INFANTIS B: Duelo de campeões!

SC Beira-Mar, 3 - CD Feirense, 2
(0-1, ao intervalo)

O Campo do Seminário foi, ontem de manhã, o palco da jornada de abertura da 2ª fase do campeonato distrital de infantis B, colocando frente-a-frente os dois únicos concorrentes da série dos primeiros que contaram por vitórias todos os jogos disputados na 1ª fase da prova. Pelas credenciais apresentadas neste jogo, tanto Beira-Mar, como Feirense, perfilam-se como dois sérios candidatos à luta pelo ceptro distrital da categoria. A vitória tangencial, por 3-2, da equipa de Ricardo Pinheiro é inteiramente justa, porque teve sempre a iniciativa do jogo, conseguindo recuperar, por duas vezes, de uma desvantagem no marcador e mostrando sempre que apenas a vitória lhe interessava nesta partida.
Ricardo Pinheiro apresentou para este jogo:
Pouseiro (gr); Bernardo (cap) e Leo; Terrinca, Gil e Gonçalo; Didi.
Alinharam, ainda, durante a 1ª parte: Fábio, Adriel e Toncha.

Cedo se verificou a qualidade das duas equipas em presença, mas nada fazia prever que, logo aos 2', na marcação de um livre directo, o Feirense chegasse ao 0-1, com a bola a sobrevoar Pouseiro, em balão, e a anichar-se nas redes à sua guarda. O Beira-Mar, que tinha entrado melhor no jogo, não acusou este golo madrugador e reagiu bem, partindo em busca do golo da igualdade. Gonçalo mostrava-se muito activo, pelo seu corredor esquerdo, e à 3ª jogada, com perigo, que protagonizou, aos 9', proporciona a Didi, em boa posição, uma excelente oportunidade de golo, que não é concretizada porque o remate do goleador aveirense é desviado para canto. Aos 12', após uma boa circulação de bola em que o futebol dos auri-negros era fértil, Gil faz um passe a rasgar, novamente para Gonçalo, que cruza para Didi rematar de cabeça, à boca da baliza, fazendo a bola passar por cima da baliza, gorando-se uma magnífica hipótese de igualar o marcador. No minuto seguinte, Gonçalo tenta a sua sorte, com um remate forte, para defesa segura do excelente guardião da Feira. O caudal ofensivo aveirense era intenso, mas incorporava alguns perigos, como o que aconteceu aos 15', com uma perda de bola em zona proibida, a isolar um avançado feirense que, sozinho, falhou o segundo golo, atirando, rasteiro, rente ao poste esquerdo da baliza de Pouseiro. Até ao intervalo, continuou a insistência do Beira-Mar no ataque às redes contrárias, muito bem defendidas por uma equipa bem organizada e um guarda-redes que transmitia muita confiança. Só aos 27', o golo voltou a andar novamente por perto, numa penetração de Adriel, mas o avançado auri-negro é desarmado, quando se preparava para finalizar com perigo. O intervalo chegava e o resultado era inteiramente injusto para os comandados de Ricardo Pinheiro, tendo em conta que fora a equipa que mais tinha assumido o jogo, que melhor futebol tinha praticado e que maior caudal ofensivo tinha produzido.

Para a 2ª parte, Ricardo Pinheiro alterou o seu desenho táctico e apresentou:
Pouseiro (gr); Bernardo; Terrinca, Miguel Morgado e Gonçalo; Didi e Leo.
Entraram ainda: Henrique (gr), Gil, Adriel, Toncha e Fábio.
O figurino do jogo não se alterou no período complementar, em termos de iniciativa, que continuava a pertencer aos da casa (até porque estavam em desvantagem no marcador), que tiveram a primeira oportunidade para chegar ao empate, aos 5', após a marcação de um canto, do lado direito, com Bernardo, de cabeça, em boa posição, a rematar por cima da barra, tendo a bola sido, ainda, desviada para canto. Neste início da 2ª parte, o "perfume" do futebol dos aveirenses não era tão intenso mas, ainda assim, suficiente para que, aos 7', a justiça tivesse chegado, minimamente, ao marcador. Gonçalo está na origem da jogada, tendo a bola seguido para Didi, na esquerda, que faz uma diagonal para dentro e remata na passada para o 1-1, apanhando o guarda-redes do Feirense em contra-pé. Não durou muito a desfazer este empate, uma vez que, aos 11', o Feirense volta adiantar-se, fazendo o 1-2 numa jogada de insistência, com o marcador a rematar já dentro da área, após ganhar todos os ressaltos. A emoção subia, os técnicos mostravam grande azáfama, com alterações sucessivas no xadrez de cada uma das equipas e indicações permanentes para dentro do campo e o público, cá fora, vivia com grande intensidade todas as incidências do jogo. Aos 13', foram os auri-negros novamente a dar largas à sua alegria, quando Leo, de cabeça, após canto marcado por Didi, na esquerda, volta a igualar a partida, fazendo o 2-2. No minuto seguinte, grande remate de Miguel Morgado, de longe, com a bola a passar não muito longe do poste direito. Foi o aviso para o 3-2, que chegaria aos 18', após uma grande abertura de Gil, na direita, em Miguel Morgado, que domina bem a bola e, frente ao guardião contrário, atira a contar, consumando a reviravolta no marcador.

Até final, foi tempo para gerir a primeira vantagem que tinham alcançado neste jogo e, pese embora a grande intensidade colocada sempre pela duas equipas, não houve grandes situações para golo e o marcador não se viria a alterar até ao apito derradeiro do juiz da partida.
Foi uma vitória muito festejada pelos aveirenses e muito sentida pelo adversário, mas trata-se apenas do primeiro de uma maratona de jogos (18) que é necessário percorrer. Nada está ganho, foi apenas um jogo, mas é sempre bom começar a ganhar...