sábado, 12 de fevereiro de 2011

INFANTIS A "A": Resultado enganador

SC Beira-Mar "A", 2 - CD Paços Brandão, 1
(2-0, ao intervalo)

Quem não assistiu ao jogo desta tarde, disputado no campo do Seminário entre as equipas do Beira-Mar e do Paços de Brandão, poderá pensar que a vantagem tangencial (2-1) com que a equipa auri-negra bateu o seu adversário, correspondeu a um jogo rijamente disputado, de algum equilíbrio e de resultado incerto até ao final. Puro engano! A partida foi de sentido único, a vitória da equipa de Ricardo Pinheiro nunca esteve em causa e a diferença mínima só não deu lugar a uma goleada porque o futebol não é uma ciência exacta e a conjugação de factores adversos leva, muitas vezes, a estes desfechos, quando não pior. Paulo Pouseiro e Marco Dias, guarda-redes que defenderam a baliza do Beira-Mar, na 1ª e 2ª partes, respectivamente, não fizeram uma única defesa, o Paços de Brandão não criou uma única oportunidade de golo e chegou apenas ao tento de honra, a 3 minutos do final do jogo, através da marcação de uma grande penalidade, tão evidente quanto desnecessária.
O SC Beira-Mar entrou em campo com:
Pouseiro (gr); Bernardo (cap) e João Monteiro; Miguel Anjos, Gil e Ricardo Lima; Adriel.
Jogaram também: Gonçalo, Didi, Jorge e Leo.
A primeira parte, aliás como todo o jogo, só deu Beira-Mar, com a equipa aveirense a mostrar um futebol de primeira, de constantes trocas de bola, com boas combinações, que davam origem, com frequência, a flagrantes oportunidades de golo. Ricardo Lima, aos 2', do lado esquerdo, e Miguel Anjos, no minuto seguinte, do lado contrário, estão à beira de inaugurarem o marcador, através de remates cruzados, que roçam, em ambos os casos, o poste mais distante. Bernardo, de cabeça, aos 8', na sequência de um canto. e Gil, aos 14', num remate em jeito à entrada da área, voltam a levar o perigo à baliza da equipa pacense, que ia adiando como podia o primeiro golo do Beira-Mar.
Este aconteceria naturalmente, aos 15', como corolário do domínio avassalador dos aveirenses, que estavam a dar um autêntico recital de bom futebol. Foi Gil o marcador do 1-0, numa execução sublime de um livre directo, na zona da meia-lua da grande área do Paços de Brandão, a castigar uma falta que, por sinal, fora cometida dentro da área.
O mais difícil estava feito, mas era necessário mais golos para ficar a salvo de qualquer imponderável. Por isso, o Beira-Mar continuou a carregar no acelerador e, aos 19', Miguel Anjos protagoniza excelente jogada pela direita, que culmina com um passe atrasado para Didi, que fuzila à "queima-roupa", mas vê o seu iminente remate para golo ser desviado para canto por um defesa contrário.
O Paços de Brandão, equipa fisicamente muito forte, apenas via jogar e Pouseiro tinha uma manhã bem descansada. No entanto, apenas aos 26' o Beira-Mar chegava ao 2-0, golo que desde há muito era justificado. A jogada é pela esquerda, com uma das características incursões de Gonçalo a terminar num remate forte e colocado, que entra entre o poste e o guarda-redes, que teve alguma infelicidade neste lance.
O mesmo jogador, aos 28', quase chega ao terceiro golo, quando, na sequência de uma boa jogada de envolvimento da equipa, dispara à barra, com Gil, na recarga, a poder também ter marcado. Miguel Anjos, aos 30', na marcação de um livre directo, cria a última oportunidade para aumentar o "score" antes do intervalo e colocar mais alguma verdade nos números do marcador.
Na 2ª parte Ricardo Pinheiro fez alinhar:
Marco Dias (gr); Bernardo e João Monteiro; Ricardo Lima, Jorge e Gonçalo; Adriel.
Também jogaram: Didi, Leo, Gil e Miguel Anjos.
A entrada do Beira-Mar no segundo tempo foi fulgurante, na linha do que vinha a fazer e, aos 33', 34' e 35' o golo só não acontece por manifesta infelicidade para a equipa da casa. No primeiro lance, Ricardo Lima tem mesmo muito azar, já que o seu remate da direita, após passe a rasgar, faz a bola passar por entre as pernas do guarda-redes e bater caprichosamente no poste mais distante, ficando a saltitar sobre a linha de golo, à espera de algum auri-negro, que não apareceu para a empurrar para o fundo das redes. No segundo lance é o guardião pacense o protagonista, negando o golo a Jorge, que rematou forte, em zona frontal, uma bola de ressaca. Adriel, no terceiro lance, após evitar vários adversários pela esquerda, oferece, em bandeja de prata, o golo a Ricardo Lima, que ainda deve estar sem perceber como falhou esta oportunidade de baliza aberta.
O sentido de jogo era sempre o mesmo e até os erros grosseiros do árbitro (mais um penalti flagrante escamoteado aos aveirenses) pareciam não importunar a equipa da casa, tão segura estava da sua superioridade. A sorte, essa, é que continuava a não querer nada com a equipa auri-negra. Que o diga Gonçalo, que, aos 42', vê os ferros negarem-lhe novamente o golo, desta vez na sequência de um cabeceamento executado ao segundo poste após cruzamento de Ricardo Lima do lado direito.
Ainda que o domínio do Beira-Mar tivesse continuado, com uma percentagem elevadíssima de posse de bola, quase sempre no meio-campo contrário, apenas aos 56', Didi, num remate à meia-volta, volta a dar a sensação de golo, mas a bola rasa o poste. No minuto seguinte surgiria o 1-2, na grande penalidade já referida, e o jogo terminaria com o Beira-Mar a gerir a vantagem a seu bel-prazer e a vencer por um resultado que é uma verdadeira "mentira", se atentarmos naquilo que se passou ao longo dos 60 minutos do jogo. Mas, para quem assistiu à partida, fica, para além da vitória, também a imagem de mais um excelente jogo desta equipa do Beira-Mar, que, à 3ª jornada da 2ª fase, continua a liderar o campeonato distrital.

2 comentários:

Anónimo disse...

E vão 3 vitorias, ja somos a unica equipa do distrito que ainda não conhece o sabor da derrota.
Estão todos de parabens!

Anónimo disse...

Parabens aos atletas e ao grande mister Ricardo e sua equipa tecnica.
Abraço João Amaral