domingo, 16 de outubro de 2011

JUNIORES A: Líder foi mais forte

FC Penafiel, 3 - SC Beira-Mar, 1
(0-0, ao intervalo)

Adivinhava-se muito difícil a visita da equipa de juniores do SC Beira-Mar ao terreno do comandante isolado da série B do campeonato nacional da 2ª divisão, o FC Penafiel, que contava por vitórias todos os 5 jogos disputados até então. A necessitar de um resultado positivo para colocar os níveis de confiança em patamares que lhe permita jogar com menor pressão, este não era, pois, o encontro ideal para a equipa de António Luís e Flávio Almeida, que, apesar de ter conseguido manter um nulo até ao intervalo, viu confirmarem-se as dificuldades previstas e que resultaram numa derrota, por 3-1. O resultado é justo, os donos do terreno apresentaram mais e melhores argumentos durante o jogo, acabando por mostrar ainda algumas das razões por que lideram claramente a classificação.
Sob uma excelente arbitragem do juiz transmontano da AF Vila Real, Sr. Nuno Cabral, o Beira-Mar apresentou-se com:
Samuel (gr); Leandro (Xavi, 43'), Manuel Martins (Pité, 61'), Rui Santos e Diogo (Ricardo Tavares, 69'); Mika (cap), André Silva, Ricardo Castro e Ricardo Figueiredo; Cassamá e Marc.
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr); Manuel Guedes, Wilson Rubio e Balacó.
Talvez condicionadas pelo forte calor que se fazia sentir, as equipas entraram no jogo com algumas cautelas, com bastante contenção de ambas as partes, que pareciam querer estudar-se mutuamente. Quando estavam decorridos 9', o Penafiel conquistou 4 cantos consecutivos e, em dois deles, esteve perto do golo. A equipa da casa, fortíssima do ponto de vista físico, com jogadores de elevada estatura, mostrava ter nos lances de bola parada um dos seus pontos fortes.
Este foi o ponto de partida para que a equipa da casa começasse a tomar conta do jogo, passando também a ser mais pressionantes, o que colocava em dificuldade o futebol dos auri-negros. Aos 17', Samuel quase era surpreendido por um remate surpresa, desferido em arco, de muito longe, mas o guardião aveirense, apesar de ligeiramente adiantado, resolve a situação com um magnífico golpe de rins e desvia a bola para canto.
O Beira-Mar, só aos 18', através de Marc, ensaia o primeiro remate, mas o disparo cruzado saiu sem muito perigo. Seria Samuel, aos 20', que voltaria a negar o golo aos penafidelenses, defendendo por instinto, outra vez no seguimento de canto.
A atitude abnegada da equipa aveirense ia conseguindo manter o resultado equilibrado, mas, aos 30', teve ainda de contar com a sorte, já que o remate do defesa esquerdo da casa, desferido de fora da área, apenas seria sustido pelos ferros da baliza de Samuel, que não teria quaisquer hipóteses de defender o disparo, que saiu mesmo ao ângulo superior esquerdo.
A maior situação de perigo criada pelos auri-negros aconteceu aos 38', num pontapé livre de Ricardo Castro, apontado perto do limite da grande área da casa, descaído para o lado esquerdo e que fez a bola passar muito perto do poste mais distante. Já em tempo de compensação dado pelo árbitro, lugar ainda para mais uma bola na barra da baliza do Beira-Mar, outra vez após a marcação de um canto e, na jogada seguinte, para um contra-ataque dos auri-negros, que colocou Cassamá a dividir uma bola com o guardião do Penafiel e que poderia ter resultado num golo que cairia bem, mas que não traduziria a matriz da primeira parte.
O segundo tempo começou muito movimentado e, logo na jogada de saída, Marc coloca cruzado na área, nas costas da defesa penafidelense, tendo Ricardo Figueiredo chegado atrasado por muito pouco a uma bola que, a ser dominada, colocaria o jogador auri-negro muito perto do golo. Na jogada seguinte, é o nº 16 da equipa da casa que aproveita uma distracção no lado esquerdo da defesa aveirense para ficar na face de Samuel e errar por muito pouco a tentativa de "chapéu".
O jogo estava vivo, as duas equipas procuravam a vitória e, aos 51', Marc remata perigosamente dentro da área contrária e obriga o guarda-redes da casa a uma defesa de recurso. Mais feliz e também fazendo valer aquilo que já mostrara ser uma arma bastante perigosa, o Penafiel, no minuto seguinte, chega finalmente ao golo na marcação de mais um pontapé de canto. O central Valente do Penafiel faz valer a sua estatura acima da média para cabecear à vontade para o 1-0.
À semelhança de jogos anteriores, o Beira-Mar acusou o golpe e, aos 58', sofre novo golo, na sequência de um cruzamento da esquerda e uma entrada fulgurante de cabeça, à boca da baliza, que só fez a bola parar no fundo das nossas redes.
A equipa da casa passou a mandar ainda mais no jogo e continuou a criar perigo no nosso último reduto. Após uma boa jogada de combinação pela direita, aos 64', novamente o nº 16 a disparar para uma magnífica intervenção de Samuel para canto, na sequência do qual os homens da casa voltaram a por à prova o guardião auri-negro, que negou outra vez o golo com mais uma boa defesa.
O Beira-Mar deu um ar da sua graça novamente por Marc, aos 69', quando enviou a bola à barra na marcação de um livre em posição frontal à baliza do Penafiel. Este poderia ter sido o momento de relançamento do jogo, mas mais forte, o Penafiel, aos 73', numa fase em que o Beira-Mar procurava reagir em jogadas de contra-ataque, daria a estocada final nas pretensões auri-negras, ao apontar o 3-0. O último golo dos visitados resulta de uma jogada pela esquerda com Samuel a evitar o golo com uma primeira defesa, mas a ser incapaz de suster a recarga.
Desmoralizados, os aveirenses poderiam ter visto a desvantagem ser aumentada, aos 76', mas o jogador do Penafiel falhou incrivelmente um golo de baliza aberta, com Samuel fora do lance. Seria, inclusivamente, o Beira-Mar a amenizar o desnível, aos 81', na transformação de uma grande penalidade apontada por Marc e conseguida numa jogada de contra-ataque conduzida por Cassamá.
Pouco depois do 3-1, e mesmo que quisessem intentar alguma reacção mais forte, os aveirenses ficaram reduzidos a 10 elementos por expulsão de Rui Santos e foi já em inferioridade numérica e em tempo de compensação que o resultado poderia ter sido ampliado, mas o nº 7 da casa, isolado frente a Samuel, atirou a bola para as mãos deste.
O Penafiel venceu bem, num jogo sem casos e m que os donos do terreno se apresentaram mais fortes.

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