domingo, 14 de agosto de 2011

JUVENIS: Auri-negros batidos no terreno do Padroense

Padroense FC, 2 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Com golos no início de cada uma das partes do jogo, o Padroense acabou por derrotar esta manhã a equipa do SC Beira-Mar, por 2-0, na jornada inaugural do campeonato nacional de juvenis. A partida teve uma primeira parte de grande equilíbrio, que não justificava a vantagem tangencial com que os da casa chegaram ao intervalo. Com novo e definitivo golo logo no início do segundo tempo, a equipa do Padroense tranquilizou-se, ao mesmo tempo que os jogadores auri-negros acusavam o toque, não se tendo encontrado nos 40 minutos complementares da partida.
As derrotas nunca são bem-vindas, mas é preciso ter presente que o Beira-Mar perdeu contra um conjunto de atletas que, há bem pouco tempo, se sagraram campeões nacionais na categoria de iniciados. Há ali muita qualidade, que ainda foi contrariada nos primeiros 40 minutos de jogo, nos quais os comandados de Aguinaldo Melo e Edmundo Ferreira jogaram de igual para igual com o seu adversário, claudicando apenas após o segundo golo, que galvanizou os donos do terreno para uma exibição em que a posse e a circulação de bola foram as notas dominantes. Vitória justa, em suma, do Padroense, com uma boa resposta do Beira-Mar na primeira parte, período em que mostrou ter argumentos para dar muitas alegrias aos seus seguidores.
No campo de treinos do Padroense FC, a equipa do SC Beira-Mar apresentou-se com:
Hugo (gr); Rúben Marques, Fábio (Duílio, 63'), João Rafael e Filipe Melo (Bruno Filipe, int.); André Silva, Pedro Aparício e Diogo M. Carvalho; Diogo H. Carvalho (Hugo Custódio, int.), Ricardo Tavares e Henrique.
Suplentes não utilizados: Canha (gr), Pedro Salgado e Ricardo Pinto.
Desenrolava-se o jogo de uma forma de perfeito equilíbrio quando, algo inesperadamente, aos 8', o Padroense se adiantou no marcador, no seguimento de um lance fortuito, pela direita, com a bola a sofrer um desvio e a chegar a Barbosa, que, na pequena área, se elevou de cabeça e atirou para o 1-0.
A equipa auri-negra, que jogava descomplexadamente, não temendo o seu adversário, reagiu bem à desvantagem inicial e, por duas ocasiões, poderia ter atingido a igualdade. Primeiro, aos 10', foi João Rafael que teve na cabeça o golo do empate, após canto na esquerda, mas o seu remate passou a rasar o poste mais distante, com o guardião Filipe a seguir a trajectória da bola com os olhos. Depois, aos 14', foi Pedro Aparício, que penetrou muito bem pelo meio, isolou-se mas adiantou em demasia a bola, permitindo a intervenção adversária e perdendo excelente oportunidade.
Valia, pois, a eficácia do Padroense, que só não foi total porque, aos 18', no seguimento de uma jogada de contra-ataque, Rúben Marques anula uma boa situação de golo, fazendo um corte providencial a remate de Sérgio, naquela que foi a segunda e última oportunidade dos donos do terreno nesta etapa inicial.
Os auri-negros não mereciam a desvantagem e esta bem que poderia ter sido anulada antes das equipas recolherem às cabinas, quando, aos 35', no seguimento de uma excelente jogada pela direita, Rúben coloca a bola no coração da área para um cabeceamento de Henrique que passou ligeiramente ao lado.
Aguinaldo Melo mexeu na equipa ao intervalo, fazendo duas alterações, procurando, com a entrada de Hugo Custódio, dar mais poder na parte ofensiva dos aveirenses. A verdae é que as suas intenções praticamente ruíram, aos 43', com a obtenção do 2-0, num lance em que Sérgio (bom jogador) aproveita uma perda de bola em zona proibida para rematar de fora da área, fora do alcance do esforçado Hugo.
Este golo, como já dissemos, mexeu muito com o estado de espírito das duas equipas, passando o Padroense a dominar como até aí não o tinha feito, tendo os pupilos de Aguinaldo Melo acusado em demasia este novo golpe. Foi, pois, sem surpresas que o Padroense, aos 48', poderia de novo ter ampliado a vantagem, quando Bruno Filipe faz falta clara sobre o nº 11 da casa, originando a marcação de uma grande penalidade que Sérgio não aproveitou, rematando para fora, com a bola ainda a bater no poste direito da baliza de Hugo, que deu a sensação que defenderia a bola já que foi para esse lado que se lançou.
Sem grandes argumentos, o Beira-Mar via o tempo passar sem ter capacidade para chegar à baliza de Filipe, dando sempre a impressão que poderia ser o Padroense a chegar ao terceiro golo (ainda que não tivessem criado oportunidades para o fazer) mais depressa que os aveirenses pudessem reduzir.
Foi apenas no período de compensações que o Beira-Mar voltou a incomodar o último reduto do Padroense, num lance em que Hugo Custódio, no seguimento de um canto na direita, vê um defesa da casa, em cima da linha de golo, negar-lhe o amenizar da desvantagem no marcador. No lance seguinte, foi Pedro Aparício, numa boa penetração pelo meio, que visou em posição frontal, à entrada da área, a baliza do Padroense, mas o seu remate saiu à figura do guardião Filipe. Em cima do apito para o final do jogo, foi Hugo que teve a sorte pelo seu lado, ao ver um forte remate, desferido de fora da área pelo irrequieto jogador nº 11, ser devolvido pela barra. Mas esse seria um castigo demasiado duro e imerecido para as hostes auri-negras, que receberão o FC Porto na próxima jornada.

Sem comentários: