segunda-feira, 17 de outubro de 2011

INICIADOS A: Mais uma boa vitória auri-negra

SC Beira-Mar, 4 - UD Oliveirense, 0
(1-0, ao intervalo)

A equipa de iniciados do SC Beira-Mar obteve, neste domingo, mais uma bela vitória no campeonato nacional da categoria, dando seguimento ao excelente resultado da última jornada em Viseu e batendo, desta feita por concludentes 4-0, a sua rival da Oliveirense. Com 5 vitórias consecutivas, a equipa de João Amaral parece atravessar um bom momento, precisamente numa fase em que o calendário lhe tem reservados compromissos muito importantes.
Foram os seguintes os protagonistas eleitos para esta partida:
João Pedro (gr); Gi, Ramon, Nuno Silva e Ricardo Mango; Nuno Regêncio, André Santos (Lane, 61') e Rui Ladeiro (Rafa, 49'); Marcos Franco, Manú (João Neves, int) e Jorge Rodrigues.
Suplentes não utilizados: Diogo (gr), Bruno Matos, João Gonçalves e Miguel.
A entrada no jogo, disputado no relvado principal do estádio Mário Duarte, foi de autêntico sufoco para o último reduto da turma de Oliveira de Azeméis. Muito fortes, os auri-negros deram mostras, desde cedo, de querer resolver a seu favor a contenda e, logo aos 4', criaram a primeira situação de perigo, num remate de cabeça de Marcos, após livre de André, que obrigou o guarda-redes da Oliveirense a uma defesa apertada para canto. Aos 7', numa jogada individual em que mostrou todo o seu potencial, Jorge passa por vários adversários e fica na cara do guardião visitante, que mostrou também toda a sua valia e evitou o primeiro golo com uma defesa com o pé esquerdo. Aliás, estes dois protagonistas voltariam a estar em evidência, aos 15', quando o nº 1 de Oliveira de Azeméis volta a negar o golo aos aveirenses, desviando mais uma vez para canto um remate de Jorge, desferido de fora da área, após outra magnífica iniciativa individual.
Numa fase em que a Oliveirense, sem nunca incomodar muito o tranquilo João Pedro, procurava equilibrar mais o jogo, o Beira-Mar, aos 22', beneficiou de uma grande penalidade, prontamente assinalada pelo árbitro do encontro e que castigou claro derrube do guarda-redes a Rui Ladeiro. Parecia que tinha chegado o momento em que o "nó" seria desatado e os aveirenses chegariam ao primeiro do encontro. Em mais um duelo entre o guarda-redes da Oliveirense e Jorge, o primeiro voltou a levar a melhor e susteve o remate colocado mas algo denunciado do avançado aveirense, desviando para canto e adiando a já merecida vantagem da equipa da casa.
O lance da grande penalidade, não tendo originado o golo, foi, contudo, decisivo no desenrolar dos acontecimentos. O guardião oliveirense, até aí a estrela da equipa, lesionou-se ao fazer a defesa e, depois de uma interrupção do jogo que durou 7 minutos, viria mesmo a ter de ser substituído por se ter confirmado a gravidade da lesão sofrida (fractura do braço). Para piorar as coisas, do ponto de vista da equipa de Oliveira de Azeméis, na sequência do canto que se seguiu ao penalti, Jorge redimiu-se e viria a inaugurar o marcador, fazendo o 1-0 à segunda tentativa, após uma primeira defesa do novo guarda-redes adversário. Este foi o resultado com que se chegou ao intervalo, inteiramente merecido e até escasso, tendo em conta a boa entrada do Beira-Mar, que se mostrou sempre a equipa mais perigosa.
A segunda parte teve um cariz surpreendentemente diferente, aparecendo a Oliveirense a tomar a iniciativa do jogo, com o Beira-Mar na expectativa, com as linhas mais recuadas e procurando responder em transições rápidas, onde Jorge se mostrava particularmente perigoso. Foi por ele, aliás, que aos 40', em lance de contra-ataque conduzido pela direita, surgiu a primeira situação de golo, negada pelo guarda-redes oliveirense, que, com defesa apertada, susteve o remate desferido de fora da área pelo extremo aveirense, após ter feito uma diagonal para dentro.
O modo de jogar dos auri-negros neste início da segunda parte parecia uma armadilha montada ao adversário, que se entusiasmava com a iniciativa concedida, desguarnecendo as suas linhas mais recuadas. Foi assim que, aos 42', numa transição novamente pela direita, conduzida por Jorge, este solicitou no coração da área a entrada oportuna de André, que atirou para a baliza onde já não morava o guarda-redes.
Com a maior tranquilidade dada agora pelo 2-0, a equipa de João Amaral não alterou o seu modo de actuar e, aos 49', André retribuiu o gesto ao seu colega Jorge, outra vez num lance de contra-ataque, mas, desta feita, o guardião contrário deteve o remate desferido na sua cara pelo MVP deste jogo (2 golos e 1 assistência).
A primeira grande oportunidade da Oliveirense no jogo surgiria apenas aos 56', na sequência de uma boa jogada individual pela esquerda e em que o golo esteve iminente por duas vezes e a sorte bafejou os auri-negros. Entusiasmada pelo lance, a equipa adversária sentiu que um golo poderia relançar a partida e, aos 63', uma desconcentração de João Pedro quase lho permitia, com o guardião aveirense a deixar fugir um cruzamento fácil da direita e que, por pouco, não parava dentro das suas redes, com a bola a bater ainda no poste.
Este foi o "canto do cisne" da equipa visitante, que viu um Beira-Mar outra vez muito forte na parte final do jogo, com João Neves a avisar primeiro, aos 67', enviando a bola à barra após jogada de Lane, pela esquerda, para Jorge, no minuto seguinte, chegar ao 3-0, um bonito golo obtido de cabeça, na sequência de um pontapé de canto de Rafa. O marcador final estabilizaria no 4-0, obtido já em período de compensação, por Lane, que finalizou à boca da baliza uma boa jogada pela esquerda do ataque do Beira-Mar, culminada com um passe letal de Ricardo Mango.
As notas negativas do encontro vão para a já referida lesão do jovem guarda-redes titular da Oliveirense, que mostrou todos os seus atributos até ao momento do infortúnio e a quem auguramos uma rápida e completa recuperação e para o trabalho fraco do árbitro. O juiz da AF Aveiro, Sr. Joel Sousa, se no capítulo técnico até esteve em plano aceitável, errou desastrosamente no capítulo disciplinar, mostrando oscilações inaceitáveis de critério e complicando um jogo que até foi fácil de dirigir.

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