sábado, 6 de novembro de 2010

TRAQUINAS A: Derby aveirense recheado de bom futebol, muitos golos e alguma emoção no final

SC Beira-Mar, 6 - AD Taboeira, 5
(3-1, ao intervalo)

A equipa de traquinas A do SC Beira-Mar levou de vencida, esta manhã, no Campo do Seminário, o primeiro dos 4 "derbys" aveirenses que a jornada deste fim-de-semana nos reservava. Num jogo em que se assistiu, a largos espaços, à prática de bom futebol e que teve os golos necessários para "apimentar" este sempre muito aguardado confronto, a emoção ficou reservada para a parte final, quando a equipa do Taboeira, por duas vezes e depois de ter estado em desvantagem por 5-1, reduziu para a diferença mínima, colocando alguma incerteza no resultado, que, verdadeiramente, quase nunca existiu durante a partida, sempre controlada pela equipa de Daniel Esteves. A vitória é inteiramente justa e nunca esteve em causa, já que a formação auri-negra comandou sempre o marcador por números mais ou menos confortáveis e só à beira do final o adversário chegou à diferença tangencial, um prémio para o valor apresentado pela equipa da AD Taboeira, que nunca desistiu de correr atrás da desvantagem que teve sempre no marcador.
O SC Beira-Mar apresentou inicialmente: Ricardo (gr); João Francisco e Filipe Goes (cap); João Pedro Silva, Aires e Martim; Pedro Marques.
Jogaram também: Tiago, Filipe Praça, Alexandre e Ruben Leite.
A entrada da equipa do Beira-Mar foi muito forte e a primeira quinzena de minutos foi de inteiro domínio dos auri-negros, que chegaram a uma vantagem de 3 golos como corolário de um futebol colectivo muito agradável e da absoluta superioridade que evidenciaram face ao seu adversário. João Pedro Silva bisou na partida, aos 2' e 9', com o 1-0 a resultar de uma excelente combinação entre Martim, Pedro Marques e o autor do golo e o 2-0 a ser conseguido com um excelente remate, forte e colocado, desferido à entrada da área, após boa assistência de Aires, que, momentos antes, poderia também ter marcado.
Os auri-negros estavam imparáveis e, aos 10', uma magnífica combinação de ataque do Beira-Mar, com Pedro Marques a isolar Aires, permitiu ao nº 8 da equipa de Daniel Esteves chegar ao 3-0, desviando a bola subtilmente à saída do guardião visitante.
O Taboeira reagiu somente a partir do quarto de hora de jogo e Ricardo, aos 16', evita mesmo o golo do nosso adversário, oferecendo o corpo à bola, rematada por um jogador que lhe surgiu isolado. O Beira-Mar, em jogada de contra-ataque, no minuto seguinte, poderia também ter marcado, mas Pedro Marques perdeu a oportunidade, quando tinha apenas o guarda-redes pela frente.
Como resultado do maior atrevimento que a equipa do Taboeira agora revelava e fruto também das qualidades que alguns dos seus jogadores evidenciavam, a equipa forasteira viria a reduzir para 3-1, através de um bom golo do seu nº 10 (João Ricardo), que mostrou valor acima da média. Era justo este golo e, o mesmo jogador, no minuto seguinte, obriga Ricardo a magnífica defesa, que evitou o segundo golo do Taboeira. Antes do intervalo, referência para mais uma oportunidade de golo para o Beira-Mar, com Pedro Marques a ser desarmado no momento da finalização iminente.
Na segunda parte o Beira-Mar voltou a entrar melhor do que o seu adversário e, logo aos 27', João Pedro Silva está perto do golo, por duas vezes na mesma jogada, mas os seus remates foram ambos devolvidos. Golo que aconteceria, aos 29', resultado de uma clara grande penalidade, assinalada pelo árbitro a castigar derrube a Aires e transformada no 4-1 por João Pedro Silva, que chegaria, deste modo, ao seu "hat-trick" no jogo. Este estava perfeitamente controlado pela equipa de Daniel Esteves e Luís Malta, que, depois de João Pedro Silva ter estado à beira de mais um golo, aos 31', resultado de um desvio de cabeça, rente ao poste, após marcação de um canto por João Francisco, chegaria mesmo ao 5-1, estavam decorridos 34', numa transição rápida a isolar Martim, que faz um brilhante "chapéu" ao guarda-redes e leva a bola ao fundo das redes.
Parecia estar tudo resolvido, mas o futebol é uma caixinha de surpresas e, como resultado de um misto de descompressão por parte dos auri-negros, com uma chamada ao orgulho ferido por parte dos atletas do Taboeira, que nunca desistiram de lutar, estes, num ápice, viriam a reduzir para surpreendentes 5-4, fruto de golos obtidos aos 35', 36' e 37'.
Estes 3 golos de rajada por parte do nosso adversário viriam a acordar a nossa equipa, que voltou a cerrar fileiras e aumentou naturalmente a vantagem para 6-4, aos 40', outra vez por Martim e novamente como resultado de uma jogada de contra-ataque, em que surgiu isolado na cara do guarda-redes, que ainda defendeu o primeiro remate, mas nada pôde fazer para evitar a recarga. O mesmo Martim, aos 47', em jogada individual, poderia ter ampliado a vantagem, mas, depois de ter evitado dois adversários, já não teve forças para rematar, atirando à figura do guarda-redes. O Beira-Mar carregava e, aos 49', Pedro Marques, à boca da baliza, também tem o golo à sua mercê. Não marcou o Beira-Mar, acabou o Taboeira por fazê-lo, em cima dos 50' regulamentares, chegando ao 6-5 final numa jogada de contra-ataque.
Não houve tempo para mais e o derby acabaria por sorrir, muito justamente, para as cores auri-negras, que obtiveram uma importante vitória, valorizada por um adversário que tem também muita qualidade.

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