domingo, 4 de novembro de 2012

JUNIORES B: Azares e erros próprios penalizam aurinegros com empate

SC Beira-Mar, 3 - AD Taboeira, 3
(0-1, ao intervalo)

Num jogo do distrital de juniores da 1ª divisão com muita chuva (também de golos), com a emoção que sempre trazem as "cambalhotas" operadas no marcador e com muitas outras peripécias observadas ao longo partida e que mantiveram os espectadores presos até ao final, Beira-Mar e Taboeira acabaram empatados a 3 golos, desfecho que penaliza mais a formação aurinegra, por ter sido a que se mostrou mais capaz dentro das 4 linhas e que, por isso, mais fez por merecer a vitória.
A perda destes 2 pontos por parte dos comandados de António Luís e João Paulo Vieira ficou a dever-se a duas ordens de razões - se por um lado há a lamentar azares vários (a lesão de Diogo Carvalho, logo aos 2 minutos de jogo, que obrigou a "queimar" cedo uma substituição e a outra de João Gonçalves, quando já não havia mais ninguém para o substituir, são disso exemplo), por outro lado há erros próprios a corrigir, que emanam da perda de oportunidades para "matar" o jogo, quando o resultado estava em 2-1 a nosso favor, e da vantagem que demos ao adversário deixando-o, por expulsão escusada, a jogar durante imenso tempo em superioridade numérica.
No Parque de jogos José O. Santos, em Frossos, o Beira-Mar apresentou-se com:
João Paulo (gr); Rúben Marques, Gui, João Rui e Bruno Filipe; Nuno Abreu, Pedro Aparício (cap) e Diogo M. Carvalho (Rui Santana, 5'); Francisco (João Gonçalves, 60'), Henrique e Tiago Azevedo.
Suplente não utilizado: José Vítor.
Ainda numa fase indefinida do jogo, o Beira-Mar teve logo dois azares - Diogo Carvalho lesiona-se na primeira vez que á chamado a intervir (2') e o juíz da partida concede uma grande penalidade ao Taboeira por suposta mão de Francisco, na sequência de um lançamento de linha lateral (5'). Da sua marcação resultaria, aliás, o 0-1 para o nosso adversário, com o ex-aurinegro Didi a não vacilar da marca dos 11 metros e a enganar João Paulo.
Em desvantagem no marcador e apesar da contrariedade da lesão, o Beira-Mar tomou a iniciativa do jogo e Tiago Azevedo, mais uma vez, esteve em plano de evidência, protagonizando finalizações (11', 27' e 43') que acabaram em golos perdidos. Pedro Aparício, aos 32', com uma boa penetração e um remate em arco também esteve perto do êxito. Da parte do Taboeira, durante os primeiros 45', nota para um remate em posição frontal de Zazu, aos 41', que João Paulo defendeu de forma incompleta, com João Rui a aliviar de seguida.
O segundo tempo não poderia ter começado melhor para o Beira-Mar, que chega ao 1-1 ainda antes de se esgotar o primeiro minuto, com Tiago Azevedo a isolar-se e a  chegar ao golo por via de um "chapéu" perfeito.
Aos 48', um cruzamento da esquerda de Bruno Filipe desvia num defesa e obriga o guardião contrário a uma boa intervenção e, 2 minutos depois, é Tiago Azevedo que falha a emenda à boca da baliza, após abertura de Pedro Aparício e cruzamento da esquerda de Henrique. Numa jogada a papel químico desta, no minuto seguinte, os protagonistas iniciais são os mesmos, mas é Francisco que finaliza, não perdoando o 2-1 à boca da baliza.
Estava a resultar esta jogada pela esquerda e, pela terceira vez em 3 minutos, desta feita aos 53', o "capitão" aveirense volta a servir Henrique, que cruza para Tiago Azevedo, completamente só e na boca do golo, cabecear ao poste esquerdo da baliza do Taboeira, perdendo a chance de decidir o jogo.
O Taboeira encetaria uma ligeira reacção e, aos 61' e 64', em iniciativas de Duílio, o perigo rondou a baliza de João Paulo. A estes lances respondeu João Rui, aos 65', com um cabeceamento à vontade que saiu ao lado, no seguimento de um pontapé de canto.
Com o jogo perfeitamente controlado pelo lado do Beira-Mar, tudo se viria a precipitar num ápice. Tiago Azevedo recebe ordem de expulsão aos 68' e, 10 minutos volvidos, João Gonçalves, que entrara pouco antes a substituir Francisco, é forçado a abandonar o terreno de jogo, deixando o Beira-Mar a jogar com 9 unidades.
Disso se aproveitou o Taboeira para, no espaço de 3 minutos (80' e 83') dar a volta ao marcador. O 2-2 resulta de uma insistência na área após a marcação de um canto e o 2-3 através de um cruzamento da esquerda que entra directamente na baliza, surpreendendo João Paulo.
Só mesmo uma equipa com muito carácter como revelaram ter os 9 aurinegros que permaneciam em campo seria capaz de, depois de um golpe destes, em inferioridade numérica, não se dar por vencida. O "capitão" Pedro Aparício protagonizou a "revolta" e, aos 85', numa iniciativa individual, penetra pelo meio e dispara rasteiro, à entrada da área, para chegar ao 3-3 num golo de belo efeito. Rui Santana, em cima dos 90' regulamentares, teve no pé, a 1 metro do guarda-redes, a possibilidade de dar a vitória à sua equipa, mas o remate foi defendido e gorou-se a oportunidade de conferir justiça ao resultado.
Foi muito má a arbitragem deste encontro, quer em termos técnicos, quer disciplinares, com claro prejuízo para a equipa do Beira-Mar.

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