SC Beira-Mar, 2 - UD Oliveirense, 1
(1-1, ao intervalo)
O Beira-Mar sentiu muitas dificuldades para levar de vencida a bem organizada equipa da Oliveirense, numa partida disputada no sábado de manhã, no Campo do Seminário, batendo o seu adversário por tangencial 2-1. Com esta vitória, que acabou por ser justa, apesar de difícil, os aveirenses mantêm-se no topo da classificação do campeonato distrital, agora apenas com o Feirense como companhia.
A entrada muito forte da turma de Ricardo Pinheiro não deixava antever os obstáculos que mais tarde encontraria, mas a robusta e bem estruturada defesa adversária foi obrigando, ainda na 1ª parte, ao decréscimo da qualidade do jogo do Beira-Mar, que fez um 2º período muito longe daquilo de que é capaz.
O Beira-Mar iniciou o jogo com:
Pouseiro (gr); Bernardo (cap) e Leo; Terrinca, Gil e Gonçalo; Didi.
Jogaram também neste período: Fábio, Miguel e Portugal.
O Beira-Mar entrou muito bem no jogo, dominador, com a atitude de quem quer ganhar e o mais rapidamente que for possível. Logo no primeiro minuto, na sequência da marcação de um canto, Leo falha, à boca da baliza, um golo quase certo. Aos 3', Didi, que jogou adoentado, em jogada individual, dispara forte para uma grande defesa do guarda-redes da Oliveirense para canto. Na marcação deste, Terrinca proporciona a Bernardo uma entrada fulgurante de cabeça, com o "capitão" auri-negro a falhar o golo por muito pouco. Até que esta persistência dos donos do terreno acabou por ditar o óbvio e o Beira-Mar chegou à vantagem, aos 7'. O 1-0 resulta de uma jogada de insistência em que o seu autor (Gil) demonstrou toda a capacidade técnica de que dispõe e, após uma primeira defesa do guardião contrário, acaba por o ultrapassar, com uma primorosa finta curta, em que o deixou deitado no chão, atirando para o fundo da baliza.
Com a vantagem no marcador, a equipa auri-negra não desacelerou e, aos 12', na transformação de um livre, Bernardo proporciona ao guarda-redes visitante uma boa defesa para canto. Os forasteiros fazem o seu primeiro remate apenas aos 13', mas Pouseiro resolve, também com uma boa defesa. Gonçalo respondeu, aos 16', com um grande remate de fora da área, após uma iniciativa individual, proporcionando mais uma excelente defesa ao excelente guardião de Oliveira de Azeméis.
Na parte final da primeira etapa, a Oliveirense, que até aí se tinha remetido a uma defesa porfiada, assente num bom guarda-redes e na boa envergadura física e capacidade técnica do defesa central e do seu "capitão", equilibrou o jogo e, aos 21', dispõe de um livre, descaído para o lado esquerdo, com o remate a partir forte e a roçar a parte superior da barra da baliza defendida por Pouseiro. Passados dois minutos, grande oportunidade de golo para os visitantes, com Pouseiro a negar o empate, segurando o remate de um adversário isolado, que ganhou um ressalto após reposição da bola em jogo pelo guarda-redes. Apesar de estarmos numa fase do jogo onde já se verificava uma quebra no nível apresentado pelos auri-negros, Didi, aos 28', através de uma boa jogada pela direita, proporciona mais uma grande oportunidade de golo a Leo, que entra de cabeça, mas desperdiça o centro do colega e atira ao lado. Em cima do apito para o descanso, um penalti, tão indiscutível (derrube claro), quanto desnecessário, é assinalado a favor da Oliveirense, que não desperdiça para fazer o 1-1 com que se chegou ao intervalo.
Resultado injusto aquele que se verificava no final dos primeiros 30', tendo em conta o bom futebol apresentado pelo Beira-Mar na fase inicial, mas que castiga o adormecimento auri-negro que se verificou a seguir e que permitiu à Oliveirense equilibrar e passar a aproximar-se mais das redes de Pouseiro.
Para a 2ª parte, Ricardo Pinheiro apresentou:
Pouseiro (gr); Bernardo e Leo; Miguel, Gil e Gonçalo; Fábio.
Também jogaram: Didi, J. Gonçalo e Henrique (gr).
O Beira-Mar acusou muito o golo do empate sofrido em cima do intervalo e entrou muito nervoso para a 2ª parte, realizando uma etapa complementar de fraca qualidade. Aos 6', os oliveirenses dispõem mesmo de uma soberana oportunidade para se adiantarem no marcador, mas volta a ser Pouseiro a negar o golo a um adversário, que lhe apareceu sozinho pela frente. Os aveirenses responderam, aos 8', através da marcação de um livre, por Miguel Morgado, que proporciona mais uma boa defesa para canto ao guarda-redes. A Oliveirense ia-se defendendo muito bem, ganhando confiança, na exacta proporção da ansiedade dos aveirenses e, aos 10', estes vêem também a dupla de arbitragem colocar-lhes mais obstáculos, ao não assinalar uma grande penalidade por derrube a Fábio (tão clara como a que fora marcada, na 1ª parte, a favor da Oliveirense). O tempo ia-se escoando e não se estava a ver como é que a equipa do Beira-Mar, a jogar como o estava a fazer, conseguiria derrubar a bem robusta muralha da Oliveirense. Pois, foi "à bomba"! Aos 21', quando a descrença já começava a tomar lugar, o nosso "capitão" Bernardo, bem do "meio-da-rua", arrancou um violento pontapé, em arco, que surpreendeu a todos e só parou nas malhas de baliza forasteira. Estava feito o 2-1, derrubada a resistência da equipa de Oliveira de Azeméis e, até ao final do jogo, esta vantagem foi gerida com muita inteligência, nunca proporcionando ao adversário oportunidade para voltar a chegar ao golo. Fábio, no minuto seguinte ao golo, em jogada individual, teve ocasião soberana para ampliar o marcador e matar definitivamente o jogo, mas, isolado, atirou contra o guarda-redes.
Em resumo, vitória justa, sofrida, contra um adversário que defendeu muito bem, num jogo não muito bem conseguido pelos auri-negros (sobretudo na 2ª parte) e que teve uma arbitragem com dualidade de critérios.
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2 comentários:
Tenho dúvidas que o campo tenha as medidas mínimas; Como é possível realizar jogos de Futebol 7 em campos de Futebol 5?
Quanto à dualidade de critérios da arbitragem...quem viu o jogo não se deixará influenciar!
Por acaso tem as mesmas medidas do minusculo campo de futebol de 7 da Oliveirense
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