domingo, 11 de setembro de 2011

JUNIORES A: Falsa partida

Padroense FC, 4 - SC Beira-Mar, 0
(1-0, ao intervalo)

A equipa de juniores do SC Beira-Mar teve uma estreia infeliz na 1ª jornada do campeonato nacional da 2ª divisão, acabando por ser derrotada, por expressivos 4-0, na sua deslocação ao terreno do Padroense, resultado algo exagerado, tendo em conta aquilo a que se assistiu no encontro, ainda que a vitória dos donos do terreno não sofra contestação. Esta assentou sobretudo numa qualidade acima da média de muitos dos executantes da equipa matosinhense e da terrível eficácia que demonstraram no momento da finalização. Do lado auri-negro, ainda com muitas indefinições no seu plantel, resta aperfeiçoar as coisas boas de que já deram mostras e corrigir alguns erros que não podem ser concedidos a adversários deste gabarito.
Sob uma arbitragem de que não gostámos (sem influência no resultado) do Sr. Jorge Brito, da AF Viana do Castelo, as equipas apresentaram:
Padroense FC: João (gr); Carlos, Miguel, Rui e Pedro; Cardoso, Andrade e Rafa; Brandão (Negrão, 88'), Filipe (Gonçalo, 78') e Gazela (Grade, 74').
Suplentes não utilizados: Ricardo (gr), Tiago, Leandro e Guga.
SC Beira-Mar: Samuel (gr); Nito, Manuel, Rui Santos e Wilson Rubio; Mika, Francisco (Greno, 73'), Balacó (Xavi, int) e Leandro (João Ferreira, 84'); Ricardo Figueiredo e Marc.
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr) e Miguel.
O Beira-Mar foi a equipa que melhor entrou no jogo, tendo-lhe pertencido a primeira e flagrante oportunidade de golo. O lance ocorreu aos 6' e resultou de uma boa jogada pelo flanco esquerdo, com Leandro a fazer o cruzamento para a área, onde surgiu Marc, na cara do guardião João, a rematar de cabeça sobre o travessão.
Mas o Padroense, que só aos 10' tinha criado algum perigo num lance de bola parada (Miguel cabeceou por cima da barra após um canto na direita), chegaria à vantagem, aos 17', num golo de belo efeito em que ficaram na retina a boa iniciativa de Rafa, pelo corredor esquerdo, e a acrobática execução de Gazela, que fez o 1-0 com um remate em suspensão, dando o melhor seguimento ao cruzamento do seu colega.
Este momento marcou uma viragem no jogo, com os donos do terreno a terem maior iniciativa de que resultaram alguns lances de muito perigo para a baliza de Samuel, que passou a estar em evidência, negando o golo a Filipe, aos 23', com um desvio para canto e a Miguel, aos 26', fazendo uma defesa do outro mundo após cabeceamento do central matosinhense.
Até ao final do primeiro tempo, registo para 3 lances de que poderiam ter resultado alterações no marcador. Aos 39', na sequência de um pontapé de canto, Manuel, em boa posição na área do Padroense, falha o remate e a possibilidade do empate. Samuel voltaria a estar em evidência, aos 42', negando o golo mais uma vez a Filipe, que lhe surgiu isolado na frente. Do outro lado, o guardião João, aos 44', teve também uma boa intervenção, evitando o golo do empate a remate de Ricardo Figueiredo.
A formação de António Luís e Flávio Almeida voltou a entrar melhor no segundo tempo, tendo como missão anular rapidamente a desvantagem com que tinha recolhido às cabinas. Na fase inicial teve mais posse de bola, obrigou o adversário a recuar para o seu maio campo, mas, na verdade, não criou nenhuma flagrante oportunidade de golo. Fez apenas com que o Padroense a respeitasse e tivesse mesmo algum receio, factos que eram evidenciados com as demoras que demonstravam na reposição de bolas em campo.
Mas, aos 66', tudo mudou. O Padroense beneficia de um livre no enfiamento da grande área, sobre a esquerda e, desta vez, Miguel não perdoou e cabeceou para o 2-0, fazendo o golo na primeira situação em que a bola chegava à baliza de Samuel na etapa complementar.
Este segundo golo foi muito sentido pela formação aveirense, que, pouco depois, aos 71', sofreria novo revés, com a obtenção do 3-0 por Gazela, que bisou numa bela iniciativa individual, fazendo uma diagonal da direita para o meio, que culminou com um remate ao ângulo superior direito da baliza de Samuel, que nada pôde fazer.
Sem nunca ter deixado de lutar, a missão dos auri-negros era, a partir desse momento quase impossível, sendo ainda vítima dos 100 por cento de eficácia da equipa do Padroense no segundo tempo, período em que obteve 3 golos nas 3 oportunidades de que dispôs. O 4-0 aconteceu em cima dos 90' regulamentares, através de Gonçalo, que rematou de cabeça para o golo, aproveitando bem o cruzamento da esquerda de Pedro e a passividade que neste lance a defensiva aveirense demonstrou.
Vitória justa do Padroense, por números exageradamente desnivelados, num jogo em que o rigor excessivo do árbitro, em termos disciplinares, levou à expulsão de Rui Santos, em período de compensação, por duplo amarelo.

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