sábado, 11 de setembro de 2010

JUNIORES A: Arranque vitorioso em tarde de muito desperdício!

SC Beira-Mar, 1 - SC Espinho, 0
(1-0, ao intervalo)

O arranque do campeonato nacional de juniores da 2ª divisão começou da melhor forma para a equipa do SC Beira-Mar, que recebeu e bateu, na tarde deste sábado, o SC Espinho, num jogo que ficou marcado pelo enorme desperdício da equipa aveirense, que transformou uma hipótese de goleada numa vitória pela margem mínima (1-0), diferença que não espelha de forma alguma a superioridade evidenciada pelos donos da casa.
Um golo solitário do central Lobo, a terminar a primeira parte (44'), numa fulgurante entrada de cabeça, deu a melhor sequência a um pontapé de canto marcado na esquerda pelo "capitão" André Vaz (hoje em funções mais adiantadas no terreno) e garantiu para os auri-negros os primeiros três pontos na prova.
A primeira parte mostrou-nos um Beira-Mar dominador e um Espinho pouco menos que inofensivo, resultando daqui um caudal atacante para a equipa de António Luís, que só uma grande dose de falta de sorte, alguma inépcia na concretização e muito mérito para o guardião dos "tigres" da Costa Verde, não fez o marcador avolumar-se. As oportunidades foram imensas, algumas delas falhadas de forma incrível, mas ficou o desenho de algumas jogadas reveladores da grande capacidade técnica dos nossos atletas e do futebol apoiado que praticaram.
André Vaz, aos 8', e Ricardo Figueiredo, aos 14', foram os primeiros a dar mostras daquilo que caracterizaria o encontro (a falta de concretização das oportunidades de golo criadas), falhando na cara do guarda-redes o ensejo para inaugurarem o marcador. Aos 29', numa situação de superioridade numérica, Ricardo Figueiredo volta a não aproveitar a oportunidade, no que foi imitado por Sílvio, aos 31', que falhou o remate num lance em que o guardião espinhense estava fora dos postes. Sílvio que estaria novamente em evidência, aos 36', oferecendo um golo feito a André Vaz, após boa jogada pela esquerda, que o "capitão" aveirense desperdiçaria ao rematar contra o corpo do guardião contrário. Para completar o "filme" do desperdício auri-negro durante a primeira parte, pouco antes do apito para o descanso e já depois de Lobo ter inaugurado o marcador, Sílvio perde a possibilidade de dar alguma tranquilidade à sua equipa e falha o segundo golo, não aproveitando um excelente cruzamento de Nelson.
Durante os primeiros 45', Diogo Lopes teve uma tarde bem tranquila, já que o Espinho fez o primeiro remate à sua baliza apenas aos 35' e só por uma vez foi chamado a intervir com dificuldade (38'), negando o golo ao jogador mais esclarecido da equipa visitante (nº 7), que lhe apareceu isolado pela frente
O início da segunda parte trouxe um Espinho mais afoito e, logo aos 48', os "tigres" da Costa Verde perdem grande oportunidade para empatar, quando o nº 10 visitante surge na cara de Diogo, que desvia com a ponta dos dedos, para canto, uma tentativa de "chapéu" do seu adversário. Depressa, porém, o controlo do jogo regressou à equipa do Beira-Mar e Ibrahima, que havia entrado ao intervalo, está em duas jogadas pela esquerda (10' e 14') das quais poderia ter surgido o golo da tranquilidade. Mas o desperdício voltou a marcar presença e os seus passes atrasados para André Aranha, primeiro e André Vaz, depois, não são aproveitados de forma incrível, saindo os remates fortes ao lado e à figura do inspirado guarda-redes do SC Espinho.
Com tantas oportunidades de golo perdidas, é inevitável que surja no pensamento a velha máxima do futebol ("quem não marca arrisca-se a sofrer"), mas a verdade é que os espinhenses se mostraram uma equipa sem muitas ideias e soluções, pelo que só um lance, aos 69', de desentendimento entre Diogo Lopes e Lobo e a inferioridade física com que o central Renato terminou o encontro, com as substituições há muito esgotadas, fizeram temer o pior. Filipe Vieira, aos 70', teve uma das últimas grandes oportunidade de golo do encontro, após uma jogada rápida de contra-ataque mas, mais uma vez, na cara do guarda-redes do Espinho, este levou a melhor. Ricardo Figueiredo, já em período de compensação, protagonizaria o último lance de golo do encontro, desperdiçando à boca da baliza a derradeira hipótese de dar ao marcador um colorido diferente e mais justo. Mas hoje não era, definitivamente, o seu dia para marcar.
Vitória justa, escassa, num jogo que mostrou um Beira-Mar capaz de fazer uma boa época, mas que terá de trabalhar mais a eficácia da finalização. Nos jogos com adversários mais fortes, tanto desperdício será, decerto, bastante penalizador.
Numa partida sem casos, a arbitragem de Ricardo Pinho, da AF Aveiro, foi globalmente positiva, sendo, por vezes, mal auxiliado no julgamento de foras-de-jogo.
Apesar de algum calor, a tarde esteve boa para a prática da modalidade, o palco do Mário Duarte apresentou um relvado bem tratado e a equipa do SC Beira-Mar alinhou com:
Diogo Lopes (gr); Berna (Mica, 62'), Lobo, Renato e Bryan; Granja, André Aranha (Filipe Vieira, 57') e Ricardo Figueiredo; Sílvio (Ibrahima, int), André Vaz e Nelson.
Suplentes não utilizados: Samuel (gr), Cassamá, Pedro e Rui Santos.

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