domingo, 17 de abril de 2011

JUNIORES B: Golear, apesar do desperdício...

SC Beira-Mar, 5 - FC Pampilhosa, 0
(3-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar, que disputa o campeonato distrital da 1ª divisão, alcançou, na manhã de sábado, no bem tratado relvado principal do estádio Mário Duarte, uma importante vitória sobre o Pampilhosa, reforçando, na tabela classificativa, uma posição que a coloca na linha daqueles que são os seus objectivos.
O resultado (5-0) é ainda consequência de uma bela partida levada a cabo pela formação orientada por António Luís, que desenvolveu um futebol de muita qualidade e que subjugou, por completo e ao longo de todo o jogo, o nosso adversário. Apesar de se ter chegado à goleada, poder-se-ia ter construído um resultado "histórico", tantas e tão flagrantes foram as oportunidades de golo esbanjadas durante o segundo tempo, algumas delas falhadas de forma absolutamente incrível.
Os auri-negros apresentaram-se com:
Samuel (gr); Leandro, Lobo (cap), Miguel (Francisco, int) e Wilson Campos; Mika, Balacó (Pedro Ribeiro, 58') e Ricardo Castro; Cassamá, Marc (João Valente, 58') e Pité.
A equipa do Beira-Mar, que se apresentou com uma equipa que será a base da sua equipa de juniores da próxima época (7 atletas juniores de 1º ano e 7 atletas juvenis de 2º ano), entrou muito bem no jogo e, como resultado da bela exibição desenvolvida, aos 17' já vencia por 3-0! Marc abriu o marcador, logo aos 5', resultado de uma bela jogada de combinação de ataque entre Balacó, Cassamá e o marcador do 1-0, que disparou forte, bem dentro da grande área, não dando quaisquer hipóteses de defesa ao guardião contrário e obtendo um golo de belo efeito. Aos 15', o mesmo Marc estaria na origem do 2-0, um auto-golo do defesa nº 5 da Pampilhosa, que numa tentativa desesperada de cortar um passe atrasado do goleador aveirense, lançado muito a propósito na direita, introduziu a bola nas suas próprias redes. Pouco depois, aos 17', novamente na sequência de mais uma excelente jogada de ataque da equipa da casa, que nos deliciava com um futebol de elevada qualidade, o placard elevava-se para 3-0 e o jogo ficava, praticamente, decidido. Marc foi mais uma vez servido na direita, mas o seu centro largo obrigou Pité a reiniciar o lance do lado contrário, livrando-se do seu marcador, progredindo em direcção à baliza e servindo, com um passe atrasado, Balacó, que, em posição frontal, atira com êxito para a baliza do Pampilhosa.
Os primeiros 45 minutos foram de domínio e controlo totais por parte da equipa do Beira-Mar, servindo-se de uma magnífica posse e circulação permanente da bola, que obrigava os atletas contrários a correrem bastante na tentativa da sua conquista, provocando-lhes um enorme desgaste, tanto físico como psicológico. Só assim se compreende a atitude do seu atleta nº 10, expulso aos 40', por uma agressão despropositada a Pité. Samuel teve uma etapa inicial descansada e só aos 10', na sequência de um livre assinalado em cima da linha limite da grande área aveirense, o Pampilhosa conseguiu rematar à baliza do Beira-Mar, contudo, sem perigo.
Se na primeira parte foi tempo de marcar e garantir a vitória, a etapa complementar, que acentuou o domínio completo da formação visitada (um autêntico sufoco, em que cada jogada de ataque correspondia praticamente a uma situação de perigo para a baliza do Pampilhosa), foi caracterizada pelo desperdício absolutamente inacreditável do Beira-Mar, que teve em Cassamá (pese embora os 2 golos que viria a marcar) o expoente máximo dessa falta de pontaria.
O festival de golos perdidos, antes da obtenção do 4-0, que só surgiria, aos 76', na transformação de uma grande penalidade clara sobre Lobo (Cassamá, desta feita, não desperdiçou), começou logo no primeiro minuto e sucedeu-se a um ritmo impressionante, sendo que, se houve mérito nalguns lances para as intervenções do guardião da Pampilhosa, em muitas oportunidades o que relevou foi a inépcia mostrada no momento da finalização pelos nossos jogadores. Há dias assim! Marc (46' e 53'), Cassamá (47', 62', 63', 67', 68' e 74'), Pité (56') e Leandro (61') estiveram em lances em que o mais incrível foi a bola não ter entrado e fizeram adiar o ampliar do marcador para o momento do penalti já referido.
Nesta segunda parte, Samuel continuou com a sua manhã tranquila e apenas viu, aos 86', em jogada de contra-ataque, o jogador nº 2 do Pampilhosa rematar por alto à sua baliza. No minuto seguinte, Cassamá fixaria o resultado final em 5-0, aproveitando um ressalto na grande área adversária, mas a eficácia que revelou neste lance e que foi, neste jogo, a excepção à regra verificada, não teve seguimento, aos 89', num lance em que o veloz extremo aveirense voltou a falhar o golo de baliza aberta.
Em suma, bom jogo, boa vitória, exibição de muita qualidade e excesso de golos fáceis falhados, que não tendo tido influência no desfecho desta partida, poderá vir a ser muito penalizador em situações de maior equilíbrio entre as equipas.

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