INICIADOS A: Qualificação sem brilho

SC Beira-Mar, 2 - GD Gafanha, 2
(2-0, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar carimbou esta manhã o passaporte para a 2ª fase do campeonato nacional da categoria, ao empatar (2-2), no estádio Mário Duarte, com o GD Gafanha, tornando irreversível para o seu adversário de hoje, que manteve os 6 pontos de desvantagem para os auri-negros, a possibilidade de chegar ao 2º lugar da série C, quando apenas faltam disputar mais 2 jogos.
O objetivo da equipa orientada por João Amaral foi alcançado, porém, em tons algo pálidos, fruto de um jogo pouco conseguido e em que permitiu a recuperação de 2 golos ao seu adversário. Com efeito, a ganhar por 2-0 ao intervalo, consequência do golo oportuno de Rui Ladeiro, que marcou mais uma vez ao Gafanha, e de uma grande penalidade convertida por André Santos, os auri-negros consentiram o empate na segunda parte, como resultado de duas enormes falhas defensivas, bem aproveitadas pelos sagazes jogadores "azuis".
O resultado acaba por ser justo já que, dentro da mediania do jogo, que valeu mais pela emoção e paixão suscitadas, o Beira-Mar foi superior na 1ª parte, mas consentiu uma boa reação do Gafanha na etapa complementar, que aproveitou bem um inexplicável nervoso miudinho que os nossos jovens evidenciaram para chegar à igualdade.
João Amaral fez alinhar para este encontro os seguintes jogadores:
Diogo (gr); Bruno Matos, Marcos Dias (Lane, 48'), Nuno Silva e Ricardo Mango; João Neves (cap) (Miguel Bastos, 64'), Nuno Regêncio, Rui Ladeiro e André Santos; Jorge Rodrigues e Manu.
Suplentes não utilizados: João Pedro (gr), João Gonçalves, Rafa, Gi e Ivan.

Quando, aos 19', o Beira-Mar se encontrava já em vantagem, por 2-0, chegou a pensar-se que o mais difícil estava feito e que a equipa do Gafanha não conseguiria resistir ao favoritismo atribuído aos auri-negros à partida para este jogo. A verdade é que não foi assim e a fase inicial da partida também não foi isso que demonstrou.
Se é verdade que, logo aos 9', Jorge Rodrigues, à vontade ao segundo poste, enviou a bola ao ferro, vinda de um cruzamento largo da esquerda, de Manu, os "azuis"  da Gafanha ripostaram no minuto seguinte, enviando também uma bola ao poste, num remate cruzado da direita e voltaram a criar muito perigo, aos 13', aproveitando uma indecisão na grande área aveirense para o nº 17 rematar, em boa posição, por cima da barra, deixando mais um aviso.
Mas este equilíbrio inicial desfez-se logo de seguida, aos 14', quando Rui Ladeiro aproveita bem uma sobra na área, após livre rasteiro da esquerda de André, para empurrar para o 1-0. Um pouco mais à frente, aos 19', na sequência de uma grande penalidade clara cometida sobre o mesmo Rui Ladeiro, André Santos converte-a superiormente e faz o 2-0.
Até ao intervalo,  se a reação do Gafanha foi incapaz de criar qualquer perigo para a baliza de Diogo, também é verdade que os donos da casa nunca souberam aproveitar a vantagem de que dispunham no marcador para, com tranquilidade, fazerem o seu jogo, em que poderiam ter desgastado o adversário e, eventualmente, ter desferido o golpe final.

A vantagem de 2-0 poderá ter criado alguma ilusão nos jovens auri negros, mas estes não estavam, de facto, a realizar um bom jogo e, com isso, deram alguma força ao adversário. este entrou bem no segundo tempo e o nº 10 Monteiro, logo aos 39', apareceu na zona de finalização, acorrendo a um cruzamento da direita que criou muito perigo para a baliza aveirense. Ficou o aviso e, como quem com ferros mata, com ferros morre, foi também na sequência da marcação de um livre, este muito perto da linha do meio campo, que, aos 46', a bola foi colocada na zona da grande penalidade, onde surgiu, livre de marcação, o mesmo Monteiro, de cabeça, a reduzir para 1-2, perante a passividade de toda a defensiva auri negra.
A equipa do Beira-Mar intranquilizou-se ainda mais, perdeu confiança, e isso ficou evidente no lance do qual resultou o empate, aos 57', quando uma falha no eixo defensivo entregou a bola ao "capitão" da equipa contrária, que se isolou e desviou fora do alcance de Diogo, estabelecendo o 2-2 final.
Assistiu-se, depois desta igualdade e com bastante tempo ainda para jogar, a um período de jogo em que o Gafanha, talvez satisfeito com a divisão dos pontos, não foi capaz de aproveitar os desequilíbrios e a intranquilidade de que dava mostras a equipa de João Amaral. Esta, querendo ganhar o jogo, revelou total incapacidade para o fazer, não se tendo registado mais nenhuma situação de golo para qualquer das balizas.
Foi boa a arbitragem do juiz aveirense, Sr. Joel Sousa.