domingo, 17 de fevereiro de 2013

JUNIORES A: Castelo da Feira tomado pelas hostes auri-negras

CD Feirense, 2 - SC Beira-Mar, 3
(0-1, ao intervalo)

Com uns segundos 45 minutos arrasadores, a equipa de juniores do SC Beira-Mar averbou, ontem à tarde, em Santa Maria da Feira, uma importante vitória no campeonato nacional da 2ª divisão, batendo o seu rival do distrito de Aveiro por tangenciais, mas justos, 2-3. A perder por 1-0 ao intervalo, a formação de António Luís rubricou uma segunda parte de grande nível, conseguindo a reviravolta no marcador, que lhe conferiu 3 valiosos pontos na luta pela subida ao escalão maior da categoria. Pité, com 2 golos e uma assistência para o primeiro dos auri-negros, facturado por Ricardo Tavares, comandou a revolta auri-negra, que tomou de assalto o forte "castelo" da Feira.
No complexo Desportivo Feirense, as equipas apresentaram-se com:
CD Feirense: Nuno (gr); Mica, Edu, Almeida (cap) e Pedro (bruno Santos, 77'); Joel, Rena e Fábio (Yiorn, 70'); Tigas, Vasco (gui, 66') e Micael.
Suplentes não utilizados: Ricardo (gr), Nakata, Joãozinho e Diogo.
SC Beira-Mar: Samuel (gr); Xavi, Michael dos Santos, Manel e André Rosa; Balacó, Bernardo Subtil (Diogo Castor, int), Gui Matos e Nanu; Pité (João Rui, 79') e Ricardo Tavares (Henrique, 90+1').
Suplentes não utilizados: Hugo (gr) e Gonçalo.
A primeira fase do jogo foi do Feirense, que entrou muito forte e condicionou bastante a acção dos aveirenses, que mostravam imensa dificuldade em conseguir manter a posse de bola. Não surpreendeu, por isso, que fosse Samuel o primeiro a ver a sua baliza perigar, quando, aos 6', um forte remate de fora da área de Fábio sofre um desvio e passa a centímetros do poste esquerdo.
Passado o primeiro quarto-de-hora de domínio feirense, o jogo acalmou, os auri-negros mostravam-se um pouco mais tranquilos e conseguiram equilibrar as operações. Ainda assim, voltou a pertencer ao Feirense nova situação de perigo, estavam decorridos 25' de jogo. Um cruzamento da direita permite a Tigas o domínio da bola na zona da meia-lua e o remate de pronto que voltou a passar muito perto do mesmo poste esquerdo.
Este lance voltou a dar novo impulso dominador aos locais, mas seria Nanu, numa jogada de contra-ataque, aos 37', que disporia da oportunidade mais flagrante de toda a partida para fazer golo. Num lançamento na direita, o rápido jogador auri-negro ganhou em velocidade a Pedro, isolou-se, entrou na área, mas falhou na finalização, permitindo, na cara de Nuno, a defesa para canto ao guardião "fogaceiro". E como no futebol estes falhanços se costumam pagar caro, no minuto seguinte o Feirense adiantar-se-ia no marcador. O lance do 1-0 nasce de um cruzamento do lado esquerdo do ataque da equipa da casa, com a bola a pingar na área para Vasco, que, no meio da confusão, atirou para o fundo das redes.
Se o resultado ao intervalo se teria de considerar certo, justo é também afirmar que o Beira-Mar arrancou na segunda parte uma extraordinária exibição e que justificou, por isso mesmo, o resultado final que viria a obter. Depois de Nanu ter ameaçado, ainda que com um remate fraco, logo aos 48', dois minutos volvidos Pité enceta um magnífico trabalho na esquerda, que terminou com um cruzamento tenso para um oportuno golpe de cabeça de Ricardo Tavares, que não falhou na boca da baliza e alcançou um vistoso golo.
Se a entrada do Beira-Mar na segunda parte havia sido muito boa, o 1-1 empolgou ainda mais os aveirenses, que criaram, aos 54', novamente com Pité na jogada, outra boa situação para marcar. Só que, desta vez, o cruzamento de Pité, sempre da esquerda, depois de novo excelente trabalho, foi interceptado pelo guardião Nuno, que tirou o "pão da boca" a Castor, que se preparava para finalizar ao segundo poste, mas viu o seu adversário desviar a bola para canto com uma magnífica intervenção.
O 1-2, no entanto, não tardaria, sendo o corolário natural da supremacia da formação de António Luís nesta segunda parte. A jogada, aos 60', é de um notável desenho técnico, com Nanu a servir Xavi, que ganhou a linha de fundo na direita e solicitou a entrada de Pité, mais lesto do que todos na boca do golo a empurrar a bola para o fundo da baliza.
A equipa do Feirense não se encontrava nesta segunda parte e acusou bastante a reviravolta no marcador. Era o Beira-Mar que controlava e foi até com alguma naturalidade que, aos 75', a vantagem auri-negra foi ampliada. O 1-3 é praticamente a papel químico do segundo golo, sendo que, desta vez, foi Castor que serviu o endiabrado Pité para a finalização vitoriosa à boca da baliza.
O resultado poderia ter adquirido contornos de goleada, não fosse Ricardo Tavares, aos 80', ter perdido uma situação de 2 contra 1 e ter acabado por rematar às malhas laterais. Completamente desorientados, os donos do terreno viram ainda, aos 84', o seu "capitão" Almeida quase fazer auto-golo e só foram salvos pela "cabeça" de Edu, que reduziu para 2-3, aos 87', na sequência da marcação de um pontapé de canto. Este golo tardio teve o condão de "ressuscitar" os fogaceiros, que acreditaram até ao fim e viram Samuel negar o empate, quando o jogo já ia no período de "descontos dos descontos", dados pelo árbitro da AF de Viana do Castelo, Sr. Jorge Brito, que teve uma arbitragem com alguns erros, o mais grave de todos o da não expulsão do nº 3 do Feirense.
O candidato mostrou-se, e de que maneira, na segunda parte. Temos equipa!

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