domingo, 26 de fevereiro de 2012

JUNIORES B: Complicar o que afinal era simples

SC Alba, 1 - SC Beira-Mar, 3
(1-1, ao intervalo)

Aproveitando a paragem do campeonato nacional, o SC Beira-Mar deslocou-se a Albergaria com a sua equipa principal de juniores, procurando, neste jogo do campeonato distrital da 1ª divisão, para além da conquista dos 3 pontos, realizar um bom teste de preparação com vista à 2ª fase daquela prova, que tem início marcado para o próximo dia 10 de Março. Destes objetivos, apenas o primeiro foi plenamente conseguido (vitória por 1-3), mas o ensaio não foi brilhante, pois os aurinegros enfrentaram dificuldades inesperadas, que ficaram a dever-se mais a erros próprios do que a méritos do adversário.
No novo e excelente relvado sintético do estádio Municipal de Albergaria-a-Velha, a equipa aveirense apresentou-se com:
Samuel (gr); Xavi (Diogo Carvalho, int), Mika (cap), Manuel Martins e Leandro; Balacó, Bruno João, Ricardo Figueiredo e Pité; Manuel Guedes (Ricardo Tavares, 63') e Nanu.
Suplentes não utilizados: Cirineu (gr), Mathieu, Rui Santos e André Silva.
Após um início de jogo em que só deu Beira-Mar, com a bola a ser permanentemente jogada no meio-campo da equipa de Albergaria, não causou surpresa o adiantamento no marcador por parte dos aveirenses. O 0-1, obtido aos 13' de jogo, foi alcançado por Pité, após um canto trabalhado do lado esquerdo, mas em que o guardião da casa não fica isento de responsabilidades, já que o disparo do nº 8 aurinegro era perfeitamente defensável.
Tudo parecia bem encaminhado para uma tarde tranquila, até porque, dois minutos volvidos, Manuel Guedes é carregado na grande área, quando se encontrava na cara do guardião do Alba. O árbitro, simultaneamente, assinala grande penalidade e dá ordem de expulsão ao jogador infrator (nº 6). Ricardo Figueiredo, encarregado da marcação do penalti, tinha a possibilidade de conferir para a sua equipa uma vantagem decerto inultrapassável por um adversário inferior e que teria de jogar, quase uma partida completa, em desvantagem numérica. Mas este cenário começou por esbarrar no poste esquerdo da baliza da casa e nas dificuldades que se seguiram a este penalti desperdiçado.
O Alba quase que não existia em termos ofensivos mas, aos 20', ficou um aviso na primeira situação em que a bola chegou à área da baliza defendida por Samuel. Valeu o "capitão" Mika, que safou em cima da linha de golo a possibilidade de empate, surgida num "chapéu" efetuado a Samuel, num lance que tinha começado na marcação de um livre no lado direito.
Sem jogar bem, o domínio territorial do Beira-Mar era avassalador, mas sentiam-se algumas dificuldades para vencer a estratégica defesa em linha montada pela equipa da casa. Exceção foi o lance ocorrido aos 27', uma boa jogada de envolvimento que deixou Ricardo Figueiredo na cara do guardião contrário, mas o "10" aurinegro rematou às malhas laterais. O mesmo jogador, aos 31', num remate desferido da meia-lua, proporciona uma difícil defesa para canto ao guarda-redes do Alba e Pité, aos 40', com uma boa tabela fica na cara do guarda-redes, mas o seu remate sai torto e a perdida é flagrante.
Pedia-se mais à equipa aveirense, só a posse de bola, que era avassaladora, não chegava. Era necessário saber fugir ao fora-de-jogo em que a defesa em linha fazia cair, sistematicamente, os nossos homens mais avançados e, sobretudo, pedia-se mais futebol e mais golos.
Só que, aos 42', e de forma totalmente inesperada, o Alba, que lutava com muita energia e que mostrava muita vontade, chegou ao empate. Numa rara jogada de ataque conduzida pelo lado direito, o lateral (nº 5) do Alba surpreende tudo e todos e faz o 1-1 à saída de Samuel, mandando as equipas para intervalo com um resultado que, face ao que tinha acontecido, constituía uma grande surpresa e representava um castigo para a forma como os jogadores do Beira-Mar não tinham sabido atuar face a um adversário em inferioridade numérica desde muito cedo.
A segunda parte continuou a mostrar, durante a sua primeira metade, as dificuldades já referidas, com os nossos jogadores a caírem, por sistema, na armadilha do fora-de-jogo. O Alba jogava com o tempo e com a motivação do resultado que estava a conseguir impor. Para "ajudar", o árbitro não viu um penalti claríssimo sobre Cassamá, aos 67', e Nanu, aos 69', na primeira vez que a nossa equipa conseguiu romper a linha defensiva do Alba, completamente isolado, não teve arte para desfeitear o guardião contrário, rematando contra o corpo deste.
O "nó", que cada vez se mostrava mais apertado, seria finalmente desatado, aos 72', com Nanu, em jogada individual, a romper pelo meio e, desta feita, a rematar com êxito para o fundo das malhas. O 1-2 tranquilizou mais a equipa do Beira-Mar, que partiu para o seu melhor período no encontro, coroado, aos 81', com mais um grande golo de Bruno João, num remate de longe, muito bem colocado, que fixou o resultado final em 1-3.
A ponta final do jogo resume-se a uma quantidade de oportunidades de golo desperdiçadas pelos aurinegros, que poderiam ter dado ao marcador um sinal mais condizente com a diferença de valores existente entre as duas equipas. Aos 84', Nanu, na cara do guarda-redes, isolado por um bom passe a rasgar, falha por pouco o "chapéu" e Ricardo Tavares (86' e em período de compensação) mostrou em dois lances o seu "faro" pela baliza e esteve perto de materializar a sua condição de goleador. Também Cassamá, aos 88', após canto da direita, teve na cabeça uma ocasião para ampliar a vantagem.
Ficou uma boa imagem nos últimos 20 minutos do jogo, mas pede-se mais a esta equipa, que encontrará dificuldades acrescidas nos jogos que a esperam na 2ª fase do nacional da 2ª divisão.

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