dado pelo árbitro. Berna marca um canto do lado direito, a bola é sacudida para o mesmo jogador, que faz segundo cruzamento, ao qual corresponde Beato, para de cabeça, em arco, bisar na partida e fixar o resultado no 3-0 final.
Vitória justa de uma equipa que tardou a surgir, mas que acabou por obter o que era mais importante para este jogo - os 3 pontos. O árbitro da partida teve o seu trabalho ensombrado pelo mau auxílio prestado pelo ajudante do lado da bancada nascente que, no decorrer da 1ª parte, arrancou dois foras-de-jogo ao ataque aveirense, que inviabilizaram duas jogadas de golo iminente.