domingo, 25 de setembro de 2011

JUNIORES A: 2º golo precipitou goleada

A Académica C, 5 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

Na sua segunda deslocação no campeonato nacional de juniores da 2ª divisão, o Beira-Mar voltou a sofrer pesada derrota, desta feita frente à Académica de Coimbra, que saiu vencedora por 5 golos sem resposta. Pode quase dizer-se que este jogo foi um decalque do desaire sofrido no terreno do Padroense, com os nossos adversários a adiantarem-se no marcador no decorrer do primeiro tempo, a sofrerem depois com a reacção auri-negra em busca do empate, para tudo se precipitar no segundo tempo após a obtenção do segundo golo, que mais uma vez, e agora de forma ainda mais evidente, fez quebrar anímica e fisicamente a formação aveirense.
Quando se perde por 5-0, a justiça do vencedor não pode ser posta em causa, mas convém deixar bem claro que, do mesmo modo que quando se ganha raramente tudo está bem, também nas derrotas nem tudo é tão mau quanto os números deixam transparecer. Pior, na nossa opinião, foi a falta de humildade e de "fair-play" revelada pela equipa que ganhou, mas isto não soma pontos para o campeonato.
A goleada estudantil começou com um golo "fantasma", aos 12', na sequência de um pontapé de canto, apenas visto pelo auxiliar do árbitro leiriense Sr. Paulo Ferrás, que, de resto, realizou um magnífico trabalho, não condescendendo, ao contrário do que é costume ver-se nos campos deste país, com o anti-jogo (perdas de tempo) dos academistas após alcançarem a vantagem.
Efectivamente, a Académica começou a temer o Beira-Mar, que em nada foi inferior ao seu opositor durante o primeiro tempo e Cassamá dispôs mesmo, aos 26' (já depois de Mika ter ameaçado anteriormente com um remate muito perigoso desviado para canto), de soberana ocasião para igualar o marcador. Mas os conimbricenses, mais experientes e recorrendo a todos os expedientes para quebrar o ritmo de jogo, aproveitavam a intranquilidade de uma equipa que precisa de uma vitória para estabilizar e criaram também lances de perigo, aos 27', 28' e 37'.
Na etapa complementar, o Beira-Mar entrou melhor, continuando na procura do empate, que poderia ter surgido logo no primeiro minuto, com Cassamá a perder uma oportunidade de baliza aberta, após passe/cruzamento da direita do recém-entrado Marc.
Num período de maior pendor atacante dos aveirenses, a equipa anfitriã, muito perigosa nos lances de bola parada, voltou a pôr Samuel à prova, aos 52', na sequência da marcação de um pontapé de canto, com o guardião a fazer uma defesa acrobática e a negar o segundo golo.
A partida equilibrava-se e Cassamá, aos 63', aberto na direita, em lance de contra-ataque, teve nos pés mais uma boa ocasião, mas depois de entrar sozinho na área, optou pelo passe para a zona central e o lance perdeu-se. Menos perdulária foi a Académica, que, no minuto seguinte, também numa transição rápida, chega com grande simplicidade ao 2-0, com o marcador a finalizar à vontade, à boca da baliza, um passe vindo da direita.
Tal como já dissemos, à semelhança do acontecido contra o Padroense, a equipa do Beira-Mar quebrou com este segundo golo e as facilidades que passou a conceder ao seu adversário foram por este bem aproveitadas para construir um resultado dilatado, com mais 3 golos obtidos, aos 70', 78' e 88', que cimentaram uma vitória exagerada, mas que não pode sofrer contestação.
No estádio Municipal Sérgio Conceição, em Taveiro, António Luís apresentou:
Samuel (gr); Nito (Francisco, 76'), Rui Santos, Diogo e Wilson Rubio (Marc, int); Mika (cap), Xavi (Tiago Azevedo, 67'), Ricardo Castro e Ricardo Figueiredo; Leandro e Cassamá.
Suplentes não utilizados: Hugo (gr) e Manuel Martins.

Sem comentários: