INICIADOS A: Do sonho à realidade

SC Beira-Mar, 0 - Varzim SC, 1
(0-1, ao intervalo)

Um golo solitário, no cair do pano da 1ª parte, foi suficiente para deitar por terra fundadas esperanças que os iniciados A  tinham para chegar à liderança da sua série e continuar a alimentar o sonho de fazer história no clube. Aproveitando um erro na marcação de um livre, os varzinistas impuseram-se, por 0-1, à equipa auri-negra e ficaram em posição privilegiada para seguir em frente para a 3ª fase.
Num jogo mais de luta do que de bom futebol, ficou a certeza de que este era um adversário perfeitamente ao nosso alcance, não evidenciando, por exemplo, a qualidade que tínhamos visto à equipa do Vizela. Em jogos equilibrados, estes decidem-se em pequenos detalhes, e aquela desconcentração no findar do primeiro tempo revelar-se-ia fatal.
No segundo tempo procurou reverter-se a situação, mas o fator psicológico jogou a favor do adversário e a sorte também não acompanhou os aveirenses em alguns momentos onde o empate andou por perto.

Numa manhã de muito calor e que exigiu fisicamente muito dos atletas, João Amaral apresentou, no relvado do estádio Mário Duarte, a seguinte equipa:
Diogo (gr); Tiago Azenha (Leo, 44'), Ramon, Ricardo Mango e Miguel Morgado Rafa, 53'); João Neves (cap), Rui Ladeiro (Jorge, int), Nuno Regêncio e André Santos; Manu (Lane, int) e Marcos Franco.
Suplentes não utilizados: Henrique (gr), Nuno Silva e Miguel Bastos.
A primeira parte do jogo foi bastante incipiente, de futebol não muito bem jogado e com as equipas a acusarem a responsabilidade do encontro. Ambas sabiam que uma vitória as colocaria no caminho da qualificação para a 3ª fase, pelo que a partida, ainda que tivesse tido maior iniciativa por parte dos aveirenses, revelar-se-ia bastante tática e evidenciou receios mútuos.
A primeira oportunidade de golo pertenceu ao Beira-Mar, num lance, aos 12', em que após a marcação de um livre Regêncio vê o guarda-redes falhar a interseção e a bola passar muito perto do poste. A este lance responderiam os varzinistas, aos 23', num contra-ataque que terminou com a bola na zona do perigo a ser providencialmente cortada para canto.

E quando já se esperava o regresso aos balneários com um justo nulo no marcador, aos 34', o Varzim chega à inesperada vantagem, na sequência da marcação de um livre sobre a direita, em que o marcador do 0-1 aproveita, ao segundo poste, uma saída em falso do guardião aveirense e uma falha de marcação por parte de dois jogadores aveirenses.
Na segunda parte, o Beira-Mar tinha de correr atrás do prejuízo e, na verdade, com as alterações produzidas, tornou-se, efetivamente, mais perigoso. Logo aos 40', após jogada e cruzamento da esquerda de Regêncio, André tem na cabeça o golo do empate, mas o remate sai ligeiramente ao lado, com o guardião da Póvoa completamente batido. Aos 48', é Jorge que protagoniza uma boa jogada pela direita, mas o seu cruzamento rasteiro, feito para a boca da baliza, é cortado providencialmente para canto.
Com o tempo a passar e com João Amaral a assumir riscos, os espaços na retaguarda surgiam e quase eram aproveitados pelo jogador nº 11 do Varzim, em dois lances que ocorreram numa fase maior desorientação dos auri-negros, aos 58' e 59'. No primeiro lance, uma perda proibitiva de bola de Ramon (no melhor pano cai a nódoa), que era o último homem da defesa, permite ao avançado varzinista progredir sozinho para a área, onde acabou por entregar, literalmente, a bola a Diogo. No lance seguinte, em jogada individual, o mesmo jogador fica novamente na cara do guardião aveirense, mas aqui o mérito vai para Diogo, que negou o segundo golo aos visitantes.

Na parte final, e com toda a "carne" no "assador", o Beira-Mar voltou a procurar o empate, mas os nervos e alguma falta de sorte não permitiram que as oportunidades se transformassem em golo. Jorge, aos 61', em jogada individual, ficou na cara do golo, mas é desarmado num último momento, num lance em que reclamou grande penalidade. Aos 69', na marcação de um livre na meia-lua, Regêncio remata rente ao poste direito e, já em período de compensação, André surge isolado pela direita, mas o seu remate vai às malhas laterais, com o guarda-redes do Varzim completamente fora da baliza.
Não deu para mais e o Varzim saía do Mário Duarte com uma preciosa vitória, que os comandados de João Amaral tanto queriam. Resta continuar a acreditar, sabendo que, agora, a realidade é bem mais difícil.